Capítulo 184

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Sophia estava de mau humor naquela tarde. Resolveu-se trancar no quarto e dormir a tarde inteira, o oposto de Micael, que fez companhia à sogra, conversando de assuntos aleatórios até que a esposa acordasse.

Na caída da noite, resolveu fazer uma fogueira junto da sogra, assando alguns Marshmallows. Ainda fazia frio em Chicago e Micael estava gostando do clima.

Sentaram em espreguiçadeiras confortáveis, Sophia ainda não havia descido.

— Acho que vou embora amanhã. — Micael soltou.

— Acabaram de chegar! — Branca protestou.

— Sophia não está bem, acredito que ela queira ir para a casa, não sei. — Colocou o Marshmallow perto do fogo. — Isso não é normal!

— São os hormônios da gravidez, Micael. — A sogra o tranquilizou. — Não deve estar sendo fácil pra ela, imagine só, ainda mais a Sophia que é toda neurótica.

— Ela está chata. Isso sim! — O marido confirmou.

E falando na mesma...

— O assunto era sobre mim, Micael? — Sentou-se ao lado de sua mãe, em outra espreguiçadeira.

— Sim, eu estava dizendo que você está chata com esse hormônio do inferno. — Reclamou. — Marshmallow? — Ofereceu à Sophia que assentiu com a cabeça.

— Você dormiu, querida? — Branca quis saber, sondando a filha.

— Na verdade sim, eu nem sei quanto tempo eu dormi. Perdi a hora. — Ainda estava um pouco sonolenta. — Só sei que eu estava falando com Yanna pelo telefone. — Soltou.

Micael ficou tenso, prestou a atenção na esposa.

— E então? — Quis saber.

— Ela está morando na casa da mãe dela. Separou-se de Alan que simplesmente surtou no dia da briga de vocês. — Soltou um suspiro cansado. — E parece que ele está mesmo se encontrando com Mia. — Trincou o maxilar.

— Eu disse! — Micael estava certo em suas paranóias. — O Alan está achando um jeito de me derrotar.

— Acontece que você deixou ele a par de tudo, Micael. Precisa mudar as senhas de cofres, identidades, o que for via de mão à ele. — Sophia comentou. — Você sabe que Alan vai atacar quando conseguir!

— Deve estar armando isso, com certeza. — Ficou tenso.

Branca bateu as mãos, tentando mudar o clima da conversa.

— Alguém quer chá? Eu vou buscar um pouco. — Levantou-se de seu lugar, indo para dentro da casa.

Micael observou Sophia que estava pensativa e um pouco triste. 

— Você quer ir embora, amor? — Perguntou, cauteloso.

— Você quer? — Rebateu com a mesma pergunta.

— Não sei. — Pensou. — Eu tô meio, não sei, eu não gosto de estar aqui fazendo nada e deixar o Alan acabar com a minha vida.

— Ele não vai acabar com a sua vida, tecnicamente. No mínimo uma vingança, nada mais.

— Nada mais? — Micael riu incrédulo. — Você é hilária, meu amor!

— Não queria que a nossa viagem estivesse sendo desse jeito. Não planejei isso! — Se emburrou. — Eu havia planejado passeios, momentos em família, climas descontraídos e uma boa festa pra levar a minha mãe.

Micael soltou um riso, sem entender.

— A sua mãe? — Apontou para a porta.

— É, a minha mãe. Ela precisa conhecer alguém! — Cochichou.

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