East Village.
14:35 PM.O apartamento da tia Eve era espetacular. Bem amplo, moderno, nada fora do lugar e eu sentia que fazia parte daquilo porque me lembrava os velhos tempos quando John morava com ela. Inclusive, saudade do John...
— Ora, você chegou! — Tia Eve apareceu. Usava uma roupa social e salto. Ela ficava tão elegante com roupa social, o oposto da minha mãe que usava decote pra aparecer o peito de plástico dela. — Com fome?
— Um pouco. — Me sentei no sofá.
— Vem cá... — Ela paralisou, pensando. — Você não deveria estar no curso?
— Sim e não. Sei lá. — Eu não queria ir ao curso, eu não queria ir à lugar nenhum. — Tô cansado de fazer esse curso idiota.
— Vai jogar uma oportunidade fora?
— Oportunidade? — Fiz uma careta. — Isso vai me ajudar em que no futuro?
— Muitas coisas como por exemplo... Um emprego na alta sociedade. — Pensou. — Ou você pode ocupar o cargo do Renato.
— Você conhece o Renato? — Franzi meu cenho, surpreso.
— Eu trabalhei pra ele uma vez, há muito tempo. — Minha tia apoiou a cabeça nas mãos, enquanto seu braço estava escorado no sofá. — A empresa estava passando por uma dificuldade caótica que foi levada ao tribunal. Nada demais!
— E que dificuldade foi essa?
— Parece que um homem queria os seus direitos mesmo ele não tendo direitos. — Explicou.
— Entendi. — Não foi tão importante.
Fiquei encarando minha tia que estava me analisando, ela já sabia que eu queria soltar alguma coisa, só não sabia o quê.
— Anda... Desembucha. — Tocou a minha perna. — O que você quer me contar?
Eu contaria à ela sobre o contrato. Faria uma ótima coisa? Talvez.
— Eu não sei se posso te contar. — Cerrei meus dentes, com culpa no cartório.
— E por que você não pode me contar?
— Porque você é advogada, então... — Mordi a ponta dos dedos. — Jura que não vai me escorraçar?
— Depende do problema. — Rolou os olhos. — O que? Você está vendendo droga pra comprar as coisas?
— Não, claro que não. — E nunca faria isso. — A história é longa.
— Temos tempo, eu sei que você não vai ao curso mesmo. — Minha tia largou de mão, o que me deu incentivo pra contar. — Me conta o que aconteceu.
— Tá bem. — Respirei fundo. — Eu fiz uma aposta com os meus amigos do colégio pra conseguir me aproximar da Sophia.
— E isso foi ruim?
— Mais ou menos. Porque eu me apaixonei. — Senti uma dor no peito. — Mas eu estava me fingindo de gay pra ficar próximo à ela, já que, ela é a popular do colégio e fazia parte das líderes de torcida. — Abaixei minha cabeça.
— Então tá dizendo que se fingiu de gay pra ganhar a confiança da menina?
— Sim.
— Continua. — Tia Eve se levantou, andando até à cozinha.
— Eu fiquei amigo dela, e fiz ela brigar com praticamente todas as amigas que ela andava, só pra ter a atenção à mim. Mas é claro que eu não cheguei nela e disse "olha aqui, se você parar de falar com elas eu vou ser o seu melhor amigo". Foi diferente!
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Aposta de Amor
RomanceMicael Borges e seu grupo de amigos decidem criar uma aposta maluca, onde o foco é atrair a atenção de Sophia Abrahão, a popular do colégio e a estrela das líderes de torcida. O por quê disso? Simples: Queriam se vingar de seu namorado. Mas a apos...