Capítulo 171

375 24 2
                                    

Christopher= Eu estou sendo educado contigo. Seja comigo também. – encarou-a. – Ok, você está com dez pedras nas mãos, mas eu quero conversar. Apenas conversar.

Dulce= Cara, tu me ofendeu primeiro... E ok, você diz que não foi a intenção, mas me desculpe, eu me senti ofendida. E agora diz que eu sou a mal-educada? – revirou os olhos. – Christopher, numa boa...

Christopher= É insegurança, caralho! – aumentou o tom de voz, e ela se assustou pela mudança brusca. – Você poderia ser uma freira, que eu ia continuar inseguro! É Brasil! Com praia, com festa, com os seus amigos por perto. Não estou dizendo que você vai me trair, mas que bêbada e sem noção das coisas, você poderia se deixar levar. Eu confio em você, não me preocupei tanto quando você foi a Londres, mas é diferente agora, porque você vai para o seu território, para a sua zona de conforto, pra onde estão os seus amigos e toda uma vida antes de mim. – ela mordeu o lábio inferior. – Tem jeito de eu resolver isso de maneira fácil? É claro que tem, é só eu ir contigo. Mas e como vai ser por lá? Eu não falo português, eu não conheço a maioria das pessoas lá, você vai querer aproveitar com a Carla, e eu odeio de forma natural o Vinícius. O que eu faço então pra não me estressar no natal? Eu não vou! Percebe como minha alternativa é uma pior que a outra?

Dulce= Sim. As duas são uma bosta. – encarou-o. – Uma merda.

Christopher= É... – acabou rindo. – Uma bosta, uma merda. Eu não quero brigar com você. – ela deixou o lanche de lado. – Eu não quero passar o natal longe, mas também não quero estar perto fisicamente e ainda assim não ter você comigo. Você tá me entendendo? É uma merda. – sussurrou. – Uma merda.

Dulce assentiu, ficou de joelhos no sofá e aproximou o corpo do dele. Levou uma das mãos ao pescoço do namorado, enquanto a outra tocava sua cintura; fechou os olhos e lhe deu um beijo nos lábios. Um beijo demorado, um beijo lento, sem pressa, calmo, com um pedido de desculpas e uma declaração de amor escondidos.

Ele cedeu facilmente, e sabia que o faria sempre que ela quisesse; era vulnerável ao sorriso dela, ao toque suave, ao beijo dela, fosse ele inocente ou intenso.

Suas mãos tocaram as pernas dela, puxando-a para o seu colo, até sentá-la ali. Subiu o toque pela coxa dela, logo pela lateral do corpo, entrando por dentro da regata e deslizando por toda a extensão das costas.

As mãos dela, por sua vez, caíram pelo peito dele, espalmando as duas ali, enquanto as bocas se encaixavam.

Christopher mordeu o lábio inferior dela, e logo desceu os beijos até seu pescoço. A mão esquerda subiu pelas costas dela por cima da regata até que chegasse ao pescoço. Segurou a região com firmeza, e então e voltou a beijá-la nos lábios.

Agora não era calmo, inocente ou sem pressa. O beijo tornara-se desesperado, forte, intenso. Ele segurava firme o pescoço dela, e sua outra mão deslizava de maneira precisa pela cintura e costas da namorada.

Dulce pretendia beijá-lo apenas para acalmar a situação, e então voltariam a conversar, mas depois que começara o beijo, ela simplesmente não conseguiu parar o homem. Christopher a havia segurado de jeito, e não parecia nenhum pouco disposto a deixar para depois.

Era aquele homem que se escondia atrás do romântico diretor que ela conhecia, aquele homem forte e cheio de atitude sabia como levar a morena a loucura. Não aparecia sempre, na realidade eram raras as vezes em que Christopher – nas exatas palavras de Dulce – a 'pegava de jeito', mas ela adorava quando acontecia.

A mão dele desceu do pescoço para a cintura dela, deslizou pela região, e então levantou a blusa devagar, esperando que a morena lhe indicasse se seguiria adiante.

A Sósia - Volume IOnde histórias criam vida. Descubra agora