Carla= Acha que ferveu lá? – sussurrou para a morena.
Dulce= Ainda duvida? Eles não se suportam. – levantou-se do banquinho. – Vou aproveitar pra ir embora, estou caindo de sono.
Carla= Nos vemos amanhã? – a amiga assentiu. – Boa sorte! Amo você!
Dulce= Amo você também! – deu um beijo no rosto dela e foi até o namorado. – Não acredito que você saiu do México pra vir tomar tequila no Brasil!
Christopher= Não estava boa mesmo. – sorriu de lado. – Mas serviu para o momento.
Dulce= Eu sinto muito por isso. – sem jeito. – Por esse momento tão desconfortável.
Christopher= Ela é tão... tão... insuportável! – visivelmente irritado. – Eu faço qualquer coisa por você, mas ficar no mesmo ambiente que ela, nunca mais!
Dulce= Foi horrível pra mim também. – sincera. – Você é tão... tão meu, sabe? Meu! – mordeu os próprios lábios, sem saber como se expressar. – Ver qualquer mulher tocando você, e que não seja sua mãe, sua irmã ou Anahí, é absolutamente perturbador.
Christopher= Te deu ciúmes? – abriu um pequeno sorriso.
Dulce= Se você sorrir, eu vou negar. – arqueou uma sobrancelha.
Christopher= Amo você! – passou os braços pela cintura dela.
Dulce= Eu te amo também. – beijou o rosto dele. – Quer ir embora?
Christopher= Agora? Não quer ficar mais com os seus amigos, ou pelos menos com a Carlinha? – ela negou.
Dulce= Estou cansada e com sono. – deu a mão pra ele. – Você quer ficar?
Christopher= Não, podemos ir. – sorriu bobo, já imaginando que era uma desculpa para irem para casa e ela poder ficar com ele.
Dulce apenas acenou para Carla, numa forma de aviso silencioso de que realmente iria embora.
O caminho até o apartamento de Blanca não foi demorado, foram conversando sobre música durante todo o tempo em um clima leve e agradável.
Assim que chegaram ao prédio, ela notou que o carro da mãe não estava na garagem, e estranhou tal fato.
Dulce= Acha que ela saiu? – perguntou, quando já abria a porta do apartamento.
Christopher= Por que não? Uma amiga pode ter ligado e convidado pra um bar ou algo assim. – entrou com ela. – Não sei o que sua mãe curte, mas sim, ela pode ter saído.
Dulce= É que... sei lá, minha mãe não é de sair. – trancou a porta e foi para o quarto de Blanca.
Christopher= Qual o problema? – rindo. – Tem ciúme que ela tenha encontrado um namorado novo?
Dulce= Não tenho nada contra isso, por mim ela pode namorar à vontade. – viu que a mãe, de fato, havia saído. – Só que sair e ficar na rua até tarde é coisa pra mim.
Christopher= Que antiquada, Amor! – entrou no quarto da morena. – Sua mãe é nova e bonita, ela tem o direito de sair, e não só ficar dentro de casa.
Dulce= É minha mãe, eu tenho ciúme. – deu de ombros e entrou no quarto. – Amanhã vou perguntar aonde ela foi.
Christopher= Ai, Dulce... – tirou o tênis.
Dulce= Estou morta de cansada. – abriu o armário, pegando um short preto e uma blusa branca. – Moída, com sono...
Christopher= Entendi. – abraçou-a por trás. – Entendi desde que estávamos no bar.
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A Sósia - Volume I
RomanceDulce deixou o Brasil e aventurou-se no México com apenas um objetivo: a carreira na Televisa. O que encontrou: um diretor estagnado em uma emissora minúscula e inexpressiva, um trabalho que não era - nem de longe - parecido ao currículo prestigioso...