Christopher= María, María... – riu com ela.
María= A mãe dele nasceu em Manaus, e gostava muito de estudar. Demorou a passar no vestibular, mas depois de quatro anos tentando, ela entrou pra medicina em uma das faculdades federais no Rio. Não exatamente a cidade do Rio, mas o estado.
Christopher= Mesmo? Então ela deve ser médica hoje em dia. – a mulher deu de ombros.
María= Ela estava na faculdade, quando engravidou. Tinha 24 anos, eu acho. Segundo o que nos disseram, acabou ficando com um desconhecido em uma festa, e aí... - o diretor assentiu. – E diante da profissão que ela teria, achou que não era certo abortar. Como o pai também não estava interessado, ela deu para a adoção.
Christopher= Numa boa?
María= Me parece que sim. Eu sei que a família nunca ficou sabendo que ela engravidou, porque ela só voltava para casa uma vez por ano. – deu de ombros. - Eu não sei se sabe, mas Manaus está bem longe do Rio, Querido. É lá pra cima do Brasil.
Christopher= Uau. – impressionado. – Christian sabe dessa história toda? Porque se fosse comigo, eu gostaria de conhecer os meus pais.
María= Ele sempre soube, nunca escondemos nada. E deixamos claro que se ele quisesse, poderia buscar mais informações, mas ele nunca quis. Decisão dele.
Maite= Ucker! – gritou, enquanto se aproximava. – Vá dar jeito na sua namorada e na sua outra irmã maluca!
Christopher= O que houve? – sorriu pra ela.
Maite= As duas estão fazendo uma nojeira na cozinha. Não sei o que estão aprontando. – puxou a cadeira para sentar-se. – Eu ia ficar por lá, mas o cheiro me enjoou, e sse menino não para de chutar hoje.
Christopher= Ele está é louco pra sair, Mai. – levantou-se. – Eu vou cuidar das duas, pode deixar.
Maite= Obrigada. A família toda agradece. – brincou.
María= Acha que ele nasce essa semana? – ansiosa.
Maite= Eu não sei. Christian é que anda me acalmando, porque toda noite eu acho que vai nascer. – confessou. – Não consigo mais dormir direito, essa gravidez está me deixando louca.
María= Você vai adorar quando ele nascer. – sorriu pra ela. – Vai gostar até do choro. Quando Christian foi lá pra casa, nós gostávamos até mesmo das pirraças dele. Um filho é algo mágico.
Maite= Ele deu muito trabalho? – gostou do assunto. – Como ele era?
María= Hmm, muito levado! – piscou. – No começo era tranquilo, mas depois começou a perceber que conseguai tudo chorando, e aí ficou difícil. – a morena riu ao escutá-la. – Teve uma vez...
Maite acabou ficando mais tempo que o imaginado conversando com María. Além de ouvir as histórias de infância do marido, também pegara bastante conselhos sobre como cuidar de um recém nascido.
O dia todo passou de maneira bastante agradável e sem maiores problema, além das brincadeiras bobas entre Dulce, Christopher e Selena.
No final da tarde, por volta de seis e meia, Christopher despediu-se da família, para poder voltar à capital, pois além de arrumar as coisas no apartamento, ainda precisava passar no hotel para deixar María e Fernando. A vida voltaria ao normal, dali pra frente. Bem, quase ao normal.
Durante a semana que seguiu, Dulce e Christopher praticamente não pararam em casa. Saíam cedo para trabalhar, voltavam tarde e iam direto jantar com María e Fernando.
Chegavam ao apartamento apenas por volta de onze horas da noite, e então só tinham pique para dormir.
Haviam marcado um jantar para o sábado, no apartamento de Dulce e Christopher. Convidaram María e Fernando, Selena e Miguel, Maite e Christian, e também Alexandra e Victor, que ainda ocupavam o antigo apartamento de Dulce.
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A Sósia - Volume I
RomanceDulce deixou o Brasil e aventurou-se no México com apenas um objetivo: a carreira na Televisa. O que encontrou: um diretor estagnado em uma emissora minúscula e inexpressiva, um trabalho que não era - nem de longe - parecido ao currículo prestigioso...