O caminho até a casa não demorou muito. Assim que chegaram, Dulce e Carla ainda conversaram um pouco no sofá, e logo se separaram para dormir. A loira foi com o namorado para o quarto, enquanto Dulce foi sozinha para o próprio, agradecendo a ajuda do irmão, mas garantindo que podia se cuidar bem.
Foi só a morena tirar a sandália, para que a porta do quarto se abrisse.
Dulce= Eu disse que estava bem. – terminou de tirar a sandália e então olhou para porta, constatando que não era o irmão.
Christopher= Oi. Posso dormir aqui? – fechou a porta e se aproximou dela. – Eu juro que não queria falar nada, eu não sei porque falei, eu não sei... Não, não sei. – sentou-se ao lado da namorada. – Só não me deixa, porque se eu me tornar invisível pra você também... eu não vou aguentar mais.
Ela não entendeu, e definitivamente não tinha ideia do que o homem estava falando, mas sentiu que não era mentira, e que ele estava realmente arrependido. Então tudo o que fez foi levantar-se, ficar de frente para ele e lhe dar um suave beijo nos lábios.
Dulce= Vem. – estendeu a mão. – Vamos tomar banho.
Christopher= Não quero. – franziu o cenho, enquanto ela o puxava até o banheiro. – Quero ficar com você.
Dulce= Você quer tomar banho, pode acreditar. – riu dele.
Como tinha experiência de sobra em assuntos de álcool, a morena não teve dificuldade em fazer o namorado entrar no chuveiro e tomar banho. Assim que terminou, colocou a samba canção no diretor e o deixou na cama. Foi tomar seu próprio banho, sabendo que quando saísse, o homem já estaria completamente capotado na cama.
E assim aconteceu. Dulce saiu do banho, colocou o pijama e deparou-se com o namorado dormindo na cama. Sorriu tranquila e deitou-se ao lado dele, dormindo logo em seguida.
Na manhã seguinte, Christopher acordou com uma tremenda dor de cabeça, seu corpo estava dolorido e sentia dor até mesmo para abrir os olhos.
Sentou-se na cama, notando que Dulce não estava ali, mas que havia um copo de água, um comprimido e um recado. Pegou rapidamente a folha, notando que era a letra de Dulce.
Fui correr com o Paulinho e o Christian. Assim que acordar, tome o comprimido e desça pra comer fruta, vai te ajudar a melhorar.
E era apenas isso. Duas linhas de um bilhete. Sem assinatura, sem despedida. Apenas duas linhas.
Fez exatamente o que estava escrito, trocou de roupa e desceu para o café da manhã.
Como não havia ninguém ali, ele mesmo cortou o mamão e sentou-se na bancada, comendo lentamente.
Carla= Blanquita? – descia rapidamente as escadas. – Você ainda vai passar pra compra as frutas? – notou que só havia o homem ali. – Blanca não está?
Christopher= Eu acabei de descer, mas não a vi aqui. – a loira assentiu.
Carla= Obrigada. – virou-se para subir as escadas novamente.
Christopher= Carla? – respirou fundo. – Será que tem cinco minutos? Eu gostaria de falar com você.
Carla= Sim. – foi até ele, sentando-se ao lado do diretor. – O que gostaria de falar?
Christopher= Antes de qualquer coisa, pedir desculpa pela maneira que te tratei ontem. Não foi certo dizer o que eu disse, e muito menos julgar sua amizade com a Dulce. – sincero.
Carla= É, não foi mesmo. – séria. – Mas desculpas aceitas. Fico feliz que tenha reconhecido. Infelizmente não posso te pedir desculpa por nada do que eu disse, bem, eu poderia fazê-lo, mas não seria sincero.
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A Sósia - Volume I
RomanceDulce deixou o Brasil e aventurou-se no México com apenas um objetivo: a carreira na Televisa. O que encontrou: um diretor estagnado em uma emissora minúscula e inexpressiva, um trabalho que não era - nem de longe - parecido ao currículo prestigioso...