Capítulo 90

331 24 3
                                    

Passaram mais de uma hora daquela maneira, longe dos amigos, sentados no último lugar do ônibus, trocando leves e demorados carinhos, beijos de saudade e paixão.

Logo a morena sentou-se novamente ao lado dele, deixando seus corpos ainda próximos e deitando a cabeça no ombro do homem. O sono começava a chegar, seu corpo e sua mente estavam exaustos, não só pelos dias de viagem, mas por tudo o que vinha vivendo ultimamente.

Christopher não disse nada, apenas a abraçou e deixou que ela dormisse em seus braços; logo foi a vez dele de cair no sono também.

Chegaram à capital por quase três horas da manhã e todos foram direto pra casa, pois sabiam que deveriam acordar às seis para trabalhar.

Christopher= Dorme bem, ok? – disse, assim que saiu com ela do elevador do prédio. – Eu passo no seu apê pra te dar carona.

Dulce= Uhum. – sorriu de lado. – Obrigada.

Christopher= Boa noite, Dul. – acenou, enquanto abria a porta do próprio apartamento

Dulce= Boa noite. – mordeu os próprios lábios. – Christopher?

Christopher= Eu. – virou-se para olhá-la. – O que?

Ela sorriu travessa, o encostou na parede do corredor e beijou-lhe os lábios demoradamente.

Christopher= Já passou da meia noite, María. – sussurrou sem se separar dela. – Já é outro dia.

Dulce= Não importa. – passou os braços ao redor do pescoço dele, enquanto intensificava o contato.

Ele riu, apertou o corpo dela e invadiu a boca da morena, deixando que sua língua explorasse cada cantinho possível. Amava tudo em Dulce, cada detalhe nela. A amava por completo.

Dulce= Boa noite. – terminou dando-lhe um demorado selinho. - E até amanhã.

Christopher= Boa noite, vida. Durma bem. – deu mais um rápido beijo e então tirou as mãos da cintura dela, deixando que ela se afastasse.

Dulce= Toque aqui às sete. – abriu a porta do apartamento.

Christopher= Sem atraso. – piscou e então ela sorriu, sumindo do corredor em seguida.

Dulce entrou no apartamento e foi direto para o quarto, deixando a mochila no chão e caindo na cama. Precisava dormir para ter alguma força para trabalhar, mas não conseguia pensar em outra coisa que não fosse Christopher. Deus! Sempre que o beijasse se sentiria boba e apaixonada? Era como se cada beijo fosse uma nova paixão pra ela.

Levou quase uma hora até que finalmente pegou no sono, mantendo um sorriso imenso nos lábios e sonhando com o que acontecera no ônibus durante o caminho de volta.

Dia 19 de abril, seis horas da manhã. Dulce levantou com nível zero de disposição, tomou banho de maneira preguiçosa e levou quase quinze minutos para se vestir, pois cada vez que se encostava em um canto do apartamento, acabava fechando os olhos. Viajar era muito bom, mas definitivamente acabava com toda a sua energia.

Assim que terminou de se arrumar, escutou o telefone da casa tocar. Era tudo o que faltava, sua mãe ligar logo no começo do dia e prendê-la no telefone durante muito tempo.

Dulce= Alô? – atendeu apressada.

Valentina= Espero não ter te acordado, DM. – riu ao final. – Eu liguei ontem, mas você não me atendeu. Pensei que estava brava.

Dulce= Eu não estava na cidade. – estremeceu ao escutar a voz da loira. – Como tem meu telefone?

Valentina= Oh, se você não estava, então tudo bem. – simples. – O resto não interessa. A que horas nos vemos hoje?

A Sósia - Volume IOnde histórias criam vida. Descubra agora