Dulce entregou as cervejas para as amigas, e depois foi dançar com o namorado. Ele sempre dizia que não era bom com a música, mas a verdade era que sempre que dançavam juntos, ela gostava e o achava um grande dançarino.
E era impressionante como qualquer ritmo se tornava quente, quando os dois estavam juntos. As mãos criavam vida e deslizavam sozinhas pelo corpo um do outro, as pelas se roçavam, os beijos ficavam mais fortes, o ar ficava difícil e a respiração... era praticamente impossível controlá-la.
Dançaram juntos durante mais de uma hora, fazendo pequenas pausas apenas para que ela pegasse mais bebida.
Dulce= Vem! – puxava o namorado para um canto da boate.
Christopher= Amor... – seu corpo estava ardendo por conta das provocações enquanto dançavam, mas o relógio já indicava quase três da madrugada, e os amigos deveriam estar cansados e procurando pelos dois. – Isso é loucura!
Dulce= Mesmo? – sorriu travessa. – Eu adoro loucuras.
Christopher= Meu Deus! – encostou-a na parede. – Eu adoro também! – no instante seguinte voltou a beijá-la nos lábios e a deslizar suas mãos pelo corpo da namorada.
Dulce= A-amo você... – fechou os olhos ao sentir os lábios dele marcando seu pescoço.
Christopher= Você é... – parou durante um instante, apenas para mirá-la nos olhos. – Você é tudo pra mim. E nós somos doidos.
Dulce= Dois doidos apaixonados. – sorriu de lado, e logo sentiu algo vibrar, encostando em sua perna. – Oh, acho que seu celular...
Christopher= É. – suspirou e tirou o aparelho do bolso.
Dulce= Quem é? – desceu uma das mãos para o braço dele.
Christopher= Christian. – encarou-a. – Eles devem estar querendo ir embora.
Dulce= Atenda e diga que vamos depois. – sorriu travessa. – Não podemos ir embora agora. De jeito nenhum.
Christopher= Você me tira do sério. – atendeu o celular. – Alô, Christian? Alô? Alô?
Dulce= Entre no banheiro. – indicou o lugar. – Te espero aqui.
Christopher= Me dá dois minutos. – sorriu pra ela. – Aqui eu não consigo escutar nada.
Dulce= Não tem problema. – piscou, e então ele foi para o banheiro, onde tudo estaria mais calmo.
Dulce aproveitou para respirar fundo e recuperar o ar que havia perdido com o namorado. Prendeu o cabelo em um coque mal feito e seguiu encostada na parede, esperando que Christopher voltasse.
Martín= Aqui estamos nós. – sorriu ao se aproximar. – Nos encontrado de novo. Coincidência ou destino? – ela notou que agora ele estava bêbado.
Dulce= Azar mesmo. – deu de ombros.
Martín= Você já terminou com o seu namorado? – ela revirou os olhos.
Dulce= Não. E você está incomodando de novo. Dá pra se afastar, por favor? – ele colocou as duas mãos na parede, prendendo o corpo dela entre o local e ele. – Eu disse pra se afastar!
Martín= E com quem você estava de amasso agora? Eu aposto que não era o seu namorado. – aproximou seu rosto do dela.
Dulce= Engano seu, porque aquele é o meu namorado. – tentou sair dele. – Me deixe em paz! Que saco!
Martín= Não, aquele não é. – segurou-a pela cintura. – Você não estava naquele fogo todo com o seu namorado.
Dulce= Me larga! – tentou bater nele, mas com apenas uma mão, ele segurou as duas dela. – Me solta!
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A Sósia - Volume I
RomanceDulce deixou o Brasil e aventurou-se no México com apenas um objetivo: a carreira na Televisa. O que encontrou: um diretor estagnado em uma emissora minúscula e inexpressiva, um trabalho que não era - nem de longe - parecido ao currículo prestigioso...