A Sósia - Volume I

Capítulo 62

Christopher= O que você quiser. – dava demorados selinhos nela, que acaba soltando um riso.

Dulce= Prometa que vai me contar o que pensa sobre mim. – ele notou que realmente havia machucado a morena. – Quando pensar algo, mesmo que seja ruim, você vai me contar, não vai mais precisar beber pra me dizer o que quer.

Christopher= Ontem cometi um dos meus piores erros. Disse o que não penso de você, disse o que não queria, disse o que o medo deixou. – ela voltou a colocar uma das mãos no rosto dele. – Eu acho que você é uma mulher encantadora, acho que é inteligente, esperta, às vezes um pouco dispersa do mundo, gulosa, agitada, alegre, com um espírito absurdamente aventureiro, impulsiva, engraçada, simpática, humilde, sonhadora... muito sonhadora, na verdade. – seus olhos marejaram. – É muito bonita também, por dentro e por fora, e ainda que não ande com aquelas coisas de maquiagem na cara todos os dias e nem use sapato de salto alto e roupas escandalosas, você é incrivelmente sexy. É segura e acredita em si mesma, talvez isso te torne tão sexy assim. Não sei dizer bem o que é. – ela limpou o rosto dele. – Ou melhor é apenas seu sangue brasileiro, que não só me mostrou o quão maravilhosa você é, mas que o Brasil é uma terra que vai muito além do samba e da bebida. – sincero. – Isso é o que eu realmente penso de você. E posso repeti-lo todos os dias, se você assim quiser. Bêbado ou sóbrio.

Dulce= Eu era muito feliz quando cheguei aqui, mas sabia que faltava uma parte dentro de mim, e não ter essa parte me fazia muito mal. – emocionada. – Você é a parte que faltava, o encaixe perfeito, o amor que eu precisava no meu coração. Você é mais do que ótimo. Eu te amo. – deu um selinho nele, sussurrando em seguida. – Obrigada por me mostrar que o México não é apenas tequila, milhares de santos e Televisa.

Christopher= O México é MX TV também. – ela riu e concordou com ele.

Dulce= E os mexicanos são muito românticos também. – mordeu a bochecha dele. – Ou você é.

Christopher= Os mexicanos são. – confessou. – Mas eu sou mais.

Dulce= Eu sei bem. – rolou na cama, ficando por cima dele. – É bom estar bem com você outra vez.

Christopher= Vou me controlar mais. – prometeu. – Você ainda terá muito orgulho de mim.

Dulce= Já tenho orgulho demais do meu namorado e do meu diretor geral de TV. Ambos maravilhosos. – mordeu os lábios dele.

Christopher= Amo você, María. – beijou-a, sabia que ela gostava quando a chamava pelo segundo nome.

A brasileira não mentia quando dizia que Christopher realmente a completava. Era estranho, já que se conhecia há relativamente pouco tempo, mas ela sentia que havia encontrado nele, tudo o que sempre procurara. Sentia-se feliz, completa, como se não faltasse mais nada para viver bem.

Dulce= Hey...- deitou-se ao lado dele, deixando apenas uma das pernas entrelaçada com a do namorado.

Christopher= Diga, Vida. – sorriu ao vê-la apoiar o queixo na mão.

Dulce= Estava pensando, já que a noite de ontem não foi nenhum pouco divertida, nós poderíamos... – mordeu os próprios lábios, sorrindo marota. – Se você quiser, claro. Se não tiver nenhum inconveniente.

Christopher= Inconveniente? Sério que você usou essa palavra, María? – ela gargalhou. – Esqueceu quem é seu namorado, por acaso? – ela riu ainda mais.

Dulce= Nunca me esqueço, Bonito. – deu um demorado beijo no rosto dele.

Christopher= Amor... – deslizou uma das mãos pela cintura dela.

Dulce= Hm? – apoiou o rosto no peito do homem.

Christopher= Sobre o que a Carla me disse ontem... – a morena mordeu os próprios lábios, imaginando sobre o que ele perguntaria. – Que vocês tem o mesmo sangue e... não sei, fiquei pensando...