#6 - Faísca

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ARTHUR

Carla: o combinado era você continuar fingindo que era solteiro, não que você saísse com fama de pegador, de que tava na pista, a cada curtida eu me sentia um pouco menos mulher, no final eu já nem achava que você realmente me quisesse - ela fala já não conseguindo mais segurar uma lágrima que caiu e eu realmente não sabia o porquê estávamos nos machucando tanto.
Arthur: por Deus Carla, eu sempre fui louco por você! Por cada parte de você! Não tinha um só dia que eu não fosse a loucura dentro daquele programa te imaginando comigo, sozinha, a gente podendo zerar a porra daquela contagem. Depois disso então, não havia nenhuma outra mulher no mundo que me despertasse tudo que você despertou. Mas você preferiu me deixar e ir atrás daquele merda, até parece que estava desesperada. Ali eu sim me senti um merda, eu que nunca fui suficiente - abaixo a cabeça e ela ergue meu rosto, seu rosto estava vermelho, agora já não sei se pela raiva ou por outro motivo, passamos um momentos nos olhando e ela parece despertar quando fala novamente.

Carla: eu não sei aonde vamos chegar com essa conversa. Acho melhor eu ir embora. - ela diz se afastando
Arthur: isso, volta para aquela sua vidinha de merda mesmo - o tom sai bem mais áspero do que eu desejava, vejo ela voltar em minha direção e tenho receio do que ela vai fazer.
Carla: CALA A BOCA ARTHUR! PARA DE FALAR ASSIM! VIDINHA DE MERDA É ESSA SUA, QUE FICA COM TODAS AS MULHERES QUE PASSAM NA SUA FRENTE E NAO SABE O QUE QUER! - ela grita tudo furiosa e eu sinto mais raiva ainda, por que ela estava gritando?

Arthur: para de gritar caralho! Você não vai falar comigo desse jeito! Você não vai criticar a forma que eu achei pra juntar o que você quebrou! Você não vai entrar aqui e me dizer que eu estou errado em fazer o que quer que seja da minha vida, sendo que você não me quis na sua vida. Você não tem mais nada a ver com isso.
Carla: você tem toda razão, eu não tenho mais nada a ver com você, seu babaca.
Arthur: me chama de babaca de novo! - falo indo pra cima dela e a agarro pela cintura - vai, fala tudo que você sempre quis dizer e nunca teve coragem, fala que eu sou um escroto, um babaca, um abusivo, fala que eu só te fiz mal e que você se arrependeu de ter um dia me beijado, fala que eu nunca fui e nem serei o suficiente - falo tudo com ódio e vejo os olhos dela se encheram novamente de lágrimas, mas ela não as deixa cair.

Carla: me solta Arthú, me solta! - ela tenta se soltar, mas não consegue.
Arthur: fala porra, termina de me quebrar de vez pra vê se assim eu tomo vergonha na cara e paro de querer desesperadamente me perder em você de novo - ela me olha e começa a me dar pequenos socos no peito, eu seguro firme seus dois pulsos e ela me olha supresa.
Carla: Não! Eu não vou te dar o gostinho de ouvir nada disso, eu não sou igual a umas e outras por aí. Eu não diminuí nada que a gente teve só porque você me magoou.

Arthur: você continua sendo uma covarde - solto seus pulsos - a mesma covarde que acabou com o que a gente tinha! - e é nesse momento que sinto meu rosto arder. Ela me deu um tapa!
Arthur: você me bateu?! - pergunto surpreso, não acredito que ela fez isso.
Carla: BATI! Nunca mais ouse me chamar de covarde! Principalmente no que diz respeito ao que a gente tinha!

Arthur ainda a encarava, os olhos transbordando pura raiva com as mãos ainda em punhos ao lado do corpo. Carla  percebeu tarde demais o que realmente tinha feito, quando perdeu a paciência. Quando se deu conta que tinha agredido Arthur, ficou bestificada com a própria reação. Ele realmente conseguia levá-la aos extremos.

Ele estava quase colado a ela instantaneamente, respirando pesadamente. Seu coração batia forte enquanto se perguntava se ele era capaz de machucá-la. Não tinha mais tanta certeza. Não depois de ter o agredido.

Os segundos passaram lentamente até que pareceu uma eternidade. A respiração de Arthur desacelerou quando ele respirou fundo antes de falar.

— O que porra foi isso? — Gritou. — Eu não convidei o babaca do seu ex e muito menos você pra vir aqui.  Como se atreve a simplesmente entrar na minha casa me dizendo desaforos por um problema seu, tentando jogar uma culpa nossa apenas em mim e ainda me agredir?

Ele se afastou e virou de costas antes que fizesse uma besteira sem tamanho.

Quando ela viu que ele estava se afastando, não conseguiu se segurar e o chamou de babaca.

Ele se moveu tão rápido que ela não teve tempo para tentar nem mesmo entender o que ele fazia. Arthur a agarrou,  e o choque a impediu de lutar quando a pressionou para trás, seu corpo preso contra a parede e o corpo forte, e as palmas das mãos apoiadas ao lado dela, a mantendo lá.

Ele respirava rapidamente. Este era um lado dele que ela nunca viu e tinha que admitir ter se assustado. Mas essa também era uma visão que ela nunca esqueceria.

Ele estava sexy, feroz, primitivo, com todos os músculos do corpo delineados pela adrenalina
e raiva do momento.  Mas ele também estava excitado. Ao baixar o olhar, ela percebeu o volume nada discreto debaixo da toalha que ele usava e a distraiu o suficiente para que não
visse seu próximo movimento.

Ele baixou sua cabeça e seus lábios foram de encontro ao dela, e quando ela ofegou suspresa, sua língua se aproveitou. Ela ficou tensa e tentou se afastar de sua boca faminta, mas ele segurou o rosto dela para mantê-la imóvel.

Ele a puxou para ele, forçando seu corpor contra a parede, enquanto se esfregava nela.

— Não vou permitir que me machuque. — a voz dela  tremeu e seus braços subiram numa postura defensiva.

— Não vou te machucar. Vou te dar o que você quer. O que nós dois precisamos. - ele fala sem parar de se esfregar nela.

— Você é um cretino.

Suas mãos apertaram a camisa dela, quando ela respondeu com um gemido leve ao sentir o corpo dele colado ao dela. A partir daquele momento, a paixão substituiu tudo mais.

A necessidade de Arthur mostrar a ela o quanto significava cancelou toda a raiva e ele soltou seu rosto para tirar a roupa dela, não se incomodando com os botões da camisa que voaram por toda a sala quando ele  abriu ela com força, sem tempo de desabotoá-los. As mãos dele deslizaram entre eles, agarraram a toalha, também jogando para longe.

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GENTEEE VOCÊS TAO VIVOS?? 🔥🔥

Esse picaz veio especialmente de uma pessoinha que arrasa demais, essa fic tem terceira autora sim: CarThur_Memories 💥💕

Querem mais? 😈

Bora de meta então: 100 COMENTÁRIOS E A GENTE VOLTA!

Vou Revelar (One Shots)Onde histórias criam vida. Descubra agora