Dulce= Merda. – entrou em casa e o irmão foi atrás.
Christian= O que rolou? – confuso.
Dulce= Chegou outra. – entregou a carta para ele. – Não posso mais adiar.
Christian= O que diz essa? – abrindo.
Dulce= Precisa abrir pra saber? – cruzou os braços.
Christian= Dul... – passou os olhos por cima da carta, notando que a irmã não estava errada.
Dulce= Justo agora que... – seus olhos marejaram. – Acho que estou mais do que apaixonada pelo Christopher.
Christian= Vem cá... – abraçou-a. – Isso não é o fim, ok? No máximo serão alguns dias ou meses... vamos tentar resolver.
Dulce= Tudo sempre dá errado pra mim. É sempre assim. – e de repente, todo o choro que havia guardado durante o dia, saiu sem avisar; as lágrimas caíram depressa, o soluço começou e ela tremeu nos braços do irmão. – E eu gosto tanto dele. Tanto!
Christian= Acho que essa é uma daquelas noites em que ficamos o tempo todo abraçados e eu te entupo de chocolate quente e bossa nova. – pegou-a no colo e Rosetta foi até seu ombro. – A sua mãe está triste, Ro, ela precisa de carinho. – a calopsita roçou o biquinho na bochecha da dona.
Christian ligou para a namorada, avisando que teria que adiar os planos e ficar com a irmã. Maite não se incomodou, já que Christopher também havia ligado pra ela, avisando que a queria por perto.
Durante toda a noite, Christian permaneceu abraçado à irmã, tentando consolá-la e pensar em maneiras de resolver o problema que tinham.
No dia seguinte, a morena acordou cedo, ligou para a emissora e pediu para falar com o chefe, explicou a situação para ele e avisou que tentaria resolver com Christian. O homem concordou, ofereceu todo apoio que a diretora precisasse e lhe deu o dia livre na emissora.
Christopher, por sua vez, foi trabalhar sem nenhum ânimo, não havia dormido bem durante a noite e sua cabeça só conseguia pensar em uma pessoa.
Perto do horário de almoço, ficou sabendo que Dulce não apareceria na emissora, e então ligou para Maite, perguntando se Christian havia comentado algo. A morena disse que não, mas avisaria se soubesse de algo.
Durante o resto do dia, o diretor quase não trabalhou. Era difícil ter qualquer vontade de produzir.
Foi liberado novamente às nove horas da noite, e não pôde deixar de notar como era triste o caminho de volta sozinho para casa. Ter a presença da amiga rindo e fazendo gracinha, era essencial para ele.
Assim que chegou ao prédio, foi para o apartamento e tomou um demorado banho, alimentou Baleia, fez o jantar para ele, comeu e então voltou a pensar em Dulce. Não tinha mais com o que ocupar sua mente, não sabia mais o que inventar para poder ver a diretora outra vez.
Sem nenhuma desculpa, ele apenas trocou de roupa e foi até o apartamento dela.
Christopher= Hey. – sorriu, assim que o amigo abriu a porta para ele. – Dulce está aí?
Christian= No quarto. Você quer vê-la? – o homem assentiu, um pouco envergonhado. – Eu vou subir pra levar uns filmes que a Mai pediu... – indicou os DVD's nas mãos. – Você fique à vontade.
Christopher= Valeu, Brother. – deu um toque no ombro dele e entrou no apartamento, andando devagar até o quarto da morena e escutando que ela falava em português.
Dulce= Você vai comigo, é? – falava com a calopsita, enquanto organizava alguns papéis na cama. – Eu não aguentaria de saudades de você, sabia? – a calopsita virou a cabecinha para o lado. – Está com saudades da vovó? É mesmo? – sorriu. – Pois eu também estou.
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A Sósia - Volume I
RomanceDulce deixou o Brasil e aventurou-se no México com apenas um objetivo: a carreira na Televisa. O que encontrou: um diretor estagnado em uma emissora minúscula e inexpressiva, um trabalho que não era - nem de longe - parecido ao currículo prestigioso...