Um dia depois.De volta ao colégio, sim! Depois de um fim de semana conturbado, voltamos com tudo ao colégio. Na porta de entrada todos comentavam sobre a festa da Mel, que altamente bombou.
Nenhum comentário foi feito sobre Sophia bêbada, isso me deixou aliviado.
Estava quase chegando ao meu armário quando Alan me parou, nos cumprimentamos e paramos para conversar.— E aí, como que foi o final de semana?
— Eu transei com ela e foi... Caralho, Alan! — Me escorei no armário, arfando enquanto tinha Alan surpreso ao meu lado. — Fora as outras coisas que aconteceram.
— Me conta logo que eu tô curioso.
— Ela dormiu em casa porque estava sem condições de voltar, a gente transou e depois eu levei ela. Só que o maluco do Renato me mandou diversas mensagens na noite passada, eu não vi nenhuma.
— Porra Micael, aí quem vacilou foi você!
— Eu esqueci completamente. — Gesticulei. — Eu levei ela pra casa de manhã mas não esperava um monte de polícia e o banana do Jack. Todo mundo esperando por ela.
— Pera aí, o pai dela chamou a polícia? — Alan ficou incrédulo.
— Chamou. E eu enfrentei ele!
— VOCÊ O QUE? — Ele arregalou os olhos. — Tá perdendo o juízo, Borges? E o contrato?
— O contrato tá ok mas ele queria bater na Sophia. Eu não ia deixar. — Peguei os meus materiais. — Aquele pai dela é muito estranho. — Tranquei meu armário e começamos a caminhar pelo corredor, até a sala de aula.
— Estranho como?
— Ele quer proibir ela de tudo! Sei lá. — Levantei meus ombros. — Eu sei que autocuidado e controle parental é até bom, mas não do jeito da Sophia.
— Você acha que ele pode estar prendendo ela por alguma mais séria?
— Não sei. E sabe o que é engraçado? — Alan me encarou. — Ele defende o Jack com unhas e dentes, e acoberta ele também de praticamente tudo. — Eu ficava bastante confuso com isso.
— Deve ser por conta da empresa, né? Você não disse que eles tem uma associação, alguma coisa assim. — Alan soltou.
— Eu ainda acho que não. — Era duvidoso de acreditar. — Mas eu quero descobrir porque o Renato defende tanto o Jack.
— Não vai fazer merda, hein! — Alan me alertou. — Eu fico com medo, você tá entrando nessa família demais.
— Eu quero entrar nessa família, Alan! Eu quero mostrar pra Sophia tudo que o mundo tem de melhor, quero vê-la feliz. — Decretei. — Mas como ela vai ser feliz daquele jeito? Trancafiada à sete chaves?
Alan ficou em silêncio, pensando. Mel passou por nós, quase arrancando a nossa pele fora por esbarrar com força.
— Ei, ei, ei, ei, ei. — Puxei ela pelo pequeno colete azul. — Cadê a Sophia?
— Ela não veio. — Fez um carão entojado. Por que todas as meninas do clã era assim?
— E você sabe por que?
— Ela tá de castigo! Parece que o pai dela descobriu algumas coisas e não deixou ela vir.
— E ela vai perder aula assim? Do nada?
— O tio Renato contratou um professor particular, toda a matéria que vamos aprender hoje a Sophia vai aprender também, só que na casa dela. — E depois diz que rico não tem previlégio, né?
— Tá bom. — Rolei meus olhos e deixei Mel ir. Alan arqueou a sobrancelha antes de me empurrar para a sala de aula.
Quatro horas depois.
As aulas finalmente tinham acabado. Alan foi embora mais tarde já que o time de futebol treinaria o dobro essa semana, por conta da semifinal. Eu optei por ir para a casa, Sophia não me respondia e logo pensei que o ogro do seu pai tivesse recolhido o celular dela, como castigo.
Destranquei o carro pelo alarme e senti um peso enorme me prender na porta, fazendo uma chave de braço.
— Eu já disse que vou matar você quando tiver a oportunidade. — Jack cerrou os dentes.
Chutei suas bolas e ele se retorceu. Belo truque, Borges!
— Você vai? Eu vou ficar esperando!
— Seu... Caralho de moleque! — Estava quase se jogando no chão. — Eu... Vou foder você todinho, seu merda! PUTA QUE PARIU. — Por fim, ele se jogou no chão.
Que babaca!
— Você tá putinho porque eu levei a Sophia pra casa? — Me agachei perto de Jack, o provocando.
— Essa sua amizade com a Sophia é muito estranha. E se eu souber de alguma merda, você é um cara morto!
— Você só sabe dizer isso, né Jack? — Comecei a rir. — Eu tenho pena de você, porque eu sei que, quando ela te dar um pé, você não vai ter nada.
— Ela nunca vai me dar um pé. A gente vai se casar, seu bosta! — Ele começou a rir, descontrolado. Sentia mais dor do que tudo. — Eu vou passar a mão nos Abrahão, ficar com toda a grana, fazer uns três filhos nela e construir o meu império.
— Império é a minha rola, Jack. Conta outra!
— Você tá morrendo de inveja porque ela não te dá um puto, e porque você é pobre. — Ele ainda ria. — Você é tão pobre que me dá pena.
— Eu não preciso de dinheiro pra ser feliz nesse mundo. — Na verdade eu precisava sim, por isso aceitei uma aposta idiota pela menina que eu amo.
Fechei meu punho e dei um soco bem dado na cara de Jack, que tentou se defender mas não conseguiu. O moinho de briga começou no chão e várias pessoas fizeram uma roda em torno do meu carro, assistindo. Senti alguém me segurar pelo colarinho da blusa.
— DE NOVO, MICAEL? PORRA! — Chay gritou comigo, me tirando da briga.
Logo avistei Alan, Duff e Arthur chegarem também.
— FOI ELE QUEM COMEÇOU. — Jack tentou se defender. Tinha um corte no lábio.
— Não interessa quem começou ou quem deixa de começar. — Arthur interviu. — Vocês sabem que isso aqui dá expulsão, né?
— Ninguém viu, Arthur. Fica tranquilo. — Fuzilei Jack com o olhar, eu queria ter uma arma pra acabar com a vida daquele infeliz! — Cansei de perder o meu tempo com esse merda.
— Merda é você! — Ele revidou.
— Oh, oh, oh. Chegou por aqui, hein! — Chay entrou no meio de novo. — Sai daqui Jack, e você vai pra casa tomar um banho frio. — Me encarou bravo.
Alan pediu para que todos desfizessem o círculo que estava em volta do meu carro, me deixando confortável e livre pra sair. Fui pra casa puto, irritado mas logo tudo mudou quando vi o nome de Sophia no identificador de chamadas.
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Aposta de Amor
RomanceMicael Borges e seu grupo de amigos decidem criar uma aposta maluca, onde o foco é atrair a atenção de Sophia Abrahão, a popular do colégio e a estrela das líderes de torcida. O por quê disso? Simples: Queriam se vingar de seu namorado. Mas a apos...