Christopher= Minha mãe resolveu vir me visitar e ficar lá em casa até o meu aniversário. – arqueou uma sobrancelha. – Dulce está encantada pela minha mãe.
Anahí= Você já contou o problema? Porque eu ainda não entendi qual é. – riu ao final.
Christopher= Dulce está adorando a minha mãe, que por sua vez, não para de falar sobre a Sel. – a loira ficou séria. – Dulce sabe superficialmente da história e agora acha que eu sou o filho mal criado que odeia a mãe. – irritado. – E nós nos desentendemos por isso e ela não fala comigo desde que saímos de casa. – colocou uma das mãos na testa. – Estava bom demais pra ser verdade, Any.
Anahí= O que Dulce sabe sobre a Sel? – seguia séria.
Christopher= A mesma história que contei para os amigos não tão próximos, a mesma história que contei para a imprensa... a mesma história que contei pra maioria. – suspirou.
Anahí= E por que não contou a verdade pra ela? – calma.
Christopher= Porque... Eu não sei. Receio, insegurança... Um pouco de medo, talvez. – sem jeito. – Selena... Ela... Não consigo falar sobre isso, Any. Com ninguém.
Anahí= Eu sei o quanto é difícil, mas Dulce é a mulher que você ama. – colocou uma das mãos no ombro dele. – Ela é quem mais pode te ajudar.
Christopher= Provavelmente, mas preciso aceitar primeiro, pra depois cobrar ajuda de qualquer pessoa. – a loira assentiu.
Anahí= Você sabe que estou aqui e sempre estarei. Para o que precisar. – piscou.
Christopher= Eu sei disso. – sorriu. – Por isso vim desabafar com você. Acho que ninguém me conhece tão bem quanto você.
Anahí= Sou sua melhor amiga. – deu de ombros. – Isso diz muito.
Christopher= Sim, diz. – acabou rindo. – Obrigado, Any.
Anahí= Não agradeça, chuchu! – beijou o rosto dele. – E fora esse assunto, qual o problema da sua mãe estar aqui? Acredita que ela falará para a Dul sobre a Paty?
Christopher= Não, eu duvido muito. – fez cara feia. – Minha mãe não gostava nenhum pouco da Paty. Duvido que vá tocar no nome dela, muito menos contar o que tínhamos.
Anahí= Ainda bem. É um problema a menos. – ele assentiu. – E por último: o que fará em relação a Dulce agora? Em que momento pretendem conversar?
Christopher= Só a noite. – deu de ombros. – Sabe como ela fica ocupada o dia todo. Nem que eu quisesse não poderia conversar com ela antes.
Anahí= Tem certeza? – arqueou uma sobrancelha.
Christopher= Absoluta. – assentiu.
E Christopher realmente estava certo. Durante todo o dia, ele não teve tempo para ver a namorada, pois ambos estavam imersos no trabalho, e nem mesmo o horário do almoço coincidia.
O relógio indiciava dez horas da noite quando Christopher saiu da lanchonete da emissora. Estava há uma hora esperando por Dulce, mas a morena não havia aparecido, nem mesmo enviado uma mensagem para avisar se havia acontecido algum problema.
Sem opção, ele foi até a sala em que ela trabalhava.
Christopher= Dulce? Poncho? – abriu a porta. – Estou invadindo.
Dulce= Poncho foi comer. – avisou. – Acabou de sair.
Christopher= Que estranho. – franziu o cenho. – Eu estava na lanchonete até agora.
Dulce= Não sei. – deu de ombros. – Ele me disse que iria comer, então...
Christopher= E você? – sentou-se ao lado dela. – Já sabe que horas vai pra casa?
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A Sósia - Volume I
RomanceDulce deixou o Brasil e aventurou-se no México com apenas um objetivo: a carreira na Televisa. O que encontrou: um diretor estagnado em uma emissora minúscula e inexpressiva, um trabalho que não era - nem de longe - parecido ao currículo prestigioso...