Capítulo 16

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Christopher viu a maneira como o rosto dela mudou de expressão, seus olhos saltaram, sua boca se abriu em espanto, mas nenhuma palavra saiu. Agora era a morena que começava a corar, mas corava de tal maneira, que seu rosto inteiro ficava vermelho, e não apenas as bochechas.

Dulce desviou o olhar, ajeitou-se no banco, virou-se para o lado oposto e encarou a rua; há tempos não se sentia tão envergonhada e confusa como estava no momento.

O diretor podia ver a expressão dela pelo reflexo do vidro, e até deixou um sorriso escapar ao ver como ela estava sem jeito. Nunca imaginou que fosse ver Dulce daquela maneira.

Christopher= Sabe que, às vezes, dizer 'não' é melhor do que ficar em silêncio. – disse baixinho, mas sabia que ela havia escutado.

A morena apoiou a cabeça na porta e fechou os olhos, tentando sair daquele momento de qualquer forma.

Christopher aumentou o volume do rádio, deixando bem claro que não fazia mais questão de escutar nada dela; e então seguiram viagem.

Ela foi com os olhos fechados, ele foi quieto. Ambos calados, sérios, pensativos, confusos e um pouco magoados.

Assim que chegaram à emissora, saíram do carro ainda sem conversar, e logo se separaram, cada um foi para a sua sala.

Christopher falou rapidamente com os funcionários, deu algumas instruções e então foi para área externa da emissora, precisava espairecer.

Anahí= Hey, irritadinho. – sentou-se ao lado dele, que não esboçou nenhuma real. – Ih, já vi que está muito mal humorado. O que está rolando?

Christopher= Estou cansado... – revirou os olhos. – Dulce... Dulce... ela... Ah! Dulce me irrita!

Anahí= Wow! – arregalou os olhos. – O que houve com vocês? Até ontem estavam tão bem.

Christopher= Ela é... sabe? – bravo.

Anahí= Não, não sei. – soltou um leve riso. – Vocês brigaram?

Christopher= Não. Eu só não sei qual é a dela. – irritado. – E isso me deixa maluco!

Anahí= Pode explicar melhor? – confusa.

Christopher= Primeiro ela diz que me ama, mas depois esclarece que é como amigo. – estressava-se ao lembrar. – Logo brinca dizendo coisas, mas quando pergunto se quer ser minha namorada, ela vira para o lado e me deixa sem resposta. Isso é um saco! Porque não fica comigo logo de uma vez? Ou então me dá o fora, mas não fica com esse joguinho, me entende?

Anahí= Querido, isso é sua culpa. – séria.

Christopher= Anahí. – arqueou as sobrancelhas. – Está brincando com a minha cara?

Anahí= Não, eu estou falando sério. – encarou-o. – Até onde eu sei, ela já tentou terminar tudo isso com você, mas você insistiu nessa relação de amizade colorida. – ele ia falar, mas a amiga o cortou. – Christopher, com a Paty foi a mesma coisa. Você sabe que se anima facilmente, que fica todo sentimental. Já devia imaginar que essa coisa de amigos com diretos não ia dar certo.

Christopher= Com a Dulce é diferente. – sério. – Com a Paty foi a loucura de se apaixonar pela primeira vez, mas com a Dulce é outra coisa. – encarou a loira. – Eu não estou só apaixonado pela Dulce, eu a amo.

Anahí= Oh, droga. – mordeu os próprios lábios. – Você a ama? De verdade?

Christopher= Sim, e tenho certeza que não é fogo de palha. – a loira colocou uma das mãos no ombro dele. – Agora entende porque fico tão irritado com as coisas que ela faz?

A Sósia - Volume IOnde histórias criam vida. Descubra agora