Capítulo 141

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Mia estava lendo alguns livros na prateleira de Micael, vasculhando a imensa sala do mais novo homem de poder, quando ele chegou, ajeitando o terno para não passar despercebido que estava transando em um estacionamento subterrâneo de uma loja de móveis.

— Mia, me desculpe pela demora. — Se desculpou. — Desculpe por Sophia, ela ainda está bem mexida com essa história.

— Tudo bem. — Mia sorriu leve. — Então. — Encarou Micael. — Você vai me ajudar?

— Oh, claro! — Foi até a sua mesa, abriu a primeira gaveta e retirou um talão de cheque, assinando depressa. — Vou te dar mil dólares para poder se estabilizar em qualquer hotel de Nova Iorque. Meu motorista irá ficar em sua disposição! — Entregou o papel à Mia que ficou sem palavras.

— Mil dólares? — Leu os indicativos do cheque. — Como eu vou te pagar isso depois?

— Não precisa pagar. É um presente meu, como o seu... Cunhado. — Sorriu amarelo para a menina. — Você pode voltar aqui amanhã de manhã?

— Sim, eu posso sim. — Ela assentiu. — Tem algo de errado ou você quer me dizer mais alguma coisa?

— Nada, é que... Precisamos falar com o seu pai, você sabe. — Tentou explicar. — Mas amanhã eu te explico melhor, você deve estar cansada da viagem. — Levou a menina até à porta, levando uma mala sua em mãos. Mia puxava a outra, sorrindo gentilmente à Micael.

Quando abriu a porta, revelou Alan esperando para entrar. Chegaram a tempo dele não abrir a porta.

— Mia, você está melhor? — Perguntou para a menina que assentiu, um pouco desconfortável. — Deixa que eu te ajudo. — Pegou a mala da garota, puxando.

— Você já deve conhecer o Alan, sim? Ele é o meu melhor amigo, e sócio também. — Micael soltou. — Você pode ajudar ela a colocar as malas dentro do carro do motorista? — Perguntou ao amigo que assentiu de uma vez, nem hesitando.

— Claro! Vamos indo, pequena Mia. — Pequena Mia? Micael achou aquilo uma péssima ideia. — Eu falo com você depois.

— Preciso de um favor seu. — Micael fez o amigo parar em meio ao corredor, vendo Mia entrar no elevador sozinha e esperar por Alan no hall da empresa.

— Aconteceu alguma coisa?

— Consegue levar o carro da Sophia até o meu apartamento quando sairmos daqui?

— O carro dela está aqui?

— Ela estava aqui. — Contou.

— Por causa de Mia? — Micael assentiu. — Ela cedeu sobre o caso?

— Não, e isso vai atormentar a minha cabeça porque Sophia não quer ela em casa. — Micael ficou sério. Tinha que achar uma solução. — Não posso ficar bancando essa menina em um hotel cinco estrelas. — Ele podia sim, só não queria.

— Ela pode ficar em casa, se isso não for incômodo pra você. — Alan se disponibilizou.

— Na sua casa? — Micael franziu o cenho. — Yanna sabe disso?

— Não, mas podemos chegar em uma boa conclusão. Nada que uma boa conversa e sexo quente não resolva. — Alan soltou um riso.

— Tanto faz. — Micael deu de ombros. — Consegue fazer esse favor pra mim?

— O que eu não faço por você. Não é? — Brincou com o amigo, puxando a mala de Mia e entrando no elevador, que já estava vago.

Micael voltou para a sua sala, resolvendo todos os problemas que precisavam ser resolvidos.

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