Capítulo 158

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A festa de Nicholas estava indo bem. Beth e Jorge anunciaram o parabéns, Micael e Sophia ganharam o primeiro pedaço e vovó Antônia continuou confundindo os nomes dos convidados. Sempre hilária!

Os Borges voltaram para casa por volta da caída da noite. Estavam risonhos e felizes! Sophia segurava um prato descartável com um pequeno pedaço de bolo.

— Será que a vovó está indo ao médico? — Sophia perguntou ao marido quando passaram pela porta do apartamento.

A TV da sala estava ligada. Mia assistia um filme, com um balde de pipoca em mãos.

— Acredito que não. — Micael torceu o nariz. — Boa noite, Mia!

— Ah, boa noite! — Acenou rápida, tinha se assustado com a chegada dos dois. — Curtiram bastante?

— Você sabe que sim. — Sophia fez uma careta.

Odiava a irmã.

— Eu fiz pipoca com caramelo. Aceitam? — Mostrou o balde vermelho com listras brancas.

— Obrigado. — Micael negou, simpático.

Sophia andou até o bebedouro elétrico.

— Eu estava me lembrando de uma coisa engraçada. — Micael puxou uma cadeira, viu a esposa tomar água tranquilamente. — Esses dias, Horácio estava com uma conta de luz de um depósito da empresa, eu pedi para ele pagar, estava sem tempo de transferir o dinheiro ao proprietário. — Sophia assentiu. — Sabe o que ele fez?

— O que? — Jogou a quantidade pequena de água pela pia.

— Ele pagou a mesma conta duas vezes, e se esqueceu de pagar a que era prioridade. — Micael começou a rir.

Sophia ficou parada, tinha os braços cruzados.

— Por que o seu humor é ácido? — Virou a cabeça, analisando o marido.

— Eu não achei ácido.

— É que isso não tem um pingo de graça. — Se entristeceu. — Sua vida empresarial não tem um pingo de graça.

— Vamos brigar de novo?

— Foi só um comentário. — Largou o copo de vidro no balcão, andou até o quarto.

Micael lhe seguiu.

— É que todos os seus comentários nos levam à uma discussão básica. — Gesticulou, mostrando os dedos em uma forma pequenininha.

— Eu só estava dizendo que a sua piada não teve graça.

— Não foi uma piada, realmente aconteceu! — Micael parou ao lado da cama, desarrumou para dormirem. — E minha vida empresarial não é tão ruim assim.

— Ah não? — Sophia entrou na suíte.

Abriu a segunda gaveta do gabinete. Vasculhou, achou absorventes, barbeadores, cremes e duas caixas das centenas de testes que Micael havia comprado, quando estava mal.

Verificou o rótulo com atenção. Ela já sabia de cor!

— Não. — Micael afogou os travesseiros. — Eu vivo lá dentro, é por isso que todos os meus assuntos são voltados para a empresa.

— Então você deveria trocar de assunto. — Retirou o teste da caixa, verificou mais uma vez.

Levantou o vestido que estava usando, abaixou a calcinha e sentou no vaso sanitário.

Levou o teste branco e azul até a uretra.

— Tá. E qual é o assunto que vamos ter então? — Micael ficou extremamente incomodado com a fala da esposa.

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