Capítulo 155

314 24 0
                                    

Dulce até queria passar um tempo com o namorado, mas fora sincera ao dizer que ainda se lembrava de tudo do dia anterior. A raiva que sentia de Juana era algo inexplicável, e estava imensamente magoada com o diretor. Precisava de tempo para tentar colocar as ideias no lugar certo.

Passou o dia inteiro trabalhando, almoçou apenas com Henrique, e saiu da Televisa por volta de nove horas da noite.

Passou num restaurante japonês, comprou um yakissoba tamanho família para o jantar, e então foi para o apartamento; sempre descontava a angustia na comida. Notou que o carro do namorado já estava na garagem, mas não iria ao apartamento dele.

Saiu do carro, acionou o alarme e então foi para o elevador.

Thiago= Hey, Brasil! – chamou-a, enquanto trancava a porta do carro.

Rafael= OI, TIA DULCE! – gritou.

Dulce= Oi, Baixinho! – sorriu para o pequeno, dando um beijo no rosto dele. – Não te vejo há muito tempo. Como você está?

Rafael= Bem! Ganhei um carro novo. – mostrou o brinquedinho.

Dulce= Ele é muito legal, Rafa. – sorriu de lado.

Thiago= E aí, Dul? Como é que está? – aproximou-se, dando um beijo no rosto dela.

Dulce= Tudo tranquilo, apenas trabalhando. E você? – entrou com ele no elevador.

Thiago= Animado. – abriu um enorme sorriso. – Comprei minha passagem de fim de ano, vou poder ficar em casa.

Rafael= Que cheiro bom é esse? – aproximou-se da morena.

Dulce= É yakissoba. Sabe o que é? Você gosta? – o menino assentiu.

Rafael= A gente vai comer com você? – sorridente.

Thiago= Rafael, não comece. – sério.

Dulce= Você pode comer, se quiser. – piscou. – Tem bastante pra nós.

Rafael= EU QUERO! – animou-se. – Eu quero, sim.

Thiago= Não, Rafael. – sem jeito. – Dulce, não, de jeito nenhum.

Dulce= Eu ia comer sozinha mesmo. – deu de ombros. – Não me incomodo.

Rafael= Eu quero, Pai! – piscou com os dois olhos. – Por favor, por favor.

Dulce= Ele deixa, Rafa. – riu para o menino.

Rafael= OBA! – pulando.

Thiago= Dul... – ela sorriu.

Dulce= Ele me faz companhia. Se não quiser, pode ficar sozinho na solidão do seu apartamento. – brincou, enquanto saía do elevador com o menino.

Thiago= Você parece legal, mas não é fácil, não, hein? – ela riu e piscou com um olho só.

Rafael= Posso abrir a porta? – chamou a atenção da morena.

Dulce= Pode, Querido. – pegou a chave na bolsa e a entregou para o menino. – É essa aqui, a menorzinha.

Rafael= Tá. – colocou-a na porta.

Thiago= Do outro lado, Filho. – o menino arrumou a chave. – Gira pra direta. A mãozinha que você segura o lápis.

Rafael= Uhum... – deu duas voltas e então abriu a porta. – Eu consegui! OI, ROSETTA! – gritou ao ver a calopsita, que voou para longe do menino.

Dulce= Pode entrar aí. – deixou a bolsa no sofá.

Rafael= Tia Dulce, eu vou poder jogar seu videogame? – foi correndo atrás dela.

A Sósia - Volume IOnde histórias criam vida. Descubra agora