Capítulo 120

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Dulce= Só me sinto mal por não poder te dar algo que você quer tanto. – sincera.

Christopher= Eu quero você. – sorriu abertamente. – E eu tenho você, por isso sou feliz.

Dulce= Te amo muito. – sussurrou.

Christopher= Eu te amo também. – deu um demorado beijo nos lábios dela. – Vou deixar a Baleia e já volto.

Dulce= Não demore. – forçou um sorriso.

Christopher= Não vou. – piscou.

E realmente o homem não demorou nada, apenas deixou comida para a cachorrinha, e logo voltou para o apartamento da namorada.

Tomaram banho juntos, comeram algumas torradas e depois foram dormir, estavam precisando muito repor as energias.

No dia seguinte, Dulce acordou um pouco mais cedo que o normal, algo dentro de si não a deixava dormir. Ao abrir os olhos, deparou-se com a expressão serena do namorado enquanto dormia, e nas mãos dele, que carinhosamente rodeavam a sua cintura.

Sorriu sozinha durante alguns segundos, sentindo como o coração acelerava apenas por vê-lo tão perto; era quase inexplicável o quanto ela o amava.

Foi inevitável sentir-se mal ao lembrar da noite passada, do brilho que Christopher tinha nos olhos quando lhe pedira um filho; sentia-se mal, cruel por privá-lo de algo que, para a maioria das pessoas, era lindo.

Levantou-se com cuidado, cobriu o diretor novamente, e então foi para a sala. Não tinha fome, estava apenas angustiada.

Sentou-se no sofá, pegando o telefone e discando rapidamente.

Carla= Ora, ora, ora, veja só quem lembrou que tem uma melhor amiga do outro lado do planeta! – riu ao atender.

Dulce= Não seja boba. – escutou a reclamação da amiga. – Se tenho ligado menos, é porque ando mega ocupada, mas você sabe que nunca me esqueço de ti.

Carla= Eu sei, nós continuamos conectadas. – sorridente. – Até porque eu estava justamente com o telefone na mão, pensando se era muito cedo pra te ligar.

Dulce= Mesmo? – abriu um enorme sorriso. – Tem algo bom pra me contar?

Carla= Algo ótimo, na verdade. – animada. – E que sei que vai te deixar muito contente.

Dulce= O que é? – curiosa. – Diga logo!

Carla= Fui liberada da psicóloga ontem! – disse, quase gritando ao contar. – Me disse que já estou ótima, que não preciso mais ir, que daqui pra frente é só alegria e juízo.

Dulce= Sério? Sério, Carlota? – segurou-se para não gritar. – Ah, graça a Deus, Joaquina! Isso é ótimo! Estou tão feliz por você!

Carla= Nunca me senti tão livre e tão bem, Duds. – já havia se emocionado outra vez. – Quando ela disse que aquela seria a última sessão... Deus, eu não sei nem explicar o que senti.

Dulce= Eu sei! Eu sei, porque ainda me lembro como eu me senti, quando fui liberada. – sorridente. – Como se pudesse voltar a vida novamente, desprender-se de tudo o que houve de ruim. É uma nova vida, e eu estou muito feliz por você, muito mesmo!

Carla= Queria que estivesse aqui, sabia? – deixou escapar a verdade. – Queria poder te abraçar, te apertar enquanto te ouço dizer que está feliz.

Dulce= Eu prometo que, assim que tiver uma chance, eu vou dar um pulinho aí pra te ver. – suspirou. – Morro de saudade de você, de sairmos juntas, de corrermos na praia, jogarmos vôlei... Eu sinto demais a sua falta, Carlota.

A Sósia - Volume IOnde histórias criam vida. Descubra agora