Capítulo 115

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Acordou algum tempo depois, escutando o celular tocar ao longe. Levantou-se com pressa e pegou o aparelho em cima da mesa de centro.

Christopher= Alô? – um pouco sonolento. - Hãn? Oi, Any, hmm, pode deixar. – coçou levemente os olhos, enquanto ia se despertando. – Claro. Ainda não, mas eu mando boa viagem para eles, sim. Irei logo em seguida pra aí, ok? Beleza, outro pra você.

Assim que desligou, reparou que o relógio já marcava sete horas da manhã. Notou que não havia nenhuma chamada de Dulce, então apenas respirou fundou e foi tomar banho. Em seguida acordou os pais, e enquanto os mesmos se arrumavam, ele preparava o café da manhã.

Os três comeram juntos, e depois, o diretor decidiu passar no apartamento da namorada, já que os pais ainda terminavam de comer.

Christopher= Dul? – bateu levemente na porta. – Dul? – tentou abrir, e como sempre, notou que a porta não estava trancada, então entrou. - Amor? – entrou no apartamento, e no instante seguinte arregalou os olhos. – Jesus!

Havia uma loira deitada no sofá, dormia pesadamente e balbuciava palavras que o diretor não podia entender. Depois de olhá-la alguns segundos, notou que o rosto era conhecido, mas ainda assim, não conseguiu lembrar quem era a mulher.

Christopher= Dulce? – ele fechou a porta e foi andando pelo corredor. - Dul? Amor, está aqui? – entrou no quarto dela, mas não a encontrou. – Dulce? – foi até o banheiro, abrindo a porta devagar. - Dul?

Dulce= Sarahí, vai dormir! – com os olhos fechados. – Fique quieta no sofá. – olhou para o lado e arregalou os olhos ao ver o namorado ali. – O que... o que tá fazendo aqui?

Christopher= O que aconteceu? – primeiro reparou no banheiro, notando que ela havia vomitado, e logo levou os olhos para a morena, reparando que ela estava vestida e sentada no chão, justamente embaixo do chuveiro. – O que houve, Dulce? – deu descarga e abaixou a tampa.

Dulce= Obrigada. – sorriu sem jeito. – Sarahí ainda...

Christopher= Está desmaiada no sofá e falando qualquer coisa que não faz sentido nenhum. – sério. – Onde você esteve? O que houve? Fiquei preocupado, te liguei um milhão de vezes. Primeiro você não atendia, depois começou a cair direito na caixa postal...

Dulce= Não... não tenho ideia de onde está o meu celular nesse momento. – suspirou pesadamente. – Deve ter acabado a bateria, porque já não tinha muito quando eu te mandei a mensagem.

Christopher= O que houve? – perguntou novamente, enquanto sentava-se em cima da tampa da privada.

Dulce= Não sei. – mordeu os próprios lábios. – Ale disse que as eleições haviam sido desgastantes, e então sugeriu que fossemos tomar alguma coisa. – o namorado revirou os olhos. – Eu juro, juro que só ia tomar uma, mas... não sei, não sei porque aconteceu.

Christopher= Nem lembra quantas tomou, verdade? – a namorada desviou o olhar, mirando fixamente a parede. – Não passou pela sua cabeça me avisar? Não passou pela sua cabeça me mandar uma mensagem pra dizer que ia demorar? Que ia sair com os seus amigos?

Dulce= Eu pensei em mandar. Na boa, eu pensei mesmo, mas estava decidida de que era apenas uma cerveja. – deu de ombros, ainda sem olhá-lo. – E depois não lembrei mais. Perdão.

Christopher= O país todo está louco com o resultado, tem gente que perde a noção das coisas... você tem ideia do quanto eu me preocupei com você? – sério. – Do medo que senti de que te acontecesse algo? Não imagina, verdade?

Dulce= Desculpe. – levantou-se com dificuldade. – Desculpe, eu realmente pensei em avisar, só que... é... enfim.

Christopher= Só que não avisou. – bravo. – Bebeu não sei quanto, chegou mal, continua mal, e pra ajudar ainda trouxe uma que tá pior que você.

A Sósia - Volume IOnde histórias criam vida. Descubra agora