Christopher= Que? – gelou. – Não. Não, Dul, por favor, não...
Dulce= Eu não sei como terminar um namoro, porque eu nunca terminei um namoro me sentindo tão magoada, então... Eu não quero mais, ok? – tirou a aliança. – Não sei se é assim que se faz, mas eu estou te devolvendo, porque não posso mais namorar você, isso já não tem sentido.
Christopher= Não. – recusou-se a pegar a joia. – Isso é seu, é pra sempre.
Dulce= Não existe mais pra sempre. – colocou a aliança em cima da mesa. – Tampouco sei se alguma vez existiu um 'pra sempre' nosso, mas se sim, então ele acaba aqui.
Christopher= Dulce, não. – colocou as duas mãos no rosto dela, fazendo-a mirá-lo. – Eu te amo. Eu te amo muito e te amo de verdade! Não sente o mesmo?
Dulce= Não é por falta de amor. – as lágrimas caiam cada vez mais grossas e mais quentes. – Por Deus, entenda que isso não é por falta de amor. Eu te amo feito louca. Isso é falta de confiança, isso é medo de ter uma relação com você, isso é medo de terminar mais machucada do que eu já estou. – colocou as mãos por cima da dele. – Não vai ser fácil, sei que não vai, mas você tem que me tirar da sua vida.
Christopher= Você não quer isso. Você sabe que você não quer isso, Meu Amor. – beijou-a. – Você sabe que você não quer.
Dulce= Eu realmente não quero. – ele puxou-a, fazendo com que a morena ficasse em seu colo.
Trocaram um beijo demorado, um beijo desesperado e porque não apaixonado? Um beijo molhado de lágrimas, cheio de tristeza, de dor e também de amor, mas amor aos pedaços, um amor quebrado e ferido. Um amor incompleto.
Ele a beijava com vontade de fazer com que durasse pra sempre, ela o beijava sabendo que aquele era justamente o fim do para sempre.
Christopher= Te amo. – disse, dando mais um selinho nela. – Eu te amo muito.
Dulce= Eu preciso deixar você. – abriu os olhos. – Acabou pra nós.
Christopher= Porque insiste nisso, quando você sabe que não fará bem pra nenhum de nós? – ela se levantou, arrumando o cabelo e respirando fundo. – Dulce...
Dulce= Acabou. – séria.
Christopher= É isso? Definitivo? – encarou-a. – Não sei como tirar você da minha vida, quando você representa tudo o que eu sou.
Dulce= Será um desafio pra nós dois. – séria. – Eu prometo me manter o mais longe possível.
Christopher= Você vai sair? – encarou-a. – Vai pra Televisa?
Dulce= Eu não sei. E não vou decidir algo hoje. – ele assentiu em silêncio.
Christopher= Você sabe o que é melhor pra você. – pegou a aliança que ela devolvera. – Você sempre sabe. Você é a Dulce, afinal. – afastou-se. – Eu continuo te amando. Não sei se algum dia isso vai mudar.
Dulce= Muda. Sempre muda. – desviou o olhar.
Christopher= Cuide-se. – abriu a porta.
Dulce= Você também. – esperou que ele saísse e então caiu no choro, liberando toda a dor e desespero que sentia no momento.
Nunca havia se sentido tão perdida, tão sozinha, mas principalmente, nunca se sentira tão quebrada por dentro, tão destroçada ao ponto de não ter forças nem mesmo pra brigar, pra tentar reagir. Ninguém jamais a fizera sofrer como Christopher havia feito.
Poncho chegou alguns minutos depois, perguntando se a morena não queria tirar o dia para descansar, mas a amiga negou e disse que preferia trabalhar.
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A Sósia - Volume I
RomanceDulce deixou o Brasil e aventurou-se no México com apenas um objetivo: a carreira na Televisa. O que encontrou: um diretor estagnado em uma emissora minúscula e inexpressiva, um trabalho que não era - nem de longe - parecido ao currículo prestigioso...