Capítulo 100

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Dulce= Henrique me disse que quando entrou na Televisa, a Louise ainda estava na Azteca. – o namorado arregalou os olhos ao escutá-la. – Depois disso, eu cheguei a conclusão de que você e eu não temos o menor direito de pensar em discutir por questões de trabalho. Azteca e Televisa disputam a audiência de todos os dias, todos os momentos... MX disputa a de um programa aos domingos. – séria. – Se eles puderam superar essa, acho que você e eu também somos capazes. E não creio que tenhamos que nos ver como dois rivais, sei lá... não precisamos ver dessa forma, entende? – beijou o rosto dele. – Desculpe por isso. Prometo não fazer mais brincadeirinhas desse tipo.

Christopher= Eu prometo não ser tão radical. – abraçou-a com carinho.

Dulce= Te amo, bonitinho. – mordeu devagar a orelha dele. – E muito, por sinal.

Christopher= Eu também, amor. – sincero. – Escuta, vida...

Dulce= Hm? – colocou a mão na boca, escondendo o bocejo.

Christopher= Encontrei nossa aliança hoje. Quando terminamos e você me deu a sua, eu a coloquei com a minha na gaveta, e agora a noite quando fui guardar minhas coisas... – não precisou completar a frase. – Estava pensando... de repente...

Dulce= Entendi. – sentou-se na cama. – Escuta, da primeira vez nós concordamos que não sairíamos contando a nossa vida para a imprensa, mas também não negaríamos nada. Só que agora... agora eu não quero contar de nenhuma maneira. Ainda que perguntem, eu... eu não quero que saibam. – mordeu os próprios lábios. – Foi a imprensa que nos destruiu da primeira vez, trazendo revistas e reportagens. Não quero e não preciso dessa publicidade. Nós não precisamos.

Christopher= Eu entendo e concordo. – sem jeito. – É apenas...

Dulce= Sei que Christian te disse que no Brasil se usa aliança quando se namora. – suspirou. – Mas não temos que seguir a minha tradição. Podemos fazer do seu jeito.

Christopher= Só que eu gostava. – mirou-a. – Gostava de te ver usando, e... Sei lá, comprei pra nós, pensando em nós.

Dulce= Podemos ir aos poucos? – propôs. – Você usa a sua primeiro, logo eu apareço... ou ao contrário. Só não quero a exposição que tivemos antes.

Christopher= Claro, eu estou numa boa. – ela sorriu. – Mas você primeiro.

Dulce= Ciúme? – riu.

Christopher= Muito. Algum problema? – fez cara feia.

Dulce= Não, eu acho fofo. – sentou-se por cima dele e logo aproximou seus rostos. – Amanhã você me dá a aliança, ok? – ele assentiu. – Mais alguma pergunta ou já posso te beijar?

Christopher= Na realidade, tem mais uma. – ela suspirou e forçou um sorriso. – Desculpe, amor, não quero ser chato ou insistente, mas precisamos conversar sobre essas coisas.

Dulce= Ok, diga. – manteve-se sentada sobre ele, mas afastou os rostos.

Christopher= Quero sair com você. – olhando-a. – Quero te levar pra jantar, quero te levar ao cinema, quero ir à praia, viajar contigo... Ok, eu também acho que a imprensa atrapalha, mas o que você sugere? Não quero que tenhamos algo escondido do mundo.

Dulce= Por que precisamos sair pra jantar, se podemos trazer pra casa? Pra que ir ao cinema, se podemos alugar? Praias e viagens não precisam ser somente no México. – sorriu. – Problema resolvido.

Christopher= Amo muito você. Quero ser seu namorado de verdade. – sério.

Dulce= Escuta, eu não sei como vamos fazer. Isso é algo a longo prazo, e nós acabamos de começar. – colocou uma das mãos no rosto dele. – Vamos deixar rolar, ver como as coisas se desenvolvem e então podemos ir traçando devagar nosso destino.

A Sósia - Volume IOnde histórias criam vida. Descubra agora