Dulce= Alô? – tentou manter a voz firme, mas foi em vão, estava chorosa demais.
Christopher= Dul? O que houve? – preocupou-se.
Dulce= Nada, eu... Falei com a minha avó. Ela me contou sobre o meu pai e a virada lá... – voltou a chorar. – Estou meio idiota. Mas o que quer comigo? Não estou bêbada, nem saí pelada na rua ou estraguei minha reputação, se é o que quer saber.
Christopher= Você pode baixar a guarda, por favor? – calmo. – Eu só queria te pedir desculpa pela forma como me expressei hoje.
Dulce= Sou bem grandinha. – limpava as próprias lágrimas. – Não tem necessidade de você falar comigo daquela maneira.
Christopher= Eu sei que não, me arrependi. Será que pode me perdoar? – escutou-a suspirar. – Só liguei pra dizer que estou sentindo sua falta, que queria você comigo agora e que... eu te amo muito. Sinto que o próximo ano será maravilhoso pra nós dois, e espero que possamos criar nossa vida juntos.
Dulce= Eu amo você, Christopher. – disse logo. – Você sabe o quão doida eu sou por você, e como quero uma vida inteira ao seu lado.
Christopher= Mesmo? – sorriu bobo.
Dulce= Claro, bonitinho. – seu coração acelerava só por falar com o namorado. – Queria muito você comigo agora, e te beijar a noite toda, mas já que não dá, acho que só posso te prometer que estarei no aeroporto mais tarde.
Christopher= Estou louco pra te ver. – ela riu. – Sério, amor.
Dulce= Antes de ficar louco pra me ver, se concentre no seu programa! – fingiu seriedade. – Quero primeiro lugar de novo!
Christopher= Não quer mais nada da vida, hein, amor? – ela riu alto. – Posso garantir o quinto, mas o primeiro...
Dulce= Vou dizer que tudo bem, mas saiba que lá no fundo eu estou esperando uma surpresa amanhã. – ele gargalhou da namorada. – Carlinha está me chamando aqui. Nos falamos mais tarde, ok? – sorriu ao ver a amiga acenando e se aproximando devagar.
Christopher= Ok, dê feliz ano novo para todo mundo aí. – tentou não sentir ciúmes ao imaginar Carla festejando com a morena durante toda a madrugada. – Cuide-se e não se esqueça que eu te amo.
Dulce= Nunca me esqueço, bonitinho. – sincera. – Eu te amo também. Boa noite, tá? Sonhe comigo.
Christopher= Boa noite, vida. – então desligou.
Carla= Oh, eu te amo. Você é tudo pra mim, meu amor, meu bonequinho de pano, meu chuchu... – rindo, sentou-se ao lado da amiga. – Ui, ui, ui, Christopherzinho do meu coração.
Dulce= Não seja palhaça! – abraçou-a.
Carla= Não resisto. – beijou-lhe o rosto. – Já se acertaram?
Dulce= É, né... – suspirou. – Não consigo ficar brava com ele. Eu até tento, mas aí... sei lá, só de escutar a voz dele parece que a raiva some.
Carla= Eu sempre achei que você fosse apaixonada pelo Ví, mas o Christopher te pegou de um jeito, minha amiga... – as duas riram juntas. – Isso sim é amor. Amor de gente grande.
Dulce= Amor de gente grande. – riu e levantou-se. – Vamos comemorar?
Carla= Sabe o que nós trouxemos pra cá? – levantou-se também, abraçando a amiga, enquanto desciam as escadas. – Karaokê!
Dulce= Mentira! – animou-se. – Vamos cantar, né?! Agora, por favor! Por favor!
Carla= Não precisa pedir duas vezes, Duds! – pegou a amiga no colo, fazendo-a gargalhar.
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A Sósia - Volume I
RomanceDulce deixou o Brasil e aventurou-se no México com apenas um objetivo: a carreira na Televisa. O que encontrou: um diretor estagnado em uma emissora minúscula e inexpressiva, um trabalho que não era - nem de longe - parecido ao currículo prestigioso...