Capítulo 137 - Segunda Fase

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Treze anos depois.
Nova Iorque. — EUA.

Nova Iorque, um lugar inusitado, cheio de sonhos, badalada e bastante concorrida. Quem nunca quis estar em um recital da Broadway? Ou até mesmo morar nas ruas incríveis da Time Square? Acredito que esse já foi o sonho de qualquer um, ou quase.

Nessa grande cidade com pelo menos 8 milhões de habitantes, também vivia o grande casal da nossa história. E sim, o aceito no dia do baile de formatura virou uma grande família. É... Não tão grande assim!

A casa dos Borges era o que poderíamos chamar de A calmaria do Lar.
Um bom vinho na adega. uma decoração impecável pela senhora Borges, que se formou em arquitetura. Vinis de todo o tipo, relíquias e mais relíquias que Micael comprava de um certo tipo de fornecedor importado. Estar na casa deles era como deitar em uma cama confortável. Mas ao mesmo tempo que era bom, também era ao mesmo tempo ruim. Um apartamento-casa sem vida. Fora sem vida ao longo dos últimos anos. Sophia e Micael não eram mais os mesmos.

Faltava algo que os fizessem se unir de novo. Eles sabiam o que eram mas fingiam não saber de nada.

— Senhor Borges? — A mulher com um vestido tubinho em preto corria atrás de Micael, tinha uma caderneta em mãos. — A CNN quer uma entrevista na quarta-feira à tarde. Posso marcar?

— Não. — Foi duro e ignorante.

Estavam no corredor da antiga empresas Abrahão, que agora havia virado Empresas Borges. Micael a comprou, cinco anos atrás, depois que Renato teve que se aposentar.

— E enquanto as planilhas? Está faltando metade do valor concebido que fizemos na semana passada. Posso mandar o relatório ao Horácio?

— Você sabe o que fazer, por que fica me perguntando? — Soltou, sem paciência. Empurrou a enorme porta da sua sala. — Fora todos, eu odeio vocês! — Fechou a porta com tudo, deixando meia dúzia de funcionários lá fora.

Um Borges ranzinza e chato! Ele não era mais o menino alegre e bonzinho.

Ele deu a volta na enorme mesa de madeira maciça, pegou o telefone na base e discou os três primeiros números que tocassem o telefone de Alan, na primeira sala do primeiro andar.

— Alan? — Caminhou pela enorme sala. A janela de vidro atrás de si sempre chamava a sua atenção. — Você sabe me dizer o que aconteceu com as planilhas?

— Bom dia, Micael. Então... Houve um problema na rede de controle, parece que as planilhas não estão batendo com a quantia de dólares que recebemos na semana passada. — Explicou ao amigo e sócio. — Vou resolver esse problema na parte da tarde. Preciso levar Yanna ao médico!

— Ela está doente? — Micael mexeu na gravata.

— Está sentindo náuseas e desconforto na coluna. Não sabemos o que é. — Micael deu de ombros. — Sophia está bem?

— Deve estar. — Micael encarou o porta-retrato dos dois em cima da mesa. Era um Micael diferente, feliz, animado. Estavam em Bora Bora em Lua de Mel. Uma semana incrível de férias, curtição e sem problemas da empresa.

— Precisamos marcar um jantar.

— Primeiro eu preciso que você concerte esse problema das planilhas, depois marcamos todos os jantares do mundo. — Soou um pouco grosso mas Alan já o conhecia. — Te vejo mais tarde. — Ele não o veria.

— Até.

Micael desligou a ligação e voltou a encarar o porta-retrato. Estava com saudades de Sophia, sempre ficava. Naquela semana a senhora Borges havia viajado para Hong Kong, pegou um trabalho em uma firma imensa, com duração de duzentos dias. Viajava a cada três meses e não ficava tanto tempo em casa, o que deixou Micael desconfortável.

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