ARTHUR
Quando eu e a Pocah pousamos no Uruguay eu estou extremamente nervoso. Isso tudo é loucura. E se quando chegarmos la a Carla ja tiver recuperado a memória? Ninguém gosta de mim ali, o que eu to fazendo aqui?
Meus pensamentos são interrompidos com a Pocah avisando que mandou mensagem pro pai da Carla e ele disse que estão a nossa espera.
Em pouco tempo eu e a Pocah estamos entrando no hospital, a primeira pessoa que vejo é seu Carlos, ele nos cumprimenta e eu me emociono quando ele me olha nos olhos e agradece por ter vindo. Ele diz que sabe como deve estar sendo difícil pra mim e vai ser sempre grato pelo que estou fazendo pela filha dele.
Ele nos conduz ate o quarto da Carla e encontramos o Bruno sentado em uma cadeira perto da porta. De início acho que tem algo a ver com a quantidade de pessoas no quarto, mas a curiosa da Pocah pergunta descaradamente porque ele não ta com a Carla, e seu Carlos responde que a Carla não deixa ele entrar no quarto. Tento não ficar feliz devido a delicadeza da situação, mas não consigo evitar.
Quando nos aproximamos, Bruno fica de pé com a cara fechada e logo que entramos no quarto ele nos acompanha.
CARLA
Antes da minha mãe responder quem estava chegando, um médico chegou para me examinar, quando ele saiu, ela me contou que o Arthur estava chegando com a Pocah.
Como assim? Se tudo que minha mãe contou sobre meu término com ele for real ele não viria, certo? Minha mãe mentiu pra mim, a gente não terminou, meu Arthú ta vindo. Antes que eu pudesse confirmar essa teoria a porta se abre e eu o vejo entrar.
Carla: ARTHÚ!
Me levanto da cama, arrastando o soro ligado ao meu braço, me jogo nos braços dele, e ele me envolve com seus braços fortes. Quando sinto as batidas aceleradas do coração dele contra meu peito começo a chorar, choro compulsivamente e ele só me aperta nos seus braços. Faz carinho nas minhas costas e me pede calma. Mas eu só sei chorar, com o rosto escondido na curva de seu pescoço.
ARTHUR
Quando pisei no quarto ja ouvi o grito dela chamando meu nome e mal tive tempo de me preparar pra pega-la nos braços, ela se jogou em mim e começou a chorar. Eu fiquei totalmente sem saber o que dizer, não olhei pra mais ninguém no quarto, apesar de saber que dona Mara, seu Carlos, Bruno e a Pocah assistiam a cena, me concentrei em tentar acalmar a Carla.
Ouvi a Pocah pedir para que todos saíssem do quarto e nos deixassem a sós, percebi que o Bruno tentou protestar, mas todos saíram. A Carla ainda passou uns minutos chorando no meu colo e ver ela tão frágil me despedaçou. Enquanto eu pensava no que fazer e no que dizer pra ela, ela se afastou um pouco de mim pra me encarar.
Carla: onde você tava, lindo? Eu pensei que... na verdade me disseram... ai Arthú, eu to tão confusa - ela deixa escapar um soluço - você me bloqueou, o que aconteceu? Arthú me diz o que ta acontecendo por favor - mais lágrimas escorrem pelo rosto dela e ver a magoa nesse olhos quando ela falou do block fez meu coração apertar
Arthur: ei, calma - seco as lágrimas dela e beijo sua testa - tenta se acalmar primeiro ta? Eu vou te explicar tudo - tento sorrir pra amenizar o desespero dela
Carla: não me deixa, não vai embora por favor, eu preciso de você comigo - ela se agarra a mim e chora cada vez mais
Arthur: eu não vou te deixar - a abraço apertado - eu to aqui agora, amor - suspiro quando digo a última palavra - e não vou a lugar nenhum sem você
Ela ergue a cabeça e me beija, eu queria resistir, não queria me aproveitar da fragilidade dela, mas eu não consigo. Essa mulher é a minha perdição, e por isso eu correspondo nosso beijo e o intensifico. Nos soltamos quando o ar falta e a imagem dela com os lábios vermelhos e inchados juntamente com as bochechas coradas me fazem ama-la ainda mais. Deixo um selinho demorado em seus lábios e a sinto sorrir na minha boca.
Carla: eu te amo - ela sussurra
Arthur: eu também - deslizo meu polegar pela bochecha dela - vem deitar, a gente tem que conversar
Levo ela de volta até a cama e sento de frente com ela.
Arthur: Cá, do que você lembra? Qual sua última lembrança de antes de acordar nesse hospital ?
Carla: eu lembro que a gente teve uma conversa séria, sobre tornar público o nosso namoro, que decidimos que íamos fazer isso, só precisávamos avisar as nossas acessorias e deixar tudo preparado porque sabíamos que essa notícia ia causar. Ai eu fui pra casa, pois ia viajar pra SP cedinho, por isso fui dormir em casa e não dormi com você, ai acordei aqui, no Uruguay, com minha mãe dizendo que eu e você terminamos e que eu estava namorando aquele tapado do Bruno. - ela fala como se tudo isso que a mãe falou fosse impossível
Arthur: Cá, então, depois desse dia, você foi pra SP e nós avisamos sim nossas acessorias, nos pediram pra esperar só uns dias, para que eles pudessem avisar contratantes e tudo, nós esperamos, mas antes de você voltar de SP tivemos uma briga - conto a ela tudo, em detalhes.
Conto o motivo da briga, o envolvimento das nossas acessorias, conto de quando ela voltou pro Rio e nós brigamos feio, terminando de vez. Conto da gente brigando na internet com indiretas, de quando ela assumiu o namoro com o Bruno o que resultou no meu block, pois não conseguiria ver ela com outro. Quando termino ela está aos prantos e aperta minha mão com força
Carla: não - ela nega com a cabeça - não pode ser. Arthú, NÃO! - ela está tremendo e eu a puxo pro meu colo sem conseguir conter minhas próprias lágrimas
Arthur: calma, linda. Vai ficar tudo bem. - colo meus lábios em sua testa
Carla: como assim a gente se separou? - ela fala em meio ao choro - não, Arthú!
Arthur: linda, olha pra mim - seguro o rosto dela entre minhas mãos - aconteceu, ja foi, agora a gente precisa focar na sua recuperação, você vai ter sua memória de volta e...
Carla: eu não quero lembrar de porcaria nenhuma - ela me interrompe - eu não quero lembrar de um período que eu estive sem você, eu não quero essa realidade! Eu quero você! - ela cola os lábios nos meus e eu encaixo minha mão nos seus cabelos aprofundando nosso beijo.
Eu vou lutar por ela. Mesmo quando ela recuperar a memória, eu vou fazer de tudo pra ter ela de volta comigo. E é exatamente o que eu digo a ela quando encerramos o beijo.
Arthur: presta atenção, Cá. Eu te amo, isso não mudou, eu sinto sua falta todos os dias. E você vai recuperar sua memória, e quando você tiver com plena consciência de tudo que ta acontecendo a gente vai ficar junto de novo, eu não vou te perder, mesmo que você pense diferente quando suas lembranças voltarem. Eu vou lutar por você, porque nosso amor vale a pena. E enquanto sua memória não volta eu vou ta aqui, eu não vou sair de perto de você, vai ficar tudo bem, minha vida. - colo meus lábios nos dela
Carla: não desiste de mim, eu te amo, eu só quero você - ela sussurra nos meus lábios
Arthur: eu não vou desistir, nunca mais - sussurro de volta e ela sorri.
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Aiiiii poxaaaa! COMO QUE SUPERA ESSES DOIS?? NAO DAAAAAA!
Ta ai, um capítulo imenso só com coisa fofa, sem nada de caos, pra vocês pararem de me julgar 😝😈
Tão gostando?
Val 🦋
