Fred= Lúcia, você reserva a sala de exames, por favor? Eu volto logo para a buscar a Selena. – a enfermeira assentiu e saiu do quarto. – Selena, se precisar de algo, basta apertar esse botão na sua cama. – a morena assentiu. - Eu volto logo pra te buscar, Querida. – sorriu e então deixou as duas no quarto.
Selena= Dulce... – a morena sorriu de lado e aproximou-se devagar. – Me ajuda? – tentou sentar-se.
Dulce= Só um segundo. – arrumou o travesseiro atrás dela e subiu um pouco a cama. – Está bom assim?
Selena= É, está. Obrigada. – a morena ainda ajudou um pouco mais a cunhada.
Dulce= De nada. – sentou-se na beiradinha da cama.
Dulce ficou sem jeito, não sabia como reagir ali. Encarava apenas a cunhada, esperando alguma reação.
Selena também encarava a morena, e as vezes descia os olhos pelas mãos dela ou o pescoço, reparando em cada detalhe.
Selena= Dulce... – sussurrou.
Dulce= Oi! Eu! – sorriu. – Quer um pouco mais de água? Eu posso buscar pra você.
Selena= Quanto tempo eu dormi? – a olhava, visivelmente confusa e perdida.
Dulce= Ahn... – não soube o que responder, não queria ser a responsável por contar a morena que ela havia perdido mais de um ano de sua vida. – Eu... não...
Christopher= Hey, já liguei lá em casa. – entrou todo sorridente no quarto, e Dulce agradeceu por ter sido interrompida. – Nossos pais estão vindo, Sel. Junto com a Mai e o marido dela. Ah, e Miguel disse que estava com a sua sogra no supermercado aqui do lado, e em cinco minutos chega aqui.
Selena= Miguel... – sorriu de lado.
Christopher= Eles vão chegar logo. – fez um leve carinho no rosto da irmã. – Você está bem? O que o médico disse?
Selena= Hmm... – suspirou.
Dulce= Ahn... Hmm, bem, Amor, ele disse que, se ela continuar bem desse jeito, poderá sair do hospital em, no máximo, uma semana. – resolveu falar, já que a cunhada não dizia nada.
Christopher= É bom te ter de volta, Sel. O dia de hoje é um sonho. – não parava de sorrir.
Dulce= Quer conversar com ela um pouco? – sussurrou para o namorado. - Eu fico lá fora.
Christopher= Não precisa, Vida. – abraçou-a. – Você é parte importante nisso. Aconteceu contigo.
Dulce= Foi só... só coincidência. – sem jeito. – Ou ficou com medo de mim, não é, Sel? – tentou descontrair.
Selena= Medo? – encarou a mulher.
Dulce= Te disse que era pra acordar logo, porque meu aniversário é essa semana e te queria na festa. – riu.
Selena= Você me parece familiar, mas não sei de onde. E não tem nada a ver com a Patrícia, nem mesmo de longe. – fechou os olhos por um segundo. – Apenas sinto como se te conhecesse há anos.
Christopher= Se lembra quando me disse que a pessoa certa chegaria pra mim? – sorridente. – Talvez você já estivesse sentindo.
A irmã o olhou por um longo tempo, mas não respondeu nada, apenas voltou a encarar a cunhada, que corava cada segundo mais.
Miguel= Christopher? – deu um toque na porta e a abriu logo em seguida. – Sel...
Selena= Meu Amor... – sorriu, e os olhos dela se encheram de lágrima na mesma hora.
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A Sósia - Volume I
RomanceDulce deixou o Brasil e aventurou-se no México com apenas um objetivo: a carreira na Televisa. O que encontrou: um diretor estagnado em uma emissora minúscula e inexpressiva, um trabalho que não era - nem de longe - parecido ao currículo prestigioso...