Capítulo 137

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Respirou fundo e decidiu que não pensaria mais sobre o assunto durante todo o dia. Desceu para buscar Paty, mas havia se esquecido do mar de fãs. Conclusão: as duas puderam sair do hotel apenas quinze minutos depois, e com seguranças escoltando-as.

A visita ao Cristo Redentor e ao Pão de açúcar foi agradável, porém nada calma, já que vários fãs estavam sempre tentando tirar uma foto com a cantora.

Dulce levou a amiga para andar de moto, passaram pelo aterro do Flamengo, a lagoa e por fim, deram uma volta pela praia e tomaram água de coco. No final da tarde, Dulce ligou para Carla, avisando que deveriam se encontrar à noite para a prometida balada. Deixou Paty no hotel por volta de seis e meia, e foi correndo para a casa, antes que sua mãe enfartasse.

Dulce= Mãe! Mãezinha! – tocou a campainha seguidas vezes, mas a mãe não atendeu. – Ô droga, só pra me fazer procurar a chave na bolsa. – revirou a bolsa. – Droga. – abriu a porta de casa. – Hey, Mãe? Está aqui? – foi entrando, olhando tudo, mas não havia nem sinal de Blanca. – Depois vem com "não se atrase pro jantar, Dulce María". – riu sozinha e foi para o quarto.

Aproveitando que Blanca não estava em casa, Dulce tomou um banho demorado e depois secou o cabelo sem pressa, fazendo babyliss nas pontas.

Colocou uma calça preta e uma blusa da mesma cor, apenas para ficar em casa. Passou um pouco de base e pó no rosto, e deixou o resto da maquiagem para depois.

Por volta de nove horas, escutou o ipad na sala e foi correndo para o sofá.

Dulce= Fala, Gata. – atendeu a chamada do facetime.

Paty= CRISE, Dulce María. CRISE! – com os olhos arregalados.

Dulce= O que houve? – riu dela, que segurava a chapinha e usava apenas calcinha e sutiã.

Paty= Não sei que roupa colocar. Ou melhor: não tenho a menor ideia do que vestir. – suspirou. – Não tenho nada que sirva, nada que seja padrão Rio de Janeiro.

Dulce= Paty, é só Rio. – rindo. – Não é Ibiza, David Guetta não vai tocar, não é nenhuma festa de outro mundo. Relaxa!

Paty= Ok, mas preciso ir decente! – surtando. – E nada serve! Eu juro que nada serve!

Dulce= Paty, uma calça ou um short jeans, uma saia, um vestido, um salto alto e tá tudo certo. Não precisa de nada além dessas opções. – simples. – Coloque aquele seu vestido preto que eu gosto, o que tem o cinto grosso.

Paty= Eu gosto daquele também. – amiga sorriu. – Ah, mas meus amigos já me viram com aquele.

Dulce= Seus amigos não estão aqui. – deu de ombros. – Aquele está mais do que ótimo. Um segundo, vou pegar água. – deixou o ipad em cima do sofá e foi para a cozinha.

Paty= Eu peguei uma água do meu frigobar agora há pouco, era uma garrafinha pequena. Custou seis reais. Isso é muito? – pegou o cardápio que ficava no quarto.

Dulce= É demais! Até mesmo pra você, que nada em dinheiro. – abriu a geladeira. – Você poderia ter comprado umas seis garrafinhas no supermercado... ou mais. E garrafinha de 600ml.

Blanca= Dul? Filha? – entrou em casa.

Dulce= Na cozinha! – gritou. – Você comprou o jantar? Porque, caso não tenha notado, a senhora chegou depois de mim. Eu fui pontual!

Blanca= Querida, você está no computador? – encarou a cantora no ipad.

Paty= AH, MEU DEUS! – tinha os olhos arregalados, mas não sabia se por aquilo que via ou se por estar de sutiã.

A Sósia - Volume IOnde histórias criam vida. Descubra agora