Capítulo 197

312 25 0
                                    

Como já haviam dito, a noite foi extremamente longa para Dulce e Christopher, que só fecharam os olhos por volta de uma hora da manhã. A vida para o casal não poderia estar melhor.

Na manhã seguinte, ambos acordaram cedo, para se arrumarem com tempo para o batizado de Nicolas.

A morena tomou um banho demorado, depois secou o cabelo e fez uma escova rápida.

Como se tratava de um batizado, ela achou melhor não se produzir demais. Escolheu uma calça branca com estampa floral também de cor clara, uma blusa branca e sem muito decote. No rosto passou apenas o blush, rímel e batom.

De acessório apenas uma pulseira de ouro, e um colar também de ouro, com o pingente da cruz, que Blanca lhe dera quando completara 15 anos.

Nos pés uma sandália de tom claro e o salto não muito alto.

Christopher, por sua vez, escolhera uma calça escura, porém a camisa branca, da maneira como Maite exigira.

O casal chegou à igreja cerca de meia hora antes do início do batizado, e surpreenderam-se ao ver que os demais familiares já estavam todos ali.

Diferente do que imaginavam, o batismo começara exatamente na hora marcada.

Dulce= Amor? – sussurrou pra ele.

Christopher= Mande. – disse também sussurrando, já que o padre havia começado a falar.

Dulce= Vai soar estúpido se eu disser que estou nervosa? – ele sorriu de lado.

Christopher= Vai soar muito bem. – beijou o rosto dela. – Mas fique tranquila. Ele está calminho. – apontou o sobrinho no colo dela.

Dulce= Espero que ele não chore. – encarou o menino.

Nicolas usava uma camisa branca e uma bermuda com suspensórios, também na cor branca. O sapatinho mantinha a mesma cor, e Maite havia penteado o cabelo do menino todo para o lado direito.

Ao notar que estava sendo observado demais, Nicolas deu um pequeno sorriso para a tia, acalmando-a de maneira única.

A morena confessava que não tinha um lado religioso muito aflorado, e que por mais que tivesse lido os livros do curso para padrinhos, ela continuava sem entender como cuidar de uma criança ou a importância que aquele gesto representava. Entretanto, ao escutar o padre falar sobre a importância que ela teria na vida de Nicolas, ela passou, pouco a pouco, a se sentir importante pra ele.

Pouco mais de cinco minutos depois, Dulce já tinha os olhos marejados, e Nicolas dormia tranquilamente em seu colo, completamente despreocupado pelo momento que, para ela, se tornara tão importante.

Dulce= Ele vai chorar. – sussurrou para a cunhada, assim que o padre se aproximou com a água.

Maite= Ele está dormindo, Dul. – tranquilizou-a.

Dulce= Exatamente por isso. – arqueou a sobrancelha, e a morena sorriu pra ela.

Dulce mordeu os próprios lábios quando o padre derramou lentamente um pouco da água na cabeça do garotinho.

Nicolas deu um pulo do colo da morena, arregalou os olhos e a encarou visivelmente assustado. Continuou olhando-a por alguns segundos, e então sorriu, parecendo gostar da água fresquinha que recebia.

Christopher= Viu só? – sussurrou pra ele. – Ele não chorou.

Dulce= Não. – encantada. – Ele é um príncipe.

Em toda a sua vida, jamais vivera um momento tão bonito quanto aquele. Descrever o que sentira ao tomar a consciência de que cuidaria da vida do sobrinho, era simplesmente impossível. Sentia-se mais importante, mais especial, e parte de sua vida ganhara uma cor que ela, até então, desconhecia. Nicolas não era seu filho, mas já mudara tudo dentro de seu coração.

A Sósia - Volume IOnde histórias criam vida. Descubra agora