Capítulo 93

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Valentina= Sim, você disse. – sorriu. – Disse por que sabia que eu estava mal, estava triste por ter terminado com o Paulinho.

Dulce= Você está louca. – séria. – Eu disse isso pra Carla, eu disse isso pra ela. Ela é minha melhor amiga, ela é minha irmã, ela namorava o Paulinho. Você está maluca, Valentina!

Valentina= Não. – tensa. – Não, não estou. Você que está confusa.

Dulce= Você deveria se tratar. – sincera. – Isso não está fazendo bem pra você. Depois do acidente, você se mandou pra Argentina, nunca fez nenhum tratamento psicológico... Sabe, essas coisas mexem com a gente, você deveria...

Valentina= Não seja besta. – cortou-a. – Eu não preciso de nada, eu estou perfeitamente bem. Não percebe que o destino nos juntou de novo pra eu poder te proteger?

Dulce= Que? – riu. – Do que está falando?

Valentina= Que eu tinha que te proteger da Carla, depois do Vinícius... – explicou. – E agora Deus me colocou na sua vida de novo, pra que eu pudesse te proteger do Christopher. Tudo o que faço é pra cuidar de você. – a morena fechou a cara.

Dulce= Preste atenção, Valentina. – aumentou o tom de voz e olhou firme pra ela. – Você quase matou o Vinícius, você quase matou a Carla e quase me matou. Se fizer algo ao Christopher, se fizer qualquer coisa... Eu mato você. Eu destruo a minha carreira e perco tudo, mas eu te mato.

Valentina= Você está louquinha. – riu. – Acho melhor esquecer o Christopher, porque depois que eu contar tudo, ele nunca mais vai te querer.

Dulce= Já disse que pode contar. – levantou-se e pegou a bolsa mais uma vez. – E mantenha-se longe de mim. – abriu a porta.

Valentina= NÃO SAIA! – berrou. – NÃO!

Dulce= Eu não te obedeço. – arqueou uma sobrancelha.

Valentina= Eu vou contar tudo pra ele! Eu vou arruinar o seu romance! – gritou. – É o que você quer?

Dulce= Conte, Valentina! Vai em frente! Precisa do número do apartamento? – deu de ombros. – Eu te passo.

Valentina= Não saia por essa porta. – irritada. – Se você sair, eu juro que arruíno todo o amor que você construiu com ele. Ele nunca mais vai te apoiar depois de saber o tipo que você era, depois de saber pra onde sua mãe... sua própria mãe queria te mandar.

Dulce= Conte a ele. E me esqueça. – bateu a porta, saindo dali.

Escutou um alto barulho, e que provavelmente deveria ser a loira jogando algo na porta, mas não olhou para trás, apenas entrou no elevador de pressa, chegando rapidamente à recepção e pedindo o primeiro taxista disponível.

Dulce foi direto para o apartamento, sua cabeça estava latejando, seu coração batia rápido; estava nervosa e amedrontada, mas mais do que isso, sentia uma raiva descomunal. Senti um ódio tão grande dentro de si, que só o que pensava era em como virar aquele maldito jogo.

Assim que chegou ao apartamento, deitou-se no sofá da sala, pensando no que faria a seguir. Passou quase uma hora quieta, até que algo lhe veio a mente; ligou para a melhor amiga, sabia que no Brasil já era tarde, mas precisava falar com ela.

Carla= Duds? – deu um pulo da cama. – O que houve? Ela te fez algo? Por que está me ligando agora? O que foi?

Dulce= Perdão. Me perdoa. – pediu. – Me perdoa, Carlinha.

Carla= Perdoar pelo o que? – confusa. – Esqueça a nossa briga, por favor, aquilo não tem sentido. – escutou a respiração acelerada da morena. – O que houve? O que foi?

A Sósia - Volume IOnde histórias criam vida. Descubra agora