Capítulo 112

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Dulce= No momento a raiva pela minha mãe é maior. – colocou as mãos no rosto.

Christopher= Meu amor... – aproximou-se, colocando as mãos na cintura dela. – Posso te tocar?

Dulce= Esqueça isso. Eu sempre te perdoo, imbecil. – olhou-o nos olhos. – Não me ache egoísta ou má agora, mas se sua mãe for para o Brasil, nosso namoro não vai resistir.

Christopher= Credo, Dul. – arregalou os olhos. – Amor, é só uma viagem.

Dulce= Com a minha mãe. – séria.

Christopher= E você acha que ela vai falar algo pra minha? – riu baixinho. – Sua mãe gosta de mim, você viu em Janeiro.

Dulce= Só que eu conheço a minha mãe, e não aposto todas as minhas fichas nessa mudança. – sincera. – E ele estará no território dela, com as pessoas dela. Não é como aqui, onde ela só tinha a opção de gostar de você.

Christopher= O que está querendo dizer? – franziu o cenho.

Dulce= Que a melhor amiga da minha mãe, é a mãe do Vinícius, que por um acaso, ainda tem na mente a ideia de que eu seria a esposa perfeita para o filho dela. Já entendeu ou eu preciso desenvolver mais o raciocínio? – arqueou uma sobrancelha. – Eu não quero que sua mãe vá sem que eu esteja por perto. Não sei o que minha mãe pretende com isso. – mordeu os próprios lábios ao olhar o namorado. – Mas pode apostar que coisa boa não é, porque ela nem comentou comigo sobre presente de aniversário pra sua mãe. Aliás, eu nem imaginava que ela soubesse o aniversário da Ale.

Christopher= Uma coisa é sua mãe não gostar de mim, outra coisa é ela não gostar da minha mãe. – calmo. – Elas estão unidas de qualquer forma. Se não fosse por nós dois, seria pela Mai e o seu irmão.

Dulce= Eu apenas não confio. – deu de ombros.

Christopher= Seja menos desconfiada. – colocou uma das mãos no rosto dela. – Sua mãe está se esforçando, está fazendo o máximo pra aceitar que o México aqui levou o Brasil.

Dulce= Vai à merda! – empurrou-o levemente.

Christopher= Era brincadeira. – riu e colocou novamente a mão no rosto dela. – Ela está tentando. Não implique com isso.

Dulce= E se ela começar a inventar? – receosa.

Christopher= Então vamos deixá-la exercer o direito à criatividade. – aproximou seus rostos. – Porque eu já conheço cada detalhe de você, cada coisinha física e psicológica. Não importa o que ela invente, eu sei muito bem quem a minha namorada é.

Dulce= Então deve saber que sua namorada ainda está magoada com você. – tentou jogar o corpo para trás, mas estava encostada na pia.

Christopher= Eu sei, mas espero que ela me desculpe. Ela tem um namorado idiota, que às vezes desconta a raiva em quem ele mais ama. – olhou-a nos olhos. – Entendo que seus problemas na Televisa são tão grandes quanto os meus, mas no fim do dia, eu não tenho nada a ver com eles. Enquanto os meus problemas, estão diretamente ligados a você.

Dulce= Ou ao seu diretor de programação. – séria. – No mundo audiovisual que vivemos hoje, somos obrigados a pensar, planejar, programar e usar todas as nossas táticas criativas para seduzir a audiência. – sorriu. – Estou apenas fazendo a minha parte.

Christopher= E você sabe que a faz perfeitamente bem, não sabe? – encostou o rosto ao dela. – Eu também sei que você a faz bem. Então vou seguir seu conselho e te ter apenas como namorada.

Dulce= Será? – desceu o olhar para os lábios dele, mas logo voltou a mirá-lo nos olhos. – Ou em uma semana eu vou ouvir suas merdas de novo?

A Sósia - Volume IOnde histórias criam vida. Descubra agora