A verdade por trás da brincadeira, era que ela estava imensamente encantada pelo charme do homem; Christopher conseguira ficar ainda mais bonito do que já era.
A morena disfarçou e saiu de perto dos amigos, pois cada segundo ao lado do diretor a fazia perder um pouco mais o juízo.
Ela passou a festa inteira olhando Christopher de longe. Paty estava entusiasmada falando sobre Tomate e como era bom que estivessem juntos, mesmo que fisicamente longe; enquanto isso, a morena apenas assentia e olhava para o diretor, tendo os pensamentos mais impróprios possíveis com ele.
Meia noite. O discurso sobre como a emissora estava triunfando já havia passado, e agora a música calma dava espaço para dois DJ's.
Dulce seguia escutando o que Paty falava, e já estava ficando difícil controlar seus olhares para Christopher, mesmo de longe.
Dulce= Paty, vou pegar algo pra beber. – cortou-a. – Eu já volto.
Paty= Traga algo pra mim também. – piscou.
Dulce= Claro. – saiu logo dali, quase correndo até o bar. – Hey, me vê uma dose de vodka. – decidiu que beberia sozinha antes de voltar. – Obrigada. – respirou fundo, tinha que beber e deixar de olhar o diretor, tinha que seguir adiante.
Christopher= Se importa? – fez menção em pegar o copo dela.
Dulce= Óbvio que sim. – séria.
Christopher= Obrigado. – piscou e pegou o copo dela, enquanto lhe deixava um bilhete no balcão. – Nos vemos. – saiu dali.
Dulce= Ora, mas que... – arregalou os olhos e pegou o bilhete.
Atrás do palco, corredor 1, porta 5 à direita.
Não demore.Quem ele pensava que era para lhe dar ordens daquela maneira? Havia cortado a intimidade que tinham há muito tempo, ele já não tinha o direito.
Por outro lado, a morena era naturalmente curiosa, e pensar em ficar na mesma sala que ele fazia seu corpo inteiro se incendiar. Ela não podia deixar de ver o que ele queria.
Pediu mais uma dose de vodka, bebeu-a em um só gole e foi atrás do diretor. Passou de fininho para trás do palco, atenta se não havia nenhum fotógrafo por ali.
Viu o corredor claro e andou até a quinta porta à direita. Estava entreaberta. Talvez fosse um sinal dele.
Dulce= Christopher? – abriu a porta, entrando devagar. – Você está aqui? – fechou a porta e deu alguns passos para frente, procurando a luz, pois ainda que pudesse ver, a sala não estava bem iluminada. – Christopher? – sentiu dois braços rodearem sua cintura, enquanto os lábios caiam por seu pescoço. – AAAH!
Christopher= Não faça escândalo. – beijou a orelha dela. – As paredes tem ouvidos.
Dulce= O que está fazendo? Por que me chamou aqui? Você não é ninguém pra me dar ordens. – sua pele estava fervendo e seu corpo incendiava; como o homem podia ser tão sexy e provocante apenas no modo de falar?
Christopher= Estou quebrando as regras. – subiu uma das mãos pelo corpo dela, tocando o seio da morena por cima do pano leve do vestido. – Como você me ensinou.
Dulce= Eu não tinha ideia de que em outras circunstâncias eu poderia sofrer com os meus próprios ensinamentos. – mordeu os próprios lábios.
Christopher= Eu sou um bom aluno. – desamarrou o vestido da morena. – Aprendo rápido... e aprendo bem.
Dulce= Não faça isso. – fechou os olhos ao sentir o pano deslizar pelo seu corpo.
Christopher= Ficou me olhando a noite inteira. – virou-a de frente para si, descendo os lábios pelo rosto dela, pelo colo, até chegar aos seios.
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A Sósia - Volume I
RomanceDulce deixou o Brasil e aventurou-se no México com apenas um objetivo: a carreira na Televisa. O que encontrou: um diretor estagnado em uma emissora minúscula e inexpressiva, um trabalho que não era - nem de longe - parecido ao currículo prestigioso...