CARLA
~ WhatsApp on ~
Pocah: amiga, ta no Rio ainda?
Carla: oie, to sim
Pocah: como você ta?
Carla: ai amiga, nem sei
Pocah: vem pra minha casa, o Ronan saiu com a Toya, to sozinha, vamos conversar
Carla: eu vou, to precisando de colo. Daqui a pouco chego ai.
Pocah: te espero
~ WhatsApp off ~
Me arrumo rapidamente e passo pela minha mãe na sala avisando que vou sair. Ela estranha, pois eu disse que ia dormir, mas não questiona. Em pouco tempo ja estou batendo na porta da casa da minha amiga.
Pocah: oiii minha baixinha mais linda - diz me abraçando
Carla: oieee meu mozão - digo ja me pendurando no colo dela
Ela entra comigo no colo e fecha a porta. Quando terminamos o cumprimento inicial, vamos até a área da piscina, nos sentamos nas poltronas e ela começa a me fazer falar.
Pocah: como você ta minha baixinha? Eu vi os olhares que vocês trocaram e vi sua reação também, por isso não minta pra mim.
Carla: ai amiga - meus olhos ja enchem de lágrimas novamente - eu não sei o que aconteceu, eu tava tão bem, ou pelo menos queria achar que tava, mas hoje ja passei boa parte do meu dia chorando, chorei tanto que nem sei se ainda tem lágrimas aqui, quando vi a matéria dele andando de mãos dadas em um shopping com a mesma moça que ele tava ontem - suspiro - juro, amiga. Senti como se meu coração fosse arrancado do meu peito, é uma dor absurda, e eu não sei de onde ta vindo tudo isso agora, eu ja vi outros flagras dele, ate piores, com beijo, e não fiquei tão mal como eu to agora.
Pocah: nos outros flagras você não tinha encontrado com ele na véspera, é sempre mais fácil abafar um sentimento quando quem desperta ele ta longe, a gente acaba assumindo que é algo distante, a gente se engana que não nos afeta. Mas, como você viu ele e sentiu tudo que ainda há entre vocês, e eu sei que sentiu, porque até eu senti aquela energia toda, fica impossível ser indiferente agora. - ela segura minha mão
Carla: eu nunca fui indiferente a ele - falo baixinho - o problema é esse. Eu tenho tentado, e fingido, bastante - já não consigo conter o choro novamente e minha amiga me puxa pro seu colo.
Ela me deixa chorar enquanto faz carinho no meu cabelo, e eu me entrego ao choro mais uma vez. Quando me acalmo ela pergunta.
Pocah: o que você quer fazer agora?
Carla: não faço ideia - sorrio sem graça - eu ja perdi ele né, mas acho que devia terminar esse namoro que eu tenho e que não vai dar em nada - suspiro - eu não amo o Henrique, a gente se da bem, ele é parceiro, mas não tem aquela adrenalina sabe, não tem aquela emoção, o frio na barriga, e - seguro o choro - ele não é o meu Arthú. Ai Pocah, se eu pudesse voltar atrás e fazer tudo diferente - coloco as mãos no rosto
Pocah: oh amiga, você não sabe tudo que você sabe hoje, foi equivocada? Foi! Mas, no seu lugar, eu não teria agido muito diferente não. Você e o Arthur precisavam de um tempo que não tiveram, foi tudo muito atropelado e deu no que deu. E agora não adianta mais pensar no passado, agora é daqui pra frente, nunca é tarde demais pra nada, principalmente pro amor.
Carla: ele seguiu em frente amiga, ele ta vivendo a vida dele.
Pocah: nem você acredita nisso, garota.
Carla: amiga, ele tava andando de mãos dadas em público e aparentemente muito feliz.
Pocah: você tava aos beijos com seu namorado aparentemente muito feliz. Você ta?
Carla: bom ponto - sorrio
Pocah: nada é o que parece, Carla Diaz, nada é o que parece
Carla: você ta sabendo de alguma coisa que eu não to?
Pocah: não sei de nadaaa - ela fala contendo um sorriso
Carla: POCAHONTAS ! Fala!
Pocah: ai Carlaaa! Digamos que, eu recebi uma ligação ontem de um bêbado muito choroso.
Carla: eeee???
Pocah: e confia em mim quando eu digo que nada é o que parece! E não cabe a mim te dizer mais nada! Agora assim, se for tentar alguma coisa, corre! Porque não é o que parece AINDA. Atitudes, minha cara, atitudes!
——————————————————————-
Demorei mais voltei! E ai? No que vai dar esse rolo todo?
Val 🦋
