Maite= Como ela está? – abraçou-o. – Não me pareceu nada bem.
Christian= Brigou com o Vinícius. – disse o que havia deduzido ao final. – Terminou com você, brigou com ele, não quer a minha ajuda, está sozinha... Está sozinha e não quer mudar isso. Dulce é complicada. – Christopher teve a impressão de que os olhos do rapaz marejaram. – E faz tudo errado quando a deixamos assim.
Maite= E se ligássemos pra aquela amiga dela? – sugeriu. – A que veio aqui, que anda com ela pra cima e pra baixo.
Christopher= Carla? – mirou a irmã. – Não acho que seja uma boa companhia, principalmente agora.
Christian= Ela seria a melhor companhia. – sério. – Mas já falei com ela, e a Dulce mesmo pediu que ela viesse pra cá, mas a Globo não deixa. É começo de ano, vocês sabem como funciona em emissora, ainda mais as grandes... Não, Carla não virá tão cedo por essas bandas. E é isso o que me preocupa: deixar a Dulce tanto tempo longe dela. – mirou o cunhado. – E longe de você.
Maite= Se vire nos trinta, Christopher. – séria. – Vocês precisam voltar.
Christopher= Não há nada que eu queira mais , Mai. – disse com sinceridade. – Não há nada.
Christian= Vamos subir, amor. – deu a mão pra ela. – Amanhã é outro dia.
Maite= Amanhã é outro dia. – abraçou-o. – Se precisar de algo, me avise, Christopher. – piscou.
Christopher= Obrigado. – desencostou-se da porta. – Boa noite pra vocês.
Christian= Boa noite, brother. – subiu com a morena.
Quinta e sexta-feira passaram praticamente se arrastando. Se Christopher achava que havia progredido com a morena, agora estava certo que haviam voltado ao começo de tudo.
No sábado, a morena foi trabalhar mais cedo, pois recebera uma ligação do chefe, avisando que precisava falar com ela. Foi então a informaram que ela ficaria em Chihuahua até o final do mês, para representar a emissora no congresso de programação e audiência, e cuidar de novas parcerias.
Dessa vez a morena iria só. Sem Poncho ou qualquer um dos amigos. Para ela, a oportunidade caiu como uma luva. Tudo o que precisava era ficar uns dias longe de todos, e se esses dias fossem trabalhando, melhor ainda.
Poncho= Então, quando você vai? – conversavam, enquanto comiam na cafeteria.
Dulce= Segunda-feira agora. – comeu um pouco da carne. – Vou deixar tudo encaminhado com você, mas se tiver problema, não pense duas vezes e me ligue.
Poncho= Nem precisa dizer, porque você sabe que eu ligo mesmo, Dul. – riu. – Prometo que darei o meu melhor por aqui.
Dulce= Tenho pensado muito sobre a minha vida daqui pra frente, as decisões que devo tomar. – séria. – Se eu sair, confio em você pra tocar essa emissora, pra fazer diferente. Confio em você pra enfrentar quem for e colocar isso aqui em primeiro lugar. Não vejo ninguém mais com tanta força dentro da MX.
Poncho= Não quero que você saia. – sincero. – Formamos uma boa dupla, colocamos isso aqui pra cima.
Dulce= Se eu sair, te indico pro meu cargo. – avisou. – E trate de encontrar alguém competente pra ocupar o seu.
Poncho= Podemos mudar de assunto? – desviou o olhar. – Não quero perder a minha parceira.
Dulce= Mudando de assunto... – riu e balançou a cabeça.
Poncho= É seu celular? – escutou o barulho
Dulce= É. Nunca me dá sossego. – pegou o aparelho, lendo a mensagem.
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A Sósia - Volume I
RomanceDulce deixou o Brasil e aventurou-se no México com apenas um objetivo: a carreira na Televisa. O que encontrou: um diretor estagnado em uma emissora minúscula e inexpressiva, um trabalho que não era - nem de longe - parecido ao currículo prestigioso...