Ela já havia nutrido sentimentos fortíssimos pelos ex-namorados, chegara a amar Vinícius, mas o que sentia por Christopher era, definitivamente, algo inexplicável. Não sabia nem mesmo como definir com palavras; e dizer que era amor parecia tão pouco perto do carinho e cuidado que nutria por ele.
Seguiram ali por mais quarenta minutos, e então foram tomar banho e se arrumar para ir embora.
Ela voltou com uma calça jeans e um casaco de Christopher, que por sua vez, também voltou de jeans e a camiseta preta que ela havia levado pra ele.
Dulce= Amanhã vamos acordar bem cedo. – avisou, assim que entraram no carro. – Quero levar você à praia do pepino, mas pra fazer o que quero, precisamos chegar cedo lá.
Christopher= O que tem de tão interessante nessa praia? – curioso.
Dulce= Você verá. – jogou um beijo no ar. – Mas confie em mim.
Christopher= Não sei até que ponto isso é bom, mas eu confio em você. – riram juntos.
Foram conversando até o apartamento de Blanca. Entraram pé por pé, para que não acordassem ninguém. Deitaram no quarto de Dulce e dormiram em menos de cinco minutos, estavam cansados. Cansados, porém imensamente felizes.
Na manhã seguinte, Dulce acordou às nove horas da manhã, pois seu corpo se recusou a despertar antes, ainda que ela devesse.
Com muito sacrifício conseguiu acordar o namorado e fazê-lo sair com ela. Blanca, Christian e Maite ainda estavam dormindo, e a morena também não fez questão de acordá-los.
Depois de alguns minutos de moto, Dulce e Christopher finalmente passaram pela praia do pepino, mas não foi exatamente ali que pararam.
Christopher= Dul... – gritou, pois não se ouvia nada de capacete e com o vento. – Dul, onde estamos indo? Ali tinha uma praia.
Dulce= Você já vai ver. – sorridente.
Christopher= O que? – não havia entendido bem.
Dulce= Você já vai ver! – disse um pouco mais alto.
Christopher= Meu Deus... – receoso.
Mais alguns minutos de muita subida, Dulce finalmente chegou aonde queria.
Christopher reparou que o lugar estava cheio e já havia uma grande fila ali. Pensou em perguntar o que era, mas a morena logo puxou assunto, direcionando-o para um tema diferente e que acabou entretendo-o durante todo o tempo em que ficaram na fila.
Depois tiveram que subir mais um pouco, porém agora acompanhados por um instrutor. Quando chegou ao topo da montanha, Christopher entendeu o que iriam fazer.
Christopher= María... – sério. – O que exatamente significa tudo isso?
Dulce= Vamos voar de asa delta. – animada, deu um beijo na bochecha dele. – Quantas vezes já voou? É fantástico, parece que cada vez é uma experiência nova.
Christopher= Primeiro lugar: eu nunca voei nesse treco. – ele parecia realmente assustado. – Segundo lugar... Eu não acredito que você já foi nessa coisa.
Dulce= Quase todo final de semana. Pare com o drama. – puxou-o por uma das mãos. – Você vai adorar, será a melhor experiência da sua vida.
Christopher= Eu duvido. – arqueou uma sobrancelha.
Dulce= Confie em mim. – animada. – Você verá que não existe nada melhor no mundo.
Christopher= Ontem eu vi a melhor cena do mundo. – sabia que ela entenderia que ele se referia à declaração no motel.
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A Sósia - Volume I
RomanceDulce deixou o Brasil e aventurou-se no México com apenas um objetivo: a carreira na Televisa. O que encontrou: um diretor estagnado em uma emissora minúscula e inexpressiva, um trabalho que não era - nem de longe - parecido ao currículo prestigioso...