Maite= Hey... – sussurrou..
Dulce= Mai! Oi. – deu espaço para que ela passasse. – O que faz aqui? Meu irmão não está?
Maite= Saiu pra comprar um bolo de chocolate pra mim. – sorriu de lado. – E o meu irmão? Eu acabei de ver na TV que...
Dulce= Está arrasado. – sentou-se com ela no sofá. – E acho que quanto mais tento consolar, pior fica.
Maite= Como aconteceu? – franziu o cenho. – Digo... ele não se demitira, não é? Ele ama... ele ama o que faz.
Dulce= Foi minha culpa. – mordeu os próprios lábios. – Ele diz que não, mas nada me tira na cabeça de que isso é culpa minha. – a morena parecia confusa. – Ele ficou com ciúmes, bateu no filho do chefe e ainda xingou a filha dele de puta. O cara, que já não é lá muito profissional, achou a chance perfeita para demiti-lo.
Maite= Porque.... – séria. – Dulce! Dulce, como você o deixou fazer isso?
Dulce= Não estava perto. Fui ao banheiro por dois minutos, e quando voltei a merda toda já estava feita. – suspirou. – Me sinto terrível. Amanhã tenho uma reunião com o meu chefe, vou ver se consigo algo, sei lá, qualquer função pra ele.
Maite= Christopher não vai querer. – avisou. – Se você o indicar, ele não vai aceitar nada. Vai por mim, eu conheço bem o irmão que tenho. Ele é orgulhoso demais.
Dulce= Maite, sem trabalho ele não pode ficar. – encarando-a.
Maite= Eu sei, mas você tentar arranjar alguma coisa só piorará a situação, pode confiar em mim. – contou. – Não tem nada que se possa fazer agora, ele tem que resolver sozinho.
Dulce= Mai, não posso deixá-lo resolver nada sozinho. Eu fiz isso, eu preciso consertar. – a cunhada deu de ombros.
Maite= Faço o que você quiser por um ano, se você o convencer disso. – arqueou uma sobrancelha, e a amiga suspirou. – Tem mais uma coisa: se ele for orgulhoso demais pra pedir, mas a situação financeira não estiver muito boa, você me avisa. Eu posso dar algo.
Dulce= Eu já me prontifiquei a pagar o tratamento da Sel, e vou cuidar do que mais for necessário. – sorriu. – Mas obrigada por se oferecer.
Maite= Você é ótima pra ele, Dul. – segurou uma das mãos dela, que apenas deu um sorriso desanimado. – Você é mesmo.
Dulce= Obrigada. – suspirou.
Maite ficou cerca de mais dez minutos conversando com a cunhada, e depois subiu, pois o marido não deveria demorar a chegar.
Dulce não conseguiu mais dormir, então foi para a cozinha preparar o café da manhã para o namorado.
Já estava terminando de arrumar a bandeja, quando o telefone do apartamento tocou. Correu até a sala para atender antes que o namorado acordasse.
Dulce= Alô? – caiu no sofá ao atender.
Alexandra= Dul? É a Ale, meu bem. – simpática. – Como está?
Dulce= Ah, oi, Ale. – levantou-se do sofá. – Eu estou bem. E aí, está aproveitando o Brasil?
Alexandra= Ah, Dul, cada dia eu gosto mais desse lugar. Não quero mais ir embora. – a nora riu. – Quero ficar aqui pra sempre, juro. Não sei bem em qual estado, mas no Brasil, com certeza.
Dulce= Eu imagino que esteja apaixonada mesmo. Eu que não conheço tudo já adoro. – riram juntas.
Alexandra= E escuta, Meu Bem, li agora há pouco na internet algo sobre o Christopher... – foi interrompida.
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A Sósia - Volume I
RomanceDulce deixou o Brasil e aventurou-se no México com apenas um objetivo: a carreira na Televisa. O que encontrou: um diretor estagnado em uma emissora minúscula e inexpressiva, um trabalho que não era - nem de longe - parecido ao currículo prestigioso...