Foram andando em silêncio, enquanto Dulce chorava quieta, deixando apenas uma ou outra lágrima escapar.
Chegaram em casa praticamente junto com os três meninos. Diego e Paulo ajudaram Christopher a sentar no sofá, o diretor ainda sentia-se completamente tonto.
Dulce sentou-se ao lado do namorado, mas ao ver o sangue em seu rosto, ela voltou a se desesperar, chorando assustada.
Carla= Natasha, leva a Duds pra lá, vai dar um pouco de água pra ela ou qualquer outra coisa. – tirando a amiga do sofá. – Pode levar.
Dulce= Não. Não, Carlinha, eu vou ficar aqui com ele. – reclamou.
Carla= Não, você não vai. Eu vou cuidar dele. Prometo que vou cuidar direito dele. – disse, empurrando a amiga para os braços da loira. – Leva, Nat. Pode levar.
Natasha= Vem, Duds. A gente volta quando ele estiver melhor, tudo bem? – levando-a para a cozinha.
Carla= Amor, pega o kit de primeiros socorros. Eu vou lavar as mãos. – o noivo assentiu. – E Diego, fique conversando com ele, por favor. Não o deixe dormir.
Diego= Vale. – sentou-se ao lado do amigo. – Hey, cara, abra os olhos aí. Não pode pegar no sono agora.
Christopher= Onde... – fechou os olhos. – Onde está... cadê a Dulce? Não deixa... ela não pode ficar perto dele.
Diego= Ela está bem, brother. Está com a Natasha, pode ficar tranquilo. – o diretor assentiu. – Ela está bem preocupada com você.
Christopher= Estou bem, só... um pouco tonto. – riu. – Ela está muito brava? Eu quebrei a promessa. Droga. Ela odeia quando faço isso.
Diego= Não sei que promessa era, mas eu não acho que ela esteja chateada com isso agora. – brincou. – Ela gosta mesmo de ti, você tem sorte.
Carla= Pronto. – entrou na sala e sentou-se ao lado do amigo. – E aí, Kiko, como está se sentindo?
Christopher= Pronto pra outra. – disse brincando.
Carla= Se está fazendo piadinha, é porque está bem. – o noivo se aproximou, entregando o kit pra ela. – Ok, Kiko, preste bem atenção, por favor. Eu não entendo nada de cuidados médicos, farei apenas o simples. Se eu não conseguir parar o sangramento em até dez minutos, nós vamos te levar ao hospital, porque aí vai precisar de pontos.
Christopher= Não preciso de hospital.
Carla= Por favor, não discuta comigo. – séria. – Apenas aceite, porque se alguma coisa acontecer contigo, Dulce vai me matar. Eu prometi que cuidaria direito de você. Tudo bem assim?
Christopher= Ok. Obrigado. – assentiu.
Carla= Paulinho foi buscar o que faltava, ok? Eu vou lavar com água e sabão, e depois vou usar gaze pra tentar estancar o sangue. – ele apenas concordou. – Acho que o que mais sangra agora é a sua testa, então cuidarei disso primeiro, depois do seu nariz e da sua boca. Se eu te machucar, me avise, mas não grite, porque se você gritar, Dulce vai escutar e ficar mais desesperada.
Christopher= Você é ótima, assim como ela. – sorriu de leve, já que sua boca doía. – Obrigado, Carminha.
Carla= Você me deixou dormir na sua cama. – riu. – Isso é o mínimo que posso fazer agora.
E assim como dissera, a loira cuidou do diretor. Primeiro lavou bem o rosto dele, e depois tentou estancar o sangue.
Christopher= Tudo bem aí? – vendo a expressão preocupada da loira.
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A Sósia - Volume I
RomanceDulce deixou o Brasil e aventurou-se no México com apenas um objetivo: a carreira na Televisa. O que encontrou: um diretor estagnado em uma emissora minúscula e inexpressiva, um trabalho que não era - nem de longe - parecido ao currículo prestigioso...