A Sósia - Volume I

Capítulo 99

Christopher= Essa pergunta não deveria ser feita por mim? – ela sorriu e negou com a cabeça.

Dulce= Você quer? – subiu com uma das mãos até o braço dele.

Christopher= Eu quero muito. – mirou-a nos olhos. – É tudo o que eu mais quero.

Ela sorriu abertamente, soltou um leve riso e ficou na ponta dos pés, mordendo o ombro dele várias vezes.

Christopher= É, nós começamos muito bem. – riu do jeito dela.

Dulce= Nós começamos, sim. – encarou-o. – E agora é pra sempre, sem medos, sem falhas, sem segredos. Agora é pra sempre.

Christopher= Já posso te beijar? – apertou a cintura dela, aproximando seus corpos.

Dulce= Com certeza. – deslizou um dos dedos pela bochecha dele, antes de beijá-lo.

Os lábios nunca haviam se juntado com tanta vontade, tanto amor, tanta felicidade de uma só vez. As línguas nunca haviam se mesclado com tanta saudade, tanta esperança e sentimento. Os braços dele nunca haviam deslizado de maneira tão doce pela cintura dela; e as mãos dela tampouco haviam tocado o rosto dele de modo tão especial.

Mas até mesmo o amor fica mais intenso com o passar dos segundos, e não demorou até que ele desse alguns passos e a encostasse na parede, pressionando levemente o corpo da, novamente, namorada.

Dulce= Não, aqui não. – interrompeu o contato e desencostou-se rapidamente. – Não posso tocar nisso.

Christopher= Dul, é uma parede. – riu dela. – A tinta já secou.

Dulce= Sim, mas... – sem jeito. – É meu presente, é sagrado, é especial.

Christopher= Ok, não vou tocar. – ela sorriu de lado.

Dulce= Queria te beijar a noite inteira. – abraçou-o novamente.

Christopher= Só beijar? – desceu os lábios até o pescoço dela.

Dulce= É, só beijar. – ele a olhou. – Da última vez que estivemos juntos tudo foi tão sem amor, tão frio, tão distante... Apenas queria que agora fosse especial.

Christopher= Será especial. – abraçou-a. – Quando você quiser.

Dulce= Mas ainda posso dormir com você, não é? E te abraçar bem apertado? – sorriu de lado.

Christopher= Isso lá é pergunta? – pegou-a no colo, e ela rapidamente rodeou a cintura dele com as pernas. – Desse apartamento você não sai mais. Quero você o tempo inteiro perto de mim. – colocou-a deitada na cama e ficou por cima dela.

Dulce= Eu vou adorar ficar aqui sempre... meu amor. – ele notou o sorriso dela. – Senti tanta falta de chamar você assim. De te sentir meu.

Christopher= Também senti falta demais de te sentir minha, mas daqui pra frente as coisas vão mudar. – beijou o cantinho da boca dela. – E pra que você se acostumar de novo, prometo te chamar de 'meu amor' todos os dias.

Dulce= Esse era o meu plano. – fez cara feia.

Christopher= Estamos pensando igual? – fingiu espanto. – Oh, é verdade, somos almas gêmeas. – ela riu.

Dulce= Adoro! – passou as pernas pela cintura dele, fazendo-o se aproximar mais. – Adoro a maneira como você me faz sorrir, até das coisas mais simples.

Christopher= Adoro seu sorriso. – sincero. – E adoro te fazer feliz.

Dulce= Por que demorei tanto pra perceber você? Por que fui tão burra? – mordeu a bochecha dele. – Sou tão idiota!