Capítulo 8

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No dia seguinte, Christopher foi o primeiro a acordar, olhou no relógio e percebeu que estava bastante atrasado para o trabalho. A morena provavelmente ficaria maluca quando percebesse. Então se levantou, ligou para a emissora e avisou que Dulce estava se sentindo mal e ele a levaria ao médico, por isso nenhum dos dois iria trabalhar pela manhã, mas que chegariam por lá logo após o almoço.

Com o problema resolvido, ele foi até a cozinha dela, abrindo os armários e procurando algo para o café da manhã.

Fez o queijo grelhado quente que ela gostava, suco de laranja, algumas frutas e bolachas. Colocou também um pouco de cereal e torradas, caso ela quisesse.

Arrumou tudo na primeira bandeja que encontrou e voltou para o quarto, onde ela ainda dormia.

Reparou na camisola curta que ela usava, deixando a mostra as curvas perfeitas da morena; e então sorriu, lembrando-se do que vivera na noite passada.

Colocou a bandeja de lado e deitou-se ao lado dela, abraçando-a e distribuindo vários beijos por toda a extensão de suas costas.

Christopher=Bom dia, Alma Gêmea. – beijou demoradamente a curvinha do pescoço dela.

Dulce= AH! – deu um pulo da cama, arregalando os olhos. – Ah, puta merda, que susto! – colocou uma das mãos no coração.

Christopher= Foi mal, Dul. – disse, completamente sem graça, por conta da reação dela. – Eu não tive a intenção de te assustar dessa maneira. – ela ficou quieta durante alguns segundos, como se estivesse se situando. - Dul?

Dulce= Não, perdão. – pareceu cair em si. – Perdão, perdão de verdade. – sem jeito. – Eu não queria ser grossa assim.

Christopher= Eu te assustei. – levemente corado.

Dulce= Não, eu é que estou desacostumada a acordar com alguém a mais na cama e com... enfim, carícias. – mordeu levemente os próprios lábios. – Desculpe pela reação.

Christopher= Desacostumada? Isso quer dizer que, em algum momento, você já foi acostumada? – perguntou, mas logo percebeu que era fruto de seu ciúme. – Esquece, eu não...

Dulce= Não tenho mais dezessete anos e não sou completamente santa. – encarou-o. – Mas já tem um tempo desde que terminei meu último namoro, e desde então, a única coisa que sinto nas costas, é o bico da Rosetta.

Christopher= Tudo bem. – sorriu pela sinceridade dela. – Eu posso acostumar você outra vez.

Dulce= Eu adoraria. – esticou um dos braços, para que ele se aproximasse mais. – Eu gostaria de aprender muitas coisas com você, Vizinho.

Christopher= Eu sou um ótimo professor. – deu um selinho demorado nela. – E nunca mais a Rosetta vai precisar te acordar.

Dulce= Sabe o que eu acho? – riu. – Que você precisa de um animal de estimação! Do que você gosta? Eu vou te dar um.

Christopher= Não preciso de nada, não. – ela pincelou o dedo no nariz dele.

Dulce= Vou te dar um cachorro. – ele fez cara feia. – Eu prometo que será pequeno e que ele não vai destruir seu apartamento.

Christopher= De cão na minha vida basta a Rosetta. – revirou os olhos.

Dulce= Pare de falar mal dela. – bateu no ombro dele. – Ela tem sentimentos, nunca viu documentários na TV?

Christopher= Eu não assisto essas coisas. – riu.

Dulce= Christopher! – arregalou os olhos. – Esquecemos da emissora! Que horas são? – ameaçou levantar-se.

A Sósia - Volume IOnde histórias criam vida. Descubra agora