Quando os quatro chegaram, a maioria dos diretores já estava na boate, todos com um copo de cerveja na mão.
Leonardo não escondeu o interesse ao ver Dulce com uma roupa mais justa, e fez questão de lhe dar um demorado abraço.
Anahí= Vamos comemorar? – colocou um pouco de cerveja para os amigos que haviam acabado de chegar.
Dulce= Ao sucesso de hoje. – sorria abertamente.
Anahí= E aos que virão. – levantou o copo, e todos fizeram o mesmo.
Christopher= Hey... – puxou a morena, logo após o brinde. – Não vai mais falar comigo?
Dulce= Você vai parar de me encher o saco? – arqueou uma sobrancelha.
Christopher= Nossa, Dulce. – irritado. – Eu estava brincando com o lance da Anahí.
Dulce= Não estou falando disso. – séria – Mas você ficou bravinho comigo desde antes do programa começar.
Christopher= Mas já resolvi, ok? – ela cruzou os braços. – Era só ciúmes, já repensei.
Dulce= Você me sufoca nesses momentos. – ele franziu o cenho.
Christopher= Ok, Dulce. – afastou-se. – Quer saber? Esqueça essa coisa de amigos com direitos. Não dá certo mesmo. – saiu dali.
Dulce= Christopher! – reclamou, mas ele não a escutou.
Leonardo= Dul! – abraçou-a de lado. – Dança comigo? – ela mirou bem o homem, pensando no que falar. – O que foi? O namorado está aqui?
Dulce= Não. – viu Vanessa, uma das diretoras, se aproximarem de Christopher. – Não tem nenhum namorado, vamos dançar. – deu a mão pra ele.
Leonardo levou a morena até a pista de dança, passou uma das mãos ao redor da cintura dela e começou a dançar.
Tocava On the floor, a mesma música que dançara com Christopher há dois dias.
Ela tentava se concentrar em Leonardo, dançar com ele e aproveitar o momento, mas seus olhos sempre acabavam correndo até os de Christopher, que parecia bem entretido com Vanessa.
Dulce não engoliria o orgulho de maneira alguma, então apoiou os braços ao redor do pescoço de Leonardo e fechou os olhos, dançando com ele, mas pensando na dança que tivera com Christopher, pois só assim conseguia se soltar de verdade.
Leonardo achava a oportunidade perfeita, dançava com ela, deslizava – de maneira respeitosa – as mãos pelo corpo da morena e sorria sempre que ela acompanhava seus passos.
Quase do outro lado da pista de dança, Christopher finalmente encarava a morena, e não gostava nenhum pouco do que via. Seu sangue fervia ao ver Leonardo tocá-la, as mãos dele apertando a cintura dela, aproximando seus corpos; tudo o deixava praticamente maluco de ciúmes.
Duas músicas depois e ele não aguentou mais o martírio. Disse a Vanessa que precisava de um pouco de água e foi para o bar. Necessitava fechar os olhos e esquecer-se de Dulce, mas chegou à conclusão de que isso era impossível, quando sentiu as mãos de Christian em seu ombro.
Christian= Ela é um caso sério. – sentou-se ao lado dele.
Christopher= Hein? – franziu o cenho.
Christian= Minha irmã. – deu de ombros. – É um amor de pessoa, mas quando fica irritada...
Christopher= O pior é que eu não fiz nada pra ela. – revirou os olhos.
Christian= Bom, quanto a isso eu não sei. – sorriu. – Mas ficar de birrinha e competindo quem desce primeiro até o chão, não vai resolver o problema. Eu garanto. – o amigo riu. – Não vai conquistá-la na base do ciúme.
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A Sósia - Volume I
RomanceDulce deixou o Brasil e aventurou-se no México com apenas um objetivo: a carreira na Televisa. O que encontrou: um diretor estagnado em uma emissora minúscula e inexpressiva, um trabalho que não era - nem de longe - parecido ao currículo prestigioso...