O estômago de Micael se revirou após ver Sophia devorar um prato de camarão com brigadeiro.
Sim! O restaurante havia feito especialmente para ela, e ainda lhe entregou acompanhamentos como doce de leite e um sorvete de creme.Ele iria vomitar se fosse preciso mas não daria palpite, ela estava com desejo!
— Aí meu Deus. — Sophia foi ao céu após raspar o pequeno recipiente com brigadeiro. — Isso é tão bom! Por que coisas boas acabam rápido demais, hein? — Enrugou a testa após pensar, deixando Micael pronto para dizer uma pérola que lhe alfinetasse.
— Pergunte à você mesma. — Soltou um risinho.
Sophia revirou os olhos e tentou não ligar, mas já ligando...
— Me sinto satisfeita e um pouco cheia. — Observou os pratos, todos vazios. — Você não vai comer nada? Está bebendo!
— Eu comi.
— Petisco de peixe não é um almoço, Micael. — Semicerrou os olhos.
— Pra mim é! — Sorriu falso para a ex-mulher antes de chamar o garçom. — Você quer mais alguma coisa ou podemos ir?
— Me sinto bem.
— Ótimo. — Micael viu o homem se aproximar da mesa. — Quero a conta, por favor!
— Só um minuto. — Saiu novamente.
Sophia alisou o ventre, dedilhou os lugares que gostaria que Clara chutasse, de imediato. Gostava dos chutes que a filha lhe dava, ela achava graça.
Micael observou a cena, sorrindo.
— Aqui está! — O garçom lhe entregou a pequena pasta com o valor da conta.
Micael pagou, Sophia deu o seu feedback do camarão com brigadeiro e assim os dois saíram do restaurante.
Ela sentiu sono quando se acomodou no lugar do passageiro. O ar condicionado da Ferrari foi um prato cheio à Sophia, certificando que ela dormiria pelo caminho. Estava quase fechando os olhos quando se assustou, dando um pulo e tirando a atenção de Micael do volante.
— O que aconteceu? — Encarou ela rapidamente enquanto dirigia.
— Uau. — Sophia encostou as costas no banco, assistiu Clara dar um show de voltas dentro do seu ventre.
Micael parou o carro, ficou encantado ao ver a barriga de Sophia se revirar. Sorriu à beça.
— Me dê sua mão. — Pediu. Puxou a mão de Micael, levando até os chutes da pequena. Ele achou graça, sentindo o pézinho de Clara encostar na palma da sua mão.
— O pé dela! — Os dois sorriram.
Clara parou de chutar.
— Ih, agora ela some. — Sophia tentou procurar em outros lugares, mas nada. — Você cansou de chutar, filha? — Dedilhou novamente.
Mas Clara sumiu. Ela voltaria mais tarde!
Micael voltou a dirigir, indo ao apartamento de Sophia.
— Estou adorando essa sua nova fase de não se importar com mais nada da empresa. — Entraram no apartamento. Micael trancou a porta.
— Eu ainda me preocupo. — Viu Sophia entrar no quarto, lhe seguiu.
Escorou-se no batente do closet.
— Não parece. Você passou a tarde inteira comigo!
— Não são nem quatro horas. — Fez uma careta.
Sophia soltou um riso, verificou as roupas nos devidos cabides. Escolhendo uma.
— Vou arranjar um namorado. — Soltou, enfurecendo Micael.
Ele sabia que ela estava o irritando, mas mesmo assim, conseguiu bastante.
— Ah, vai é? — Viu Sophia desfilar pelo quarto, agora, sem o vestido que estava usando.
A lingerie preta no corpo deu destaque. Os seios quase explodindo de tão cheios e os quadris largos, Micael se segurou muito para não fazer qualquer tipo de loucura.
— Vou. Não estamos divorciados?
— Então você vai procurar um padrasto para Clara? — Cruzou os braços, esperou pela resposta de Sophia.
— Pode ser. — Mordeu a língua sem que Micael viesse.
— Então tá! Eu também vou arrumar uma pessoa. Clara vai adorar ter uma madrasta. — Micael sorriu.
Sophia não gostou nada daquilo, só de pensar, já estava com náuseas.
— Não vou deixar a minha filha ter uma madrastra, ela já tem uma mãe.
Micael gargalhou.
— E você pode dar à ela um padrasto?
— É!
— Não!
Sophia chegou próximo à ele. Ficou frente à frente com Micael, lhe enfrentando. Os lábios próximos, a saudade estampada.
— Saco! — Chegou mais perto. — Você é um vício pra mim. Um vício horrível e cruel. — Sophia não estava falando coisa com coisa.
Sentiu um calor quando passou sua mão no braço de Micael, ainda coberto pelo terno.
— E você ainda vai arranjar um namorado. — Alfinetou, sussurrando em sua face. — Você não precisa disso!
— Preciso. — Tocou o seu rosto. — Não vamos mais estar juntos, você não me quer mais. — Cerrou os olhos.
Micael assentiu mas logo deixou o corpo tomar conta, selando seus lábios aos lábios de Sophia, lhe beijando, cheio de saudade.
Ela sentiu as mãos do ex-marido passearem por todo o seu corpo. Micael deitou Sophia na cama, ficando por cima, achando um jeito de livrar a mesma daquela lingerie incrível em que estava usando.
Ele a queria nua, somente para ele.
— Isso é bom, Micael. E eu não posso! — Soltou, em êxtase. Estava se referindo a conversa que teve mais cedo, com ele.
— Não pense nisso agora, tudo bem?
— Não quero que você me use! — O encarou, fazendo com que ele parasse os beijos duradouros em seu corpo.
— Não estou te usando.
— Sim, você está! — Seus olhos marejaram. — Você sabe o quanto eu te amo, e eu não quero mais viver desse jeito. — Tocou o seu rosto. — Vamos começar do zero. Por favor! — Pediu.
Micael ficou em silêncio. Não disse nada, apenas respondeu Sophia com um beijo demorado, voltando as carícias que já estava fazendo.
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Aposta de Amor
RomanceMicael Borges e seu grupo de amigos decidem criar uma aposta maluca, onde o foco é atrair a atenção de Sophia Abrahão, a popular do colégio e a estrela das líderes de torcida. O por quê disso? Simples: Queriam se vingar de seu namorado. Mas a apos...