Dulce= Não tenho coragem. – confessou.
Christopher= Se quiser eu vou com você. – ofereceu-se.
Dulce= Sim, eu quero. – disse logo. – Por favor.
Christopher= Amanhã vamos procurar o seu pai, ok? – ela concordou e lhe deu uma mordida na bochecha.
Dulce= Ainda bem que sou apaixonada pelo melhor homem do mundo. – forçou um sorriso de lado.
Christopher= Ele não é o melhor do mundo, mas é apaixonado por você também. – beijou-lhe os lábios. – Garanto que tudo vai ficar muito bem.
Dulce= Eu acredito em você, alma gêmea. – suspirou, pensando em como falaria com o pai.
Não puderam ficar muito tempo por ali, pois logo Blanca ligou para o celular da filha, perguntando que sorvete demorado era aquele. Sem opção, Dulce voltou para o apartamento com o namorado.
Christopher= Dul... – puxou-a, antes que ela abrisse a porta. – Se precisar de alguma coisa, por favor, me fale. Eu posso inventar vontade de sorvete, cachorro quente, azaí...
Dulce= Açaí. – riu dele. – Obrigada por estar comigo. Obrigada mesmo.
Christopher= É minha função como seu namorado, amor. – ele disse, abraçando-a devagar.
Dulce= Gosto de te ouvir falar assim. – beijou-o. – Na verdade, eu adoro.
Christopher= Eu posso repetir milhões de vezes. – apertou a cintura dela. – É só você querer.
Dulce= Eu quero, mas não agora. – deu um último selinho nele. – Eu vou para o seu quarto quando acabar a conversa, está bem?
Christopher= Estarei te esperando. – ela abriu a porta do apartamento.
Blanca= Dul! – estava na sala, esperando por ela.
Dulce= Já estou aqui. – séria.
Christopher= Me chama, se precisar. – disse mais uma vez, e então sorriu para a sogra e saiu dali.
Blanca= Venha, meu amor. – bateu levemente no sofá.
Dulce= Mãe. – sentou-se ao lado dela.
Blanca= Eu amo você. – segurou as mãos da filha. – Eu te amo muito, não suportaria te perder.
Dulce= Mãe, eu não disse nada demais no restaurante. – arqueou uma sobrancelha.
Blanca= Está bem, eu acredito. – concordou. – Há quanto tempo você o vê?
Dulce= O que? – pensou não ter escutado bem.
Blanca= Há quanto tempo está vendo o seu pai? – séria.
Dulce= Eu não estava. – arregalou os olhos.
Blanca= Não reagiu da mesma maneira que o Christian. Eu não sou boba, minha filha. – seguia séria. – Há quanto tempo está vendo o seu pai?
Dulce= Ontem foi a primeira vez. – confessou. – Fui até a casa da vovó e fiquei olhando de longe. Só olhando.
Blanca= Não falou com ninguém? – a morena negou. – E o que fará agora?
Dulce= Nada. – deu de ombros.
Blanca= Não vai procurá-lo? – a filha ficou quieta. – Dulce, não minta pra mim.
Dulce= Não vou atrás dele. – mentiu. – Ele nem se lembra de mim, não sabe quem eu sou!
Blanca= Nunca vai saber, filha. – brava. – O seu pai, aquele que você ama... Ele não vive mais. Nunca vai voltar.
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A Sósia - Volume I
RomanceDulce deixou o Brasil e aventurou-se no México com apenas um objetivo: a carreira na Televisa. O que encontrou: um diretor estagnado em uma emissora minúscula e inexpressiva, um trabalho que não era - nem de longe - parecido ao currículo prestigioso...