#4 - Ficaremos bem

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ARTHUR

Eu ligo novamente pro Fabrizio e as lágrimas já estão banhando meu rosto enquanto estou sentado dentro do meu carro.

~Ligação on ~

Arthur: elas não tao em casa, e a Carla não atende o celular! - falo assim que ele atende.
Fabrizio: o que? Você ta onde?
Arthur: na porta da casa dela.
Fabrizio: eu to indo ai, continua ligando. Vou ligar pra polícia.

~ Ligação off ~

Eu sigo tentando e nada de retorno, ligo pra dona Mara que também não atende. Um tempo depois o Fabrizio chega, encosta o carro dele e vem ao meu encontro no meu.

Fabrizio: Arthur, os policiais estão com os quatro lá, e segundo eles não tem mais ninguém. E a polícia acha que eles tão falando a verdade, porque não tem motivos pra mentir, já estão presos mesmo.
Arthur: e onde elas tão? Pelo amor de Deus!

Nessa hora meu celular começa a tocar e quando vejo que é minha sogra atendo desesperado colocando no viva voz para Fabrizio ouvir.

~Ligação on~

Arthur: dona Mara, cadê a Carla?
Mara: calma meu filho, estamos no hospital, vi suas chamadas agora.
Arthur: o que? O que aconteceu? - Fabrizio se assusta ao meu lado.
Mara: a Carla passou mal, por isso fui contra o combinado de ficarmos em casa, tive que trazê-la ao hospital, mas agora ela ta bem. Venha ate aqui, que conversamos. Você ta bem? O plano deu certo?
Arthur: to bem, deu tudo certo, eles estão presos, to com o Fabrizio na entrada do seu prédio, estamos indo ai.

~Ligação off ~

O Fabrizio pega o carro dele e seguimos os dois para o hospital. Eu to tremendo, o que aconteceu com minha loirinha? Pra elas terem ido contra as recomendações da polícia, só pode ser algo sério. Eu to apavorado. Só quero vê-la.

Quando entro no hospital acompanhado do Fabrizio encontro minha sogra a nossa espera. Ela me acolhe num abraço e eu deixo escapar um soluço.

Mara: calma querido, ela ta bem. - ela me solta e se dirige ao Fabrizio - muito obrigada, por tudo que tem feito por nós.
Fabrizio: vocês são família pra mim. Cadê a Carlinha?
Mara: vamos pra um lugar mais reservado porque preciso contar o que aconteceu. A Carla ta dormindo agora, logo você vai ver ela. - ela direciona a última fala pra mim.

Nos dirigimos para uma sala e minha sogra começa a relatar tudo que aconteceu desde que Patricia saiu de lá.

Mara: a Carla ta muito aflita desde que isso tudo começou, ela não come nem dorme direito, desesperada pra falar com você, Arthur, e sem poder. Quando a Patricia saiu hoje, ela ficou zanzando de um lado pro outro, até que sentou no sofá e eu vi minha filha desfalecer, ela desmaiou, mas logo voltou, assumimos que era a hipoglicemia porque ela não tava comendo direito, quando ela melhorou foi deitar um pouco e eu fiquei na sala com minha irmã, até que ouvimos o grito da Carla, nós duas corremos e entramos no quarto nos deparando com uma Carla em pânico, chorando e com sangue escorrendo pelas pernas.
Arthur: O QUE???

Mara: isso mesmo, e ela relatava que estava sentindo muita dor. Rapidamente chamei um uber e viemos as 3 pra ca. Não deu tempo avisar a vocês, chegando aqui eu fiquei muito preocupada e não tava olhando o celular. Me desculpem por isso, sei que estávamos em uma situação que era necessário estarmos sabendo dos passos uns dos outros. Mas enfim, quando chegamos, Carla foi atendida e, Arthur - ela segura minha mão - a Carla ta gravida de 2 meses! - ela me da um sorriso.
Arthur: ela ta gravida? - ja estou chorando novamente - eu vou ser pai? Eu e ela vamos ter nosso bebê? - falo sorrindo

Mara: vão sim, querido. Ela teve um princípio de aborto, devido a todo o estresse, ela tava apavorada e preocupada, esses haters passaram de todos os limites. Mas, conseguimos chegar a tempo, ela teve que passar por um procedimento e terá que ter muito cuidado até o bebê nascer, mas vai dar tudo certo. - ela sorri e também está com lágrimas nos olhos.
Arthur: a Carla ta gravida - susurro - a Carla ta gravida de um filho meu - falo mais alto e sorrindo - eu vou ser pai de um bebê da Carla - abraço minha sogra e em seguida o Fabrizio - ela ja sabe ne?
Mara: ela sabe, quando chegamos aqui o médico explicou a situação e a primeira coisa que ela falou foi que queria você aqui, quando ela foi pra cirurgia, eu te liguei, o procedimento foi rápido, quando vocês chegaram ela ainda estava na cirurgia e eu não quis te dizer isso de cara para não te assustar. Agora ela ja deve estar no quarto ou quase indo. Assim que possível você vai vê-la.

Caraca, eu ia ser pai, eu e a Carla teríamos um bebê. Que surreal mano! Como a vida é né, ontem eu tava achando que nunca íamos conseguir ser felizes e sofrendo por não ter ela pertinho de mim, e hoje nós vamos ter um bebê!

Passamos mais um tempo na sala, a Madrinha da Carla chega e fica conosco, ela estava recebendo atualizações da cirurgia enquanto dona Mara nos contava tudo, um tempinho depois minha sogra decide ir em busca de mais notícias e logo volta para nos avisar que a Cá está no quarto e acordada. Vamos até lá e elas mandam eu entrar primeiro.

CARLA

Eu to em um quarto de hospital, gravida e acabei de passar por um procedimento para garantir que eu não perca meu bebê. Meu bebê com o Arthur. Eu vou ser mãe e o Arthur é o pai do meu bebê.

Eu to aqui tentando fazer a ficha cair, a gente tava tentando se livrar das chantagens dos haters e do nada eu descubro que to grávida! Eu estava num misto de sentimentos quando cheguei aqui, descobri que tava grávida ao mesmo tempo que descobri que podia perder meu nenem, isso tudo enquanto eu não sabia onde o Arthur tava porque estávamos em um plano para nos livrar das chantagens dos haters. Nossa história da um livro, certeza.

Eu to tao feliz, eu sempre quis ser mãe, e o Arthur ser o pai, é surreal demais. Minha família ta se formando!

Minha mãe acabou de sair daqui e me avisou que tudo estava bem, o plano deu certo e o Arthur está aqui, ela foi chama-lo. Eu to nervosa. Fecho os olhos e respiro fundo. Ouço o barulho da porta abrindo e abro os olhos me deparando com ele, o pai do meu filho.

Arthur: meu amor - ele vem ate mim e me da um selinho demorado enquanto eu me agarro nele.
Carla: lindo - continuamos nos beijando e nos acariciando.
Arthur: você ta bem? Ta sentindo alguma coisa?

Carla: só um incômodo por causa da cirurgia, mas dor não, eu to bem
Arthur: linda, a gente vai ter um bebê! - ele descansa a mão na minha barriga e eu coloco a minha mão por cima da dele.
Carla: a gente vai, nosso moleque loirinho - começo a chorar - ou nossa maria clara - ele me beija e depois beija minha barriga.

Arthur: eu te amo tanto, eu tive tanto medo de te perder. Me perdoa por não ter te contado tudo, eu tava apavorado com a possibilidade de eles cumprirem as ameaças. - ele fala com a testa colada na minha.
Carla: a culpa não é sua, você é perfeito, mas me promete que nunca vai optar por nos afastar, eu sei que nessa situação era bem provável que eu fizesse a mesma coisa, mas não vamos fazer isso, eu não vou suportar, vamos resolver juntos o que for.

Arthur: eu te prometo, eu não suporto nem pensar em ficar sem você, não é uma opção. - nos beijamos mais uma vez.
Carla: eu te amo, muito! Ta tudo certo ne? Minha mãe me falou que o plano deu certo.

Arthur: deu sim, ta todo mundo bem. E nós ficaremos bem! Com nosso bebê. Carla, nós vamos ser pais! - ele fala sorrindo e fazendo carinho no meu cabelo
Carla: nós vamos. Um filho nosso Arthur! - sorrio de volta.
Arthur: obrigada por isso, obrigada pela minha família, nossa família. - meus olhos enchem de lágrimas e o puxo para mais um beijo.

Passamos um tempo assim, trocando juras de amor e pensando em como será nosso bebezinho. Estamos bem, vamos ficar bem. Eu e ele juntos, com nosso filho, é o que importa.

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Veio aiii! Eu amei escrever essa. Vou ta finalizando por aqui, porque tecnicamente aqui são One Shots ne.

Vocês querem que eu escreva uma côntinua nessa pegada? De romance policial! Me deixem saber.

Val 🦋🥁

Vou Revelar (One Shots)Onde histórias criam vida. Descubra agora