ARTHUR
Eu decidi ir vê-la. O Lucas tem razão, chega de dar desculpas. Não sei o que vou fazer, mas preciso começar de algum lugar, e penso que surpreendê-la no seu primeiro dia de volta ja é algo.
Chego ao estúdio em que eles gravam todo empolgado. Tenho livre acesso graças ao meu bom nome e ao fato de estar no meio artístico por conta dos programas na FlaTv. Porém, quando chego não esperava ver o que vejo. Eu não queria pensar isso mas é inevitável, a conexão da Carla com o Lucas não me agrada, me aflige, me deixa possesso de ciúmes e eu sequer consigo disfarçar.
Estou encarando os dois quando eles param de brincar, nem vi que a Carla me viu pois estava encarando o Lucas, e só quando o Lucas grita meu nome que desperto.
Lucas: Arthur de Conduru! - ele diz se aproximando - a que devemos a honra?
Arthur: ué? Não pode vim aqui? - falo mais arisco do que pretendia
Lucas: iiiih, ta mordido meu filho?
Carla: oiee, Arthú
Arthur: oi, Carla - minhas palavras saem duras
Lucas: cara, tu veio ate aqui pra ta chato assim? O que aconteceu?Eu o fuzilo com o olhar e por um milésimo de segundo desvio pra Carla voltando os olhos pra ele, não devia ter feito isso, ele entendeu na hora.
Lucas: ah não - ele começa a rir - mentira! VOCÊ TA ASSIM PORQUE TA COM CIUMES DE MIM COM A CARLA? AI ARTHUR PELO AMOR DE DEUS!
Carla: QUE?
Arthur: não, não é isso - fico desconcertado, eu fui um babaca agora - desculpa
Lucas: é bom se desculpa mesmo! Eu to a dias ouvindo os lamentos dos dois, meus ouvidos não aguentam mais e você tem a audácia de ter ciúmes de mim com a Carla?! Faça - me o favor ne! Agora por questão de honra a mim vocês vão se resolver! Podem sair daqui direto pra algum lugar pra conversar e se entender! Eu não aguento mais essa novela mexicana! - ele diz ja se afastando - depois me contem o que deu. Tchau pra vocês - ele grita de longe.Ficamos a sós em um silêncio desconfortável por alguns segundos até que a Carla fala
Carla: é verdade?
Arthur: o que?
Carla: você tava com ciúmes? - ela me olha travessa
Arthur: ai dona Carla, você vai me deixar louco - suspiro e ela gargalhaCarla: o que você veio fazer aqui?
Arthur: vim te ver - sorrio pra ela - o Lucas me disse que era seu primeiro dia de volta e eu quis estar aqui. Desculpa se foi invasiv...
Carla: eu adorei - ela me interrompe - mesmo - sorri e me desmonta inteiroArthur: Cá, independente do que o Lucas falou, eu acho mesmo que precisamos conversar. Eu preciso conversar com você.
Carla: vamos pra minha casa então? Eu peço sushi pra gente
Arthur: podemos ver vida de inseto também? - digo e ela sorri, um sorriso capaz de iluminar o mundo inteiro.Saímos do local de gravação no carro da Carla, o silêncio não parecia constrangedor e vez ou outra nos olhávamos sorrindo. Era nítido que que nós dois estávamos confortáveis e eu poderia dizer até felizes, mesmo não sabendo como isso terminaria.
Assim que chegamos quase em frente ao prédio de Carla, percebo ela diferente. Um carro preto encosta atrás do seu e ela me olha apavorada, logo entendo que algo não está bem. Ela acelera o carro, e o carro atrás também, ela entra no estacionamento e o carro também, a cada segundo a tensão aumentava, suas mãos estão trêmulas e eu não sabia muito o que fazer, não queria apavora-la mais. Ela para de uma vez, o que faz o carro de trás também parar bruscamente, e imediatamente se solta do cinto de segurança e se joga nos meus braços, eu a agarro no mesmo instante.
Vê ela daquele jeito me apertou o coração igual quando ela tava em perigo. Ela tremia tanto e eu só queria que aquilo parasse logo. Quando ela se jogou em meus braços, eu só a abracei, forte e fiquei repetindo que tudo ia ficar bem e que eu estava ali. Apesar de ter percebido o carro, não achava que era motivo pra ela estar assim, poderia ser qualquer outra coisa, e eu não estava entendendo muito bem.
Arthur: calma! Por que você tá tremendo assim linda? - levanto o rosto dela e ela chorando.
Carla: eu tô com medo! - ela fala voltando a esconder seu rosto em meu pescoço.
Arthur: não vai acontecer nada, eu vou te proteger de qualquer um! Calma, vida! - assim que eu a chamo pelo apelido que a chamava antes, ela levanta o rosto e me olha profundamente, sinto seu corpo parar de tremer aos poucos - vamos descer? - sorrio pra que ela veja que está tudo bem.Carla: mas...e se... - ela ainda tremia um pouco - e se eles mandaram alguém de novo?
Arthur: eu vou descer e vê se há algo estranho lá fora, me espera aqui! - olho pra ela tentando lhe passar segurança.
Carla: não! Tudo bem! Eu desço junto.
Arthur: tem certeza? - ela balança a cabeça em confirmação.Descemos e eu prefiria ter ficado dentro do carro, o que aquele idiota estava fazendo aqui?
Carla: Fernando? O que você tá fazendo aqui? - ela o olha e depois olha pra mim, parecia surpresa.
Fernando: boa noite, Carla. - fala vindo em nossa direção, mas finge que eu nem tô ali - vim saber como você está, eu soube tudo que aconteceu, deve ter sido horrível - ele fala a abraçando e ela retribui, QUE ÓDIO!Carla: ah, eu tô bem! Foi só um susto, já está tudo bem - ela me olha e agora parece inquieta - vamos subir, já estamos atrasados - fala olhando em minha direção.
Fernando: será que eu poderia subir e tomar uma água rapidinho? - que abusado.
Carla: claro - como assim claro? Ela só poderia estar brincando. Subimos em um silêncio ensurdecedor.
Fernando: obrigada! - ele fala quando ela lhe entrega a água - a casa continua perfeita como imaginamos que sería - não me lembrava da parte que ele praticamente morou aqui, e subiu uma raiva na hora.Carla: é, ainda não tive tempo de fazer as modificações que eu quero - ela parece educada, mas nervosa.
Fernando: e o nosso filho, como está? - agora eu acho que deu.
Carla: filho? - escuto ela falar que já estou próximo a porta.
Fernando: o Chaplin! - ele sorri.O ódio já era grande demais pra que eu conseguisse estar ali, sai batendo a porta e não ouvi mais nada.
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Ora parece que ta dificil vencer por aqui ne mores?!Porem digo que a culpa dessa vez é toda da oiecomenta viu?! Podem caçar ela! Ja iamos vencer nesse, mas ela ficou afrontando as coleguinhas ora, eis o resultado! 😈