Capítulo 95

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Ela o seguiu sem falar nada, entraram na cozinha e logo ela sentiu o cheirinho gostoso da sopa que ele preparava.

Christopher jogou o DVD e a carta no tanque, enquanto pegava álcool, fósforo e logo colocava aquelas lembranças para queimar. Abriu a janela, para que a fumaça escapasse.

Christopher= Feito. – encarou-a. – Agora liberte-se você. Deixe ir os fantasmas que te assombram, esqueça o que passou, apague o que é ruim... e que permaneça apenas os momentos bons. Conserve o presente. Conserve nós dois.

E ela não pensou duas vezes antes de se jogar nos braços dele, rodeando a cintura do homem, enquanto seus olhos liberavam as lágrimas do passado, lágrimas de sofrimento que não molhariam mais sua face dali em diante.

Christopher= Deixe ir, deixe... – apertou-a. – Chore tudo o que tiver pra chorar, porque essa é a última vez que eu te deixo relembrar essa história. – sentia as mãos dela apertarem sua camiseta, enquanto as lágrimas molhavam o tecido.

Dulce= Queria tanto me desprender disso. – abriu os olhos, reparando no fogo que ia ficando menor. – Há tanto tempo desejo esquecer.

Christopher= Está esquecido. – sorriu de lado. – Eu prometo que está.

Dulce= Obrigada. – afastou-se dele, limpando os olhos rapidamente. – Muito obrigada. – ele assentiu. – Preciso de um banho pra aliviar isso tudo e...

Christopher= Escuta... – segurou uma das mãos dela. – Eu te amo muito. Não tenho vergonha de você ou das decisões que você tomou no passado, na verdade, eu me sinto orgulhoso por você e orgulhoso de te amar, de ser apaixonado por ti. – sincero. – E te juro que estou fazendo meu melhor pra estar com você, mas o que você me disse anteontem... Eu sei que não é verdade, sei que era sua maneira de me manter afastado, mas isso ainda ecoa na minha cabeça e me machuca muito.

Dulce= Perdão. – encarou-o. – Mil perdões por tudo isso. O que eu posso fazer pra você me perdoar? Eu faço qualquer coisa, só me diga, eu... eu sinto muito mesmo.

Christopher= Sabe o que você pode fazer? Ficar aqui. Nem pensar em se mudar. – ela sorriu e concordou. – Eu quero você por perto, eu preciso de você. Se lembra quando você me pediu pra irmos devagar? Que você estava se esforçando pra que tudo voltasse ao normal?

Dulce= Agora sou eu que devo respeitar o seu espaço e o seu tempo. – completou a frase pra ele. – Eu farei isso. Prometo que não vou falhar. Eu não vou falhar com você outra vez.

Christopher= Não pense assim. – deslizou uma das mãos pela cintura dela. – Estamos tentando, erros são algo permitido.

Dulce= Não dessa vez. – confiante. – Vou pensar na melhor maneira pra te reconquistar. Você vai ver.

Christopher= Vai mesmo fazer isso? – ele não havia levado a morena tão a sério antes.

Dulce= Você vai se apaixonar perdidamente por mim. Vou te mostrar todo o meu lado romântico, que por sinal, não sei de onde vai surgir, mas enfim. – olhou-o de soslaio. – Agora é bom valorizar, porque situações assim acontecem uma vez na vida e outra na morte.

Christopher= Você é única, vida. – ela o abraçou com força.

Dulce= Faço porque te amo. – beijou o rosto dele. – Vou tomar um banho bem rápido. Você fica aqui?

Christopher= Vou terminar de fazer a sua sopa. – ela assentiu e afastou-se. – Se precisar de algo, me avise.

Ele suspirou aliviado e contente, algo dentro de si dizia que tudo deveria se ajeitar dali pra frente, e seu romance com Dulce finalmente entraria nos eixos.

A Sósia - Volume IOnde histórias criam vida. Descubra agora