Capítulo 124

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Exausto, acabado, cansado e derrotado. Essas eram as palavras que me definiam quando sai das empresas Abrahão, entrando no meu carro e dirigindo até o apartamento, que ficava do outro lado da cidade. Bocejei duas vezes no sinal vermelho, tive reflexos de sono enquanto dirigia e tentei me concentrar com carros coloridos na pista contrária, pra não tentar cair no sono por completo. Eu estava extremamente cansado! Mas isso mudou quando parei em um posto de gasolina, abastecendo a metade do tanque e colocando um podcast no player. Um podcast de sacanagens, como um ASMR erótico, só que nesse caso com um humor ácido.

Cheguei no apartamento dez minutos depois, guardando o carro no estacionamento subterrâneo do condomínio e pegando o elevador. Busquei a chave no bolso da minha calça jeans, levando a minha mochila do colégio por uma alça só, em meu ombro.

Destranquei a porta.

— Amor? — Procurei por Sophia enquanto tirava a chave do portal, pra poder trancar do outro lado.

E tomei um pequeno susto, sentindo suas mãos delicadas tamparem a minha visão.

— Quem será? — Sorri com aquilo. Eu me sentia muito responsável chegando naquele horário depois de um dia cansativo.

— Quem será? — Sophia me remedou. Escutei a porta ser fechada e trancada mas ainda sim tive os olhos tampados por ela.

— Hum... Quem será? — Ri leve com um toque de saudade. Seu cheiro importado era tudo pra mim, eu amava aquela garota, como eu amava!

Sophia retirou as mãos do meu rosto, ficando em minha frente. Meu corpo ficou em transe, parado, processando o por quê de Sophia estar completamente nua, com botas de cano alto até o joelho e uma gravata azul extremamente nova.

Primeiro eu pensei, depois eu fiquei excitado.

— Nossa. — Comi ela com os olhos. Observando da cabeça até os pés. — Isso tudo é pra mim?

— Aham. — Ela assentiu, mordendo os lábios. — Você gostou? — Deu uma viradinha sexy.

Minhas bolas já estavam doendo e meu sono simplesmente havia sumido. Já podíamos transar feito animais como a nossa aposta?

— Eu adorei, meu amor. — Cheguei mais perto mas Sophia me parou.

— Nada disso. — Empurrou o meu peito. — Primeiro você vai tomar um banho, jantar e depois fazemos sexo. — Me avisou.

— Eu posso pular a parte do banho?

— Pode, mas saiba que é bastante anti-higiênico. — Levantou um dedo em minha direção, tocando os meus lábios. Deu meia volta, desfilando pelada até à cozinha.

Remexi meus lábios ao fotografar bem a sua bundinha branca e extremamente gostosa. Eu iria gozar na cueca se segurasse por muito tempo.

— Eu fiz o jantar. — Contou.

— E você sabe cozinhar desde quando? — Segurei meu riso que logo parou ao ver uma mesa no canto da sala. — Aonde arrumou isso? — Apontei.

— Minha mãe emprestou o livro de receitas dela e eu acabei ganhando essa mesa de presente. — Sophia saiu da cozinha com uma travessa de vidro e alguma coisa que não consegui identificar o que era. Arrumou a mesa do jantar, verificando talher por talher, copo por copo e prato por prato. Eficiente!

— Ela te deu a mesa de presente do nada? — Levantei uma sobrancelha, desconfiado.

— Na verdade eu pedi pra ela. — Puxou a cadeira pra mim. — Senta! — Estava ansiosa pra eu poder experimentar a sua arte na cozinha.

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