Aposta de Amor

Capítulo 22

Estava sendo entediante ficar ao lado de Sophia e Jack, já que, não estávamos dando certo. Ela tentava amenizar mas era a mesma coisa que nada. Graças a Deus iríamos ir embora amanhã.

— Qual desses você acha interessante, babe? — Jack mostrou o Ipad à Sophia. Os carros de luxo estavam em uma aba aberta.

— Qualquer um. — Deu de ombros. Estava muito chato ficar ali.

— Eu adorei esse vermelho. — Namorou o carro antes de puxar a ficha completa. — Vou ficar com ele!

— Você não tem dinheiro pra esse carro, Jack. — Sophia rolou os olhos.

— Seu pai me deu uma quantia alta. — Se arrumou entre a poltrona que estava.

Por que caralhos o Renato dava dinheiro pra esse traste?

— De novo? — Sophia o encarou, supresa.

— Você sabe que o dinheiro que ele me dá é por conta da sociedade. — Adorou dizer aquilo com a boca cheia. Um babaca! — Achei legal em trocar de carro, não sei. — Pensou.

— Você nunca fica com um carro só. — Jogou a cabeça para trás. — Mica? — Me observou, eu também estava jogado, só que no outro sofá. — Vamos ir ao shopping?

— Shopping? — Fiz uma careta.

— Vai ser divertido! Podemos assistir um filme. Que tal? — Optou.

— Sério, borboleta? Aqui tem tanta coisa legal. — Tentei mudar sua mente. — Podemos passear por Las Vegas, conhecer museus e tudo mais. — Com o dinheiro dela, é óbvio! Se Renato podia gastar com Jack, porquê não comigo?

— Museu? — Ela não se interessou muito. — Eu já fui em quase todos os museus de Las Vegas, não tem graça. — Entristeceu.

— Mas eu não. — Dei um sorriso, tentando lhe alegrar de novo. — Ora, vamos! É melhor do que ficar aqui sem fazer nada. — Fuzilei Jack com o meu olhar, pena que ele não estava vendo.

— Se é assim. — Sophia deu impulso, levantando. — Você vai desse jeito? — Apontou para minha roupa confortável. E sim, eu iria daquele jeito.

— Tá ruim? — Observei minha própria blusa.

— Não. Não tá ruim! — Ela aceitou o meu fato de não estar vestido como uma Polly Pocket. — Vou me trocar, volto em alguns minutos. — Avisou, saindo da sala e subindo as escadas.

Jack estava atento em frente ao Ipad.

— Deve ser ruim, não é, Borges?

— Ficar olhando pra você?

— Ser pobre e careta. — Mexeu na imensa tela. — Eu também era assim, não tenho vergonha de dizer.

— E também não tem vergonha de ficar usando o dinheiro da namorada, né?

— Eu trabalho pra isso. — Levantou o seu olhar furioso à mim. — Renato e eu somos sócios! Ganhamos mais dinheiro do que o bosta do seu pai, resolvendo casos e ganhando uma micharia.

— Se você não tivesse o Renato, estaria pobre igual à mim. Sim? — Alfinetei.

— Pena que os planos de Deus foram outros.

— Me poupe, Jack. — Revirei meus olhos. — Você gosta de esbanjar o dinheiro que ela tem. Coitada da Sophia.

— Isso é inveja porquê você queria estar comendo ela?

— É assim que você fala da sua própria namorada?

Eu queria socar ele na porrada.

— Sophia nunca vai ter olhos pra você. Seja lá o que você esteja fazendo!