Capítulo 116

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— Hum... — Sophia me empurrou contra a parede do andar de cima, enquanto esperávamos a fila pra usar o banheiro. Nos beijamos, fogosos, dando risadas gostosas de segundo em segundo.

O álcool gritava em meu sangue, mas eu não estava tão bêbado quanto Sophia.

— Espera aí. — Disse baixinho, vendo a fila andar.

Sophia saiu dos meus braços, batendo as mãos na porta do banheiro como um policial super irritado, querendo entrar.

— EIIIIIIII! — Bateu mais uma vez. — Será que dá pra você sair daí? Eu quero usar o banheiro!

— Amor. — Puxei seu braço, achando graça da situação.

Seríamos linchados ali se ela não parasse.

— OUUUU! — Bateu de novo. — Eu preciso muito fazer xixi, minha bexiga vai estourar. — Comecei a rir do seu espetáculo na porta do banheiro.

Sua bexiga não iria estourar e nem ela queria ir ao banheiro pra fazer necessidades. Ela queria ir ao banheiro pra se atracar comigo, já que na fila tinha espiões invejosos que soltariam opiniões alheias.

O mané tatuado saiu do banheiro, com a cara fechada. Passou por Sophia que entrou, puxando minha mão. Tranquei a porta vendo ela correr até o sanitário, levantando o vestido e abaixando a calcinha de uma vez.

— Jesus! — Sophia encarou o teto enquanto fazia xixi. Arrumei o meu cabelo enquanto ela soltava o fardo de cerveja dentro do vaso sanitário, foi engraçado escutar o barulhinho.

E isso me deu vontade de fazer xixi.

— Pensei que não quisesse fazer xixi. — Soltei, desabotoando minha calça e indo na direção de Sophia, que se limpava.

— Eu iria fazer na calcinha se não chegássemos a tempo. — Vestiu a calcinha novamente.

Me direcionei ao sanitário, fazendo xixi. Sophia escorou na pia do banheiro, observando.

— Eu quero te falar uma coisa, mesmo você achando totalmente desnecessário. — Soltei, ainda mijando.

— O que? — Sophia se interessou.

— Eu encontrei o Jack no mercadinho em que comprei as bebidas. — Balancei meu pau, me limpando.

— Ele falou com você?

— Naquelas. Estava se escondendo. Eu pensei que ele estava fora da cidade! — Dei descarga e lavei as minhas mãos.

— Eu não ligo. — Sophia soltou, cansada de relutar contra essa história sem nexo dele com o seu pai. Era difícil!

— Eu sei que você liga, meu amor. — Me virei, vendo sua tristeza na face. — Mas eu não podia esconder isso de você, aliás, quero ser totalmente aberto à você. — Sorri de leve.

E tive Sophia em cima de mim, me beijando ferozmente como se fosse capaz de esquecer alguma coisa. Sentei ela em cima da pia do banheiro, levantando o seu vestido curto e dedilhando sua calcinha de renda, de difícil acesso por estar sentada no mármore branco da pia.

Ela se virou contra mim, descendo da pia e se posicionando de costas, empinando sua bunda. Me senti realizado, sem soltar nenhuma palavra se quer.

Agradeci de joelhos por estar na casa de Duff, já que, não estava mais com o hábito de levar camisinhas no bolso, por conta de namorar Sophia. Eu sabia que ela não usava nenhum método contraceptivo e a camisinha era a nossa segurança, mas pela sua raiva, eu não sabia que faríamos sexo dentro do banheiro do meu amigo.

Vasculhei as diversas gavetas do gabinete até encontrar alguma camisinha que prestasse, retirando uma da embalagem com o dente e me vestindo. Retirei a calcinha de Sophia delicadamente, deitando seu tronco na pia e segurando o seu pescoço, encarando ela pelo reflexo do espelho, totalmente ingênua e na espera.

Mas Sophia não esboçou nenhum sentimento igual à quando transávamos. Ela simplesmente ficou imóvel, entreabrindo os lábios como se estivesse descobrindo algo e mantendo toda a sua concentração no espelho, se encarando. Juntei seu corpo à mim, esperando que ela reclamasse mas... Também nada! Aquela transa serviu pra que Sophia tirasse toda a sua raiva do corpo, se aliviando. Não era à Sophia que eu estava acostumado a ter em meus braços, gemendo baixinho e implorando por mais. Aquela Sophia foi... Uma Sophia bastante fria e ríspida!

— Chega. — Soltei, suspirando baixo e saindo de Sophia, retirando a camisinha e jogando no lixo. Uma rapidinha comum como todas as ficadas que eu já tive em festas.

Sophia vestiu a calcinha, se ajeitou e saiu do banheiro, sem me esperar. Segui ela que já estava descendo as escadas.

— Ei! — Lhe puxei pela mão. — O que aconteceu?

— Vou buscar mais cerveja. — Contou, simples.

— Você tá estranha! Foi por causa do Jack?

Sim, foi por causa do Jack! Eu não deveria ter contado.

— Você vem comigo? — Mudou de assunto, esboçando um sorriso altamente forçado.

Suspirei, me entregando à ela e seguindo Sophia até o balcão abarrotado de bebidas. Peguei mais uma cerveja pra mim e outra à Sophia, esperando que ela caísse de tão bêbada que estava ficando.

Que se foda, éramos adolescentes e ela deveria curtir, assim como eu!

— Fala cara! — Duff apareceu. Fedia a uísque puro, me fazendo torcer o nariz de tão fedido que ele estava. — Tá curtindo a minha festa?

— Tô sim! Eu quero ver amanhã, o estado que você vai acordar.

— SE eu acordar. — Deu ênfase, rindo. — Soph linda, Sophia! — Foi pra cima dela, que riu. — Você pode colocar no diário do colégio quando acabarmos as aulas que você foi na festa do Duff, o cara mais legal da Royalty? — Sophia gargalhou.

— Por que eu sou como um troféu pra você, Duff? Eu só sou uma garota que fazia parte das líderes de torcida. — Contou.

— Você é tudo pra mim, Sophia! Você estar aqui hoje é como um troféu pra mim e os fracassados dos meus amigos. — Revirei meus olhos. — Acredito que se não fosse por aquela aposta maluca, o Micael nunca teria chegado perto de você. Nos agradeça!

PUTA QUE PARIU!

PUTA QUE PARIU!

EU IA MATAR O DUFF PICOTADO EM MIL PEDAÇOS!

— Aposta? — Sophia ficou séria, me entreolhando.

— É nada, amor! O Duff tá bêbado. Não sabe o que está falando. Aposta é o termo em que soltamos quando queremos chegar em alguma garota. — Tentei reverter a situação.

— Então você aposta quando quer chegar em alguma garota? — Piorou!

— Não aposta aposta, amor! Aposta é o nome que soltamos na roda quando gostamos de alguma garota. Tipo uma gíria... — Sorri falso à Sophia que ficou com a mesma cara, me observando. — Não acredite em nada do que o Duff diz.

— Você me ama mesmo, Micael? — Soltou a pergunta que eu seria capaz de responder um milhão de vezes.

Assenti, e como! Eu estaria doido se dissesse ao contrário.

— Eu te amo. Eu sou louco por você e é isso que importa pra nós dois! — Beijei Sophia, fazendo ela se esquecer de todos os problemas, por ao menos alguns minutos.

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