CARLA
Desde que ele saiu do quarto a minha vontade era correr até ele e deixar claro o tanto que o quero. Eu não queria mais lutar contra o destino, eu queria ser feliz, eu só não sabia como reconquista-lo, ja que aparentemente ele não sentia mais o mesmo.
Mas ai eu ouvi a movimentação fora do meu quarto, abri levemente a porta e o vi indo até a varanda, quando ele se posicionou de modo que não me veria se eu saísse do quarto, eu me aproximei e ouvi quando ele começou a cantar, foi impossível conter as lágrimas e quando vi que ele também desabou em um choro tão sentido eu entendi que mais uma vez o universo estava me dando a chance que eu precisava, e eu não ia desperdiça - la.
O nosso encaixe ainda era perfeito, era natural, familiar. O Arthur é meu e eu sou dele. Ninguém vai mudar isso. O tempo pode passar, a gente pode se perder, mas sempre vamos nos reencontrar. Maktub, está escrito.
Nós voltamos, estamos finalmente juntos de novo, e agora estamos aqui na varanda, eu no colo dele, ele fazendo carinho no meu cabelo, em silêncio, aproveitando o momento e eu não poderia querer estar em outro lugar.
Carla: eu to tão feliz, sabia? - falo contra o peitoral dele
Arthur: eu também to, muito - ele deixa um beijo no topo da minha cabeçaEu levanto o rosto até ele e o beijo, ele desliza as mãos pelo meu corpo e eu o sinto reagir, desço os beijos pelo pescoço dele, deixando mordidas, ele geme e percebo sua ereção sob minha perna.
Deslizo as mãos pelo seu abdômen chegando até onde quero, ele arfa e entende meu recado. Levanta comigo no colo, eu entrelaço as pernas por sua cintura e ele caminha comigo até o quarto. Por todo o caminho eu vou deixando mordidas e chupões em seu pescoço, ele vai ficar marcado e é isso que eu quero.
Quando chegamos ao quarto ele me deita delicadamente na cama, cada movimento é calmo, sem pressa, com ternura, estamos aproveitando todas as sensações. Ele se coloca por cima de mim e nos encaramos por alguns segundos, memorizando as feições e permitindo que todo sentimento seja transmitido pelo nosso olhar.
Arthur: senti tanto sua falta
Carla: e eu senti a suaEle me beija, morde meu lábio e desce selinhos pelo meu pescoço, me fazendo gemer e chamar seu nome. Lentamente ele vai tirando cada peça de roupa minha e eu faço o mesmo com ele. Deslizo as mãos pelo seu corpo e ele faz o mesmo comigo. Estamos nos reconhecendo, nos reencontrando, a sensação que tenho é a mesma de voltar pra casa depois de uma longa jornada, é de paz, de alegria e de segurança.
Passamos um bom tempo com as carícias que já são o suficiente para me fazer ter orgasmos, ele sempre foi muito bom no que faz, ele tem a mistura perfeita de brutalidade e carinho. Me faz sentir desejada e amada. E quando ele me penetra me sinto preenchida, não só eroticamente, mas sinto meu coração encher, sinto todas as peças do quebra-cabeça encaixando. Sinto que é certo. Nós somos certos, não importa o que digam, ele é minha certeza.
Quando chegamos juntos ao clímax, ele sai de dentro de mim e desliza pro meu lado e me puxa pra si, me abraçando, e eu me aconchego nele, enterrando o rosto em seu pescoço e suspirando. Ele desliza as mãos pelas minhas costas e ficamos um tempo em silêncio, aproveitando esse momento, sentindo tudo que tentamos reprimir, deixando todo o amor transbordar e nos envolver.
Enquanto estamos assim, tomo uma decisão. Não quero mais esperar, nem pedir a opinião de ninguém que não seja a dele. Dessa vez as coisas vão ser diferentes, dessa vez as coisas vão dar certo.
Carla: lindo...
Arthur: hmmmCarla: eu quero fazer diferente dessa vez
Arthur: eu também quero, quero que dê certo, vamos conversar mais, não vamos permitir que as pessoas interfiram e vamos ter cuidado com a mídia, vamos ter mais cuidado pra não descobrirem sobre a gente e não ficarem supondo nada que possa nos prejudicar...