Christopher= Mande? – assustou-se.
Dulce= Se você me encontrar de roupa, o jogo acaba. E acaba mal, do tipo você e sua mão agitando tudo no banheiro. – ela quis, mas não riu ao final. – Sozinho. Caso não tenha ficado óbvio o suficiente.
Christopher= Mas... você é terrível! – ele abriu a calça, enquanto ainda andava pelo quarto. – Ok, farei o que você quer.
Dulce= Vai mesmo? – sussurrou atrás dele.
Christopher= Dulce! – virou-se, e só escutou os passos rápidos dela. – O que você é? Uma coruja? Como pode correr no escuro?
Dulce= Eu posso ser uma coruja. – gargalhou. – Posso ser o que você quiser, Meu querido e maravilhoso amor. Estou bêbada!
Christopher= Bem, você é uma bêbada bem rápida. – por fim tirou a calça. – Ok, estou apenas com uma peça. Não tiro nada mais, se você não estiver aqui antes.
Dulce= Bem, boa sorte. Eu também só tenho uma peça.
Christopher= Uma peça? O sutiã conta junto com a... – ele parou de falar. – Qual delas você tirou, Dulce María? – disse desesperado, e ela apenas riu.
Dulce= A de cima. – disse logo. - Mas se você demorar mais, eu vou tirar a debaixo e fazer o serviço sozinha.
Christopher= Ok, então pare de andar pelo quarto! – ansioso. – Eu posso ouvir seus passos.
Dulce= Se pode ouvi-los, porque é que ainda não veio me pegar, hein?
Christopher= Ah, Dulce, quando eu... – sentiu algo estranho no chão. – Pisei em alguma coisa.
Dulce= É mesmo? E o que seria? – ele abaixou-se, pegando as peças nas mãos.
Christopher= Acho que... – tocando-o. – Acho que seu vestido e também... Dulce! – escutou-a rir novamente.
Dulce= Muito cuidado com o meu sutiã, ok? Porque eu tenho poucos desse modelo tomara que caia. – avisou. - De preferência, deixe tudo em cima da cadeira, tá? Já basta ter pisado neles.
Christopher= Você deixa no chão e não é pra eu pisar? – disse em tom de indignação.
Dulce= Eu deixei o sutiã em cima do vestido, porque era pra você sentir algo de diferente e pegar o que quer que fosse, não pra pisar em cima. – riu. – Homens! Tão lentos!
Christopher= Ah! – disse irônica. – Isso não está certo! Não está nada certo. Dá próxima vez eu também vou te pegar de surpresa em uma fantasia, ouviu?
Dulce= Meu amor, eu vou contar até dez. Se você não me agarrar, eu é que vou te pegar de surpresa... de novo. – riu. – Um, dois, três...
Christopher= Hey! Conte devagar! – sentiu a cadeira, e então colocou a roupa dela ali. – Três...
Dulce= Cinco, seis, sete... – ele riu.
Christopher= Não venha até aqui! – avisou. – Eu vou te pegar!
Dulce= Nove, dez. – terminou a contagem.
Christopher= Dulce? – chamou-a. – Amor, eu vou te achar! Eu é que vou. Dul? – ela não respondeu. – Ah, não! Não inverta as coisas! Volte a falar! Dulce María! Eu estou falando sério! – deu alguns passos para a frente. – Dul, é sério, Amor. – ele sentiu a cama ao seu lado. – Ok, já me situei! Achei algo pra me situar, tudo bem? Volte a falar.
Dulce= Não! – pulou nas costas dele, passando as pernas por sua cintura e colocando as mãos em seus ombros.
Christopher= Dulce! – assustou-se e cambaleou para o lado, por pouco não caiu no chão com ela. – Dulce!
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A Sósia - Volume I
RomanceDulce deixou o Brasil e aventurou-se no México com apenas um objetivo: a carreira na Televisa. O que encontrou: um diretor estagnado em uma emissora minúscula e inexpressiva, um trabalho que não era - nem de longe - parecido ao currículo prestigioso...