Poncho= Que? – assustou-se. – Então, amor... nós...
Anahí= Não. – cortou-o. – Eu estava atrasada e comecei a me preocupar com isso. Pedi ajuda a Dul, e ela disse que compraria o teste pra eu fazer. – explicando. – Fizemos hoje de manhã e deu negativo. – sem jeito. – Nunca imaginei que poderia causar esse alvoroço todo.
Dulce= Pensamos que alguém poderia tirar fotos, e por isso eu fui comprar os testes ao invés da Any. – séria. – Porque se Poncho visse qualquer foto, pensaria que ela estava grávida, mas se você visse... – mirou o namorado. – Você nunca pensaria isso de mim, porque sempre nos cuidamos e... e eu tomo anticoncepcional. É impossível.
Alexandra= Então... tudo um mal entendido? – abaixou o olhar.
Dulce= Eu sinto muito pela confusão. – sincera. – Nem me passou pela cabeça que isso poderia acontecer. Christopher, se você tivesse falado comigo antes, eu poderia ter esclarecido isso e...
Christopher= Pareceu tão certo. – encarou-a. – Você não está comendo direito, anda enjoada, vai a farmácia comprar testes...
Dulce= Estou resfriada, já expliquei que quando estou assim não como direito. – séria – E se eu estivesse grávida, ficaria tão desesperada que não sei se conseguiria esconder.
Christopher= Acho que... meu erro, então. – sem jeito.
Alexandra= Bem, os presentes serão usados em algum momento, não é mesmo? – sem graça.
Dulce= Em alguns anos, talvez. – tentou sorrir, mas era notável que não era espontâneo.
Alexandra= Eu tenho mais presentes. – esforçou-se para aliviar o clima.
E assim seguiram o natal. Christopher deu um conjunto de ouro para a namorada: colar, pulseira e brinco.
Mas o clima havia ficado tão estranho, que tudo o que a morena pôde fazer foi lhe dar um selinho e agradecer.
Por volta de duas horas da manhã, Anahí e Poncho foram embora, pois ambos precisavam trabalhar no dia seguinte.
Alexandra e Victor voltaram com Baleia para o apartamento do filho, que por sua vez, ficou com Dulce.
Dulce= Escuta... – foi até ele, que trocava de roupa no quarto.
Christopher= Oi. – sentou-se na cama, usando apenas a samba canção.
Dulce= Podemos conversar? – sentou-se ao lado dele, que assentiu. – Sobre a confusão da gravidez.
Christopher= Foi erro meu. – simples. – Confundi as coisas.
Dulce= Eu sei, mas você ficou estranho quando eu disse que não estava... enfim. - sem jeito. – Sei que nunca falamos sobre isso, mas tenho que perguntar. Você quer um filho? Digo... agora?
Christopher= O que quer dizer? – encarando-a.
Dulce= Estou dizendo que... Nós dois somos novos. Você tem 27, eu acabei de fazer 26. Nem sei como cuidar de criança, eu sou completamente desajeitada, digo... Eu tenho uma calopsita, porque me dá pouco trabalho e não é completamente dependente de mim. E além disso, nós dois estamos crescendo na profissão, temos disposição... Eu não penso em ter um filho nesse momento. Você pensa?
Christopher= Eu não penso. Eu nunca pensei. – sincero. – Mas é como dizem: você nunca quer uma coisa... até que experimenta a sensação de tê-la.
Dulce= Perdão. – segurou as mãos dele. – Eu só não sou a pessoa indicada pra ter um filho agora.
Christopher= Podemos esperar o seu tempo. Nosso tempo. – ela sorriu com ele. – Não quero apressar as coisas. Quando acontecer, quero que seja planejado e de consentimento de nós dois. Que seja seguido de um casamento, de preferência.
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A Sósia - Volume I
RomanceDulce deixou o Brasil e aventurou-se no México com apenas um objetivo: a carreira na Televisa. O que encontrou: um diretor estagnado em uma emissora minúscula e inexpressiva, um trabalho que não era - nem de longe - parecido ao currículo prestigioso...