Dulce= Tive uma noite do cão. – emburrada. – Não conseguia dormir, cozinhei três tipos diferentes de doces, compus uma música ridícula pra você, e fiquei vendo um filme sobre reprodução de sapos na televisão. Portanto, Seu Mexicanozinho Culero, você não merece meu perdão. – virou o rosto novamente, fingindo ignorá-lo. – Pode dar meia volta e sair daqui.
Christopher= Eu trouxe flores. – mostrou pra ela. – Acho que nunca havia te dado flores assim, não é?
Dulce= Não me interessa. – deu de ombros. – Melhor levá-las embora, se deixá-las aqui, eu as jogarei no lixo.
Christopher= Ok... – colocou as flores e a comida na mesa, pensando no que fazer. – Está bem. – pigarreou e engrossou mais a voz. - Eu vivia a vida feliz e contente, até que um dia... veja só, eu fiquei doente. – começou a proclamar, e ela arqueou uma sobrancelha. - Minha mãe se preocupou e me levou ao Doutor, mas a surpresa foi grande quando, ele disse: menino, não sei bem o que você tem.
Dulce= É poesia? – se fez de difícil. – Porque não está rimando.
Christopher= Calma, Garota, você deve escutar bem atenta e acordada a história que eu vou contar. – ajoelhou-se de frente para ela. - Saí do hospital, fui ver minha tia, e ela logo sacou do que eu carecia. – segurou as mãos dela. - Que doença que nada, a coisa é tão simples, eu precisava de doce tipo Dulce María. – ao terminar, piscou seguidas vezes com os dois olhos.
Ela queria continuar séria, mas ao escutar o poema do namorado, sua única reação foi gargalhar alto.
Christopher= Diz que estou perdoado, vai. – soltou um leve riso nervoso. – Fui um imbecil ontem, mas foi a solução que me ocorreu no momento, porque tive medo de ficar perto de você e acabar te magoando com a minha raiva. Também estava de cabeça quen... – ela o beijou, fazendo com que ele finalmente parasse de falar.
Christopher levantou-se devagar do chão, sentando-se novamente no sofá. A namorada não perdeu tempo e pulou para o seu colo, colocando as pernas ao redor da cintura dele, e aproximando mais ambos os corpos.
Dulce= Você estava perdoado há muito tempo, apenas queria te ver sofrer um pouquinho. – mordeu-lhe os lábios. – Mas confesso que seu poema profissional ajudou muito.
Christopher= Sei que foi péssimo, mas foi tudo o que me ocorreu na hora. – sem jeito. – Me desculpe mesmo por ontem.
Dulce= Não sei o que deu na cabeça de vocês pra atrasar o programa daquele jeito. – suspirou. – Vocês se afundaram sozinhos.
Christopher= Poncho achou que funcionaria, eu pensei que poderia dar certo, sei lá. Estávamos desesperados... e agora estamos ainda mais. – apertou a cintura dela. – Mas não quero falar de trabalho com você. Quero te abraçar, te beijar e recuperar todo o tempo que perdemos ontem, por conta do meu estresse.
Dulce= É uma ideia ótima. – ele colocou as mãos no rosto dela, mas ela afastou os lábios. – Mas precisamos conversar.
Christopher= Não estou perdoado? – lamentou.
Dulce= Sim, está. – sorriu. – Mas se no próximo domingo você chegar com chatice de novo, não terá perdão.
Christopher= Não chegarei com chatice. – riu dela.
Dulce= É sério. Vou chegar da Televisa e voar direto para o seu apartamento. – avisou. – E quero que me beije, me abrace e me trate normalmente. Com carinho e amor, como eu trato você.
Christopher= Eu vou te tratar assim, como sempre. – deu um selinho nela. – Embora nunca receba carinho e amor da sua parte.
Dulce= Que mentiroso! – mordeu a bochecha dele. – Duvido que haja namorada mais carinhosa do que eu!
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A Sósia - Volume I
RomanceDulce deixou o Brasil e aventurou-se no México com apenas um objetivo: a carreira na Televisa. O que encontrou: um diretor estagnado em uma emissora minúscula e inexpressiva, um trabalho que não era - nem de longe - parecido ao currículo prestigioso...